Jornal Extra - 13/07/2016
Apesar das aprovações de projetos de reajustes de servidores, o Senado federal deu, nesta terça-feira, claro indicativo que não vai discutir a proposta de aumento nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do procurador-geral da República. Ambos têm efeitos vinculantes, aumentando salários nas esferas estaduais e municipais, o que aumentaria a crise para muitos governantes. Senadores fizeram fila ao pedir o direito de falar, no intuito de criticar a proposta.
Durante o dia quente no Senado, o plenário da Casa aprovou oito projetos de reajustes salariais, parcelados em até quatro anos. Entre os beneficiados, estão os servidores do Magistério federal (correção total de quase 20%) e do Tribunal de Contas da União (44,5% para cargos em comissão e 23,93% para estatutários), além dos mais de 650 mil integrantes das Forças Armadas (até 25,5%, na soma, dependendo da patente). Neste caso, a primeira parcela sairá em agosto. Veja abaixo as tabelas dos dois primeiros anos.
A maior parcela dos aumentos, porém, será concedida a mais de 500 mil servidores do Executivo, entre ativos, inativos e pensionistas (vários percentuais). O gasto será de R$ 51 bilhões com esses aumentos. Outra proposta aprovada foi a de correção para funcionários da Câmara dos Deputados (19,8%). As aprovações se somam às do Judiciário (até 41,47%) e do Ministério Público da União (12%), e aguardam a sanção presidencial.
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