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ALESSANDRA HORTO
O DIA - 23/02/2015
Condsef prevê que o Ministério do Planejamento abrirá diálogo com as entidades sindicais
Rio - A campanha salarial unificada do funcionalismo federal será lançada oficialmente depois de amanhã, com um ato público em Brasília. Há previsão de manifestação pacífica em frente ao Ministério do Planejamento.
A intenção é cobrar do titular da pasta, Nelson Barbosa, audiência para que entidades apresentem as principais reivindicações dos servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário e retomar, assim, o canal de diálogo que não avançou nos últimos anos. As regionais da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) e demais entidades representativas também devem fazer atividades para marcar a data de lançamento.
No que trata a política salarial, a luta é por correção das chamadas distorções nos vencimentos e também da reposição de perdas inflacionárias. O pedido de reajuste linear de 27,3% considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2010 a julho de 2016. A projeção do período feita pelo Dieese é de algo em torno de 44%, já descontados os 15,8% concedidos pelo governo em três parcelas (2013, 2014 e 2015).
Outras frentes da campanha vão tratar da revogação das Medidas Provisórias 664 e 665, que na avaliação do Fórum dos Servidores Públicos Federais tira direitos dos trabalhadores. Também incluem a aprovação da PEC 555 que extingue cobrança previdenciária dos aposentados; a transposição dos anistiados para o Regime Jurídico Único e a regulação da jornada de trabalho de 30 horas no serviço público sem redução salarial, entre outros.
Apesar da previsão de um ano difícil para o servidor federal no que se refere a reajuste, a Condsef acredita que haverá mais espaço para diálogo com o governo. Em nota, a confederação lembrou o discurso de posse do ministro Nelson Barbosa, que adotou tom amigável de conversa em busca do equilíbrio das demandas consideradas justas, com a capacidade financeira da União.
Na campanha unificada deste ano a pressão junto ao Congresso também será maior do que em 2014. Mesmo com a extensa lista de “pedidos”, a prioridade é de fato impedir a votação das medidas provisórias. Já que o impacto com a aprovação será imediato.
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