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Contato: (61) 3213-8083 / svs@saude.gov.br
13
Governo quer elevar produção de medicamentos feitos no país
Valor Econômico – São Paulo/SP
André Vieira, de São Paulo
O Ministério da Saúde deve anunciar até o fim do ano uma série de parcerias
envolvendo os 18 laboratórios públicos e empresas privadas nacionais de forma a
combater a dependência externa no tratamento em determinadas patologias. Segundo
Reinaldo Guimarães, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde, um dos objetivos das parcerias é garantir mercado aos produtores
nacionais associados aos laboratórios públicos. O objetivo não é só elevar a oferta de
medicamentos produzidos no país, mas também a fabricação de fármacos, os insumos
utilizados na produção de remédios.
A venda da fabricante de genéricos Medley para a francesa Sanofi-Aventis e a
possibilidade de transferência do controle da Neo Química à americana Pfizer preocupam
o Ministério de Saúde e outros órgãos do governo, como o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “O ministério se preocupa com a possível
desnacionalização do setor, mas é importante ver que o que está existindo é um ataque
especulativo por causa do sucesso do país”, afirmou Guimarães, destacando que o
processo de abertura dos anos de 1990 praticamente varreu a indústria farmoquímica
brasileira do mapa.
O poder de compra do governo tem sido uma das ferramentas usadas pelo ministério na
sua política de saúde. “Não é uma reserva de mercado, olhamos preços e práticas de
mercado”, disse. Segundo Guimarães, as multinacionais também têm lugar nesse
processo. “Faz parte da política do ministério estimular os investimentos das indústrias
multinacionais.”
Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério de Saúde,
assinou um acordo de quase R$ 4 bilhões para que a inglesa GlaxoSmithKline (GSK)
forneça sua vacina pneumocócica para ser incluída no calendário do programa nacional
de imunização a partir de 2010. Hoje, o programa distribui 130 milhões de doses anuais,
numa cesta de vacinas. Além da transferência de tecnologia, a diferença neste acordo foi
a incorporação de um elemento original ao contrato: a instalação de um centro de
pesquisa e desenvolvimento de tratamentos contra doenças como dengue, malária e
febre amarela. A Glaxo investirá metade do valor exigido, ou seja, cerca de R$ 35
milhões. “Não há investimentos de pesquisas pré-clínicas por parte de multinacionais no
país. Foi um evento. É extremamente importante elas fazerem aqui do que em
Cingapura”, afirmou.
Embora o centro de pesquisas tenha sido um dos fatores que ajudaram na escolha pela
vacina da Glaxo, em detrimento da vacina da Wyeth, ele não foi fundamental para a
decisão, disse o secretário. Pesaram “um somatório de fatores”, como preço, qualidade
da vacina e volume menor de investimento a ser aplicado por Biomanguinhos, a unidade
da Fiocruz, que realizará sua produção. O secretário não entrou em detalhes do acordo,
assinado por Fiocruz, em razão daWyeth ter questionado a escolha judicialmente.
Clipping – 14 de outubro de 2009, quarta-feira
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Governo quer elevar produção de medicamentos feitos no país
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O Ministério da Saúde deve anunciar até o fim do ano uma série de parcerias
envolvendo os 18 laboratórios públicos e empresas privadas nacionais de forma a
combater a dependência externa no tratamento em determinadas patologias. Segundo
Reinaldo Guimarães, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do
Ministério da Saúde, um dos objetivos das parcerias é garantir mercado aos produtores
nacionais associados aos laboratórios públicos. O objetivo não é só elevar a oferta de
medicamentos produzidos no país, mas também a fabricação de fármacos, os insumos
utilizados na produção de remédios.
A venda da fabricante de genéricos Medley para a francesa Sanofi-Aventis e a
possibilidade de transferência do controle da Neo Química à americana Pfizer preocupam
o Ministério de Saúde e outros órgãos do governo, como o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “O ministério se preocupa com a possível
desnacionalização do setor, mas é importante ver que o que está existindo é um ataque
especulativo por causa do sucesso do país”, afirmou Guimarães, destacando que o
processo de abertura dos anos de 1990 praticamente varreu a indústria farmoquímica
brasileira do mapa.
O poder de compra do governo tem sido uma das ferramentas usadas pelo ministério na
sua política de saúde. “Não é uma reserva de mercado, olhamos preços e práticas de
mercado”, disse. Segundo Guimarães, as multinacionais também têm lugar nesse
processo. “Faz parte da política do ministério estimular os investimentos das indústrias
multinacionais.”
Recentemente, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério de Saúde,
assinou um acordo de quase R$ 4 bilhões para que a inglesa GlaxoSmithKline (GSK)
forneça sua vacina pneumocócica para ser incluída no calendário do programa nacional
de imunização a partir de 2010. Hoje, o programa distribui 130 milhões de doses anuais,
numa cesta de vacinas. Além da transferência de tecnologia, a diferença neste acordo foi
a incorporação de um elemento original ao contrato: a instalação de um centro de
pesquisa e desenvolvimento de tratamentos contra doenças como dengue, malária e
febre amarela. A Glaxo investirá metade do valor exigido, ou seja, cerca de R$ 35
milhões. “Não há investimentos de pesquisas pré-clínicas por parte de multinacionais no
país. Foi um evento. É extremamente importante elas fazerem aqui do que em
Cingapura”, afirmou.
Embora o centro de pesquisas tenha sido um dos fatores que ajudaram na escolha pela
vacina da Glaxo, em detrimento da vacina da Wyeth, ele não foi fundamental para a
decisão, disse o secretário. Pesaram “um somatório de fatores”, como preço, qualidade
da vacina e volume menor de investimento a ser aplicado por Biomanguinhos, a unidade
da Fiocruz, que realizará sua produção. O secretário não entrou em detalhes do acordo,
assinado por Fiocruz, em razão daWyeth ter questionado a escolha judicialmente.
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