TESE Nº ____ PLENÁRIA
ESTATUTÁRIA 04 A 06/05/2018
FORTALECIMENTO SINDICAL – UM DESAFIO PARA TODOS
CONJUNTURA NACIONAL
As fortes
transformações ocorridas no país, principalmente nos últimos quinze anos,uma vez
que o período pretérito já fora amplamente debatido por esta Condsef/Fenadsef,
foi um momento histórico de maior efervescência vivido pelo movimento sindical
no País. Mas, com a ascensão ao poder de um governo de coalização, com amplo
apoio dos movimentos sociais, gerou-se expectativa de realizar profundas
mudanças estruturais que promovessem a superação do estado de submissão aos
desígnios do capital em que se encontrava o Brasil até o ano de 2002.
Tal
expectativa foi frustrada, uma vez que a condução política do Governo Lula, a
partir de 2003, com uma plataforma moldada na conciliação de classes, trouxeram
benefícios pontuais às parcelas menos favorecidas da população brasileira.
Contudo, estruturalmente não aprofundou as reformas necessárias para que a
população brasileira pudesse assumir o protagonismo e a autodeterminação
necessária a uma virada histórica rumo à superação das profundas desigualdades
sociais e crescimento econômico planejado que pudesse usar as suas vantagens
comparativas, notadamente com o uso racional de seus recursos ambientais para
realizar a virada histórica necessária para conduzir o Brasil, de maneira
estruturada, a ser uma das nações mais forte do mundo. Em que pese, durante dez
anos estar figurando como expoente em diversas articulações internacionais para
se propor alternativas à hegemonia dos Estados Unidos da América.
A
política de conciliação governamental nesse período promoveu um forte
atrelamento aos interesses dos setores mais retrógrados sob a tutela do sistema
financeiro (período de lucratividade fabulosa dos bancos) permitindo que o
rentismo promovesse um verdadeiro assalto ao orçamento geral da união,
aumentando expressivamente a dívida pública, que já havia sido anabolizada na
“Era FHC”.
Por outro
lado, aplicou-se uma política econômica desenvolvimentista, ocorrendo
investimentos massivos nas obras de infraestrutura (PAC), no agronegócio. De
qualquer sorte, esses fatos provocaram um investimento robusto na máquina
pública, pois ocorreu contratação de servidores por meio de concurso público,
modernização do serviço público, investimento na agricultura familiar (mesmo
que uma desproporcionalidade absurda em relação ao montante dispensado ao
agronegócio), o que para aquela conjuntura se mostrou efetivo ao
desenvolvimento do país, ao contrário do que proferem os defensores do
neoliberalismo e defensores do estado mínimo.
Desde que
assumiu o poder em 2003, o Presidente Lula teve uma forte fonte de apoio
popular, chegando a uma popularidade de 87% segundo o Ibope, no final do
mandato. Tal popularidade poderia ter sido objeto de pressão exercida contra os
setores reacionários do Congresso Nacional no intuito de forçar o avanço de
reformas estruturais (tributária e política, principalmente) mas
surpreendentemente optou pelas negociações com os setores mais reacionários e
corruptos. Com a alta popularidade de Lula que contava com a amplo apoio dos
movimentos sociais e sindical incluso, caso esses movimentos tivessem
confrontado a atuação do presidente teriam sido grandes indutores do processo
de consolidação da democracia e de soberania nacional.
Nesse
cenário, o movimento sindical salvo louváveis exceções, entrou em um profundo
ostracismo, se tornando um mero simulacro do que foi nas décadas de 70 até o
início da década de 2000, devido ao aparelhamento de algumas centrais, entre
elas a CUT principal central trabalhista, que outrora fora um dos maiores
mobilizadores dos trabalhadores e articuladora dos movimentos sociais. Mas, que
perdeu o prumo na hora de fazer a honesta oposição ao governo que ajudou a construir
e preferiu o atrelamento. Por muito tempo as manifestações dos trabalhadores
foram contra os retrocessos, a exemplo da reforma da previdência, expressa nas
E.C. 41/2003 e 47/2005, que foram silenciadas e sabotadas sob o pretexto de não
prejudicar a imagem do Governo, de cortar na própria carne, mas que de maneira
geral, ocasionaram prejuízos à classe trabalhadora, pelo fato de vários setores
do movimento sindical está aparelhado e defendendo os interesses do governo.
Com o
fortalecimento cada vez maior dos setores reacionários e com o descolamento dos
movimentos sociais, devido aos acordos políticos firmados entre o Governo
Lula/Dilma e sua base de sustentação, o Governo foi cada vez mais enveredando
por caminhos que não pôde conduzir, até ser defenestrado do poder, e dar lugar
ao governo ilegítimo de Temer, que tem como característica maior a usurpação
dos direitos dos menos favorecidos para beneficiar os parasitas do rentismo
transformando o Brasil numa cleptocracia.
A nova
conjuntura política no país enseja uma resistência organizada da classe
trabalhadora. Esta nova conjuntura se desenvolve dentro de uma situação
política defensiva, a qual é caracterizada pela ofensiva política, econômica e
ideológica da classe dominante sobre os trabalhadores e o povo pobre. Esta
situação adversa, por seu turno, se desenrola num contexto de instabilidade
política e crise econômica criada intencionalmente para tomar de volta as
conquistas da Classe Trabalhadora no processo histórico de lutas.
Neste
momento, a classe dominante segue unificada em torno da sustentação do governo
Temer, tendo como objetivo principal a aprovação das contrarreformas e a
transição política controlada para as eleições de 2018.
Expressiva
parcela da classe média mantém-se politicamente à direita, extremamente
reacionária e intolerante. A mesma parcela que se manifestou para o impeachment da Presidente Dilma, que
teve forte repercussão em 2016, mas perdeu força nas ruas (como ficou patente
no fracasso da última manifestação nacional da direita, em março/2018). O que
demonstra que parte desses manifestantes, começou a racionalizar o problema que
ajudou a construir. Quer seja, pelo fato, das situações de corrupção, que era o
pano das manifestações, terem se agudizado após a saída de Dilma ou por serem
vítimas das reformas propostas pelo Governo Temer. Outra parte, continua a
apoiar candidatos reacionários irresponsáveis, que os problemas brasileiros se
resolvem armando a população.
Essa
mudança de dinâmica explica-se o fato de que pelo menos uma parte da classe
média está contra a Reforma da Previdência e a maioria dela encontra-se
frustrada com os escândalos de corrupção que atingem o governo.
A classe
trabalhadora, por sua vez, iniciou um processo de resistência nacional contra
as Reformas, o que representou um passo qualitativo do movimento de massas e
teve como ponto de inflexão a Greve Geral do dia 28.04.2017, a maior greve
realizada no Brasil e que contou com mais de quarenta milhões de manifestantes
nas ruas. Neste contexto, observa-se uma maior disposição de luta dos
trabalhadores quando se verifica que a maioria da população está contra a
Reforma da Previdência.
Esta
conjuntura se expressou na dificuldade do governo em atingir o quórum
necessário no Congresso para a aprovação da Reforma da Previdência, fazendo com
que impuséssemos uma derrota provisória ao governo neste ponto, apesar da
ofensiva de propagandas articuladas com a patronal nas TVs e rádios, para
tentar reverter a impopularidade da Reforma junto à população. E nesse
contexto, as organizações dos Servidores Públicos Federais Fonasefe e Fonacate,
no qual a CONDSEF/FENADSEF (com todas as suas representações) está inserida e
teve papel fundamental.
Assim,
torna-se nítido o deslocamento das direções majoritárias dos movimentos de
massa. O fato de que as centrais e os partidos de esquerda estivessem na
construção dos dias nacionais de lutas no Ocupa Brasília e na greve geral,
incide sobre a força e amplitude da resistência social, sem esse
reposicionamento dos aparelhos políticos e sindicais majoritários, seria
impossível os movimentos contra a reforma da previdência com a potência que
teve.
Infelizmente,
algumas destas direções não tiveram como objetivo a derrubada de Temer nas
ruas, mas tem como objetivo defender o projeto político da volta de Lula para a
presidência da República, o que não está conectado com as reais necessidades da
organização dos trabalhadores, uma vez que, essa articulação não representa um
consenso nas forças de esquerda e já começa de forma torpe, pois o ex-presidente
vem arregimentando apoio dos mesmos parlamentares envolvidos em escândalos de
corrupção – ou seja, não aponta nenhuma novidade, o que se apresenta é a mesma
conciliação de classes experimentada nas suas gestões passadas.
Cabe
ressaltar, que por maior divergência com a candidatura de Lula, não se admiti
que seu direito a se candidatar seja cerceado, pois da maneira que está
acontecendo a tentativa de inviabilizá-la, se configura em um ataque à
Democracia.
O fato da
Lava Jato estender suas investigações para o PSDB, PMDB e outros partidos, em
nada altera seu caráter global reacionário. Esta caracterização sobre a Lava
Jato nunca se baseou em um único elemento – a seletividade. A Operação ir além
do PT, não deixou de fazê-lo como alvo preferencial. A Lava Jato segue sendo
uma operação política que visa fortalecer saídas reacionárias para a crise
brasileira, em vários aspectos: político, institucional, ideológico e
econômico. Por outro lado, por conta de suas ações, vem à superfície inúmeras
evidências das relações promíscuas entre grandes empresas e políticos, as quais
podem e devem ser utilizadas para a denúncia política.
O cerco
da Lava Jato sobre Lula tem um caráter essencialmente político, de signo
reacionário, pois os elementos de punição e julgamento são extremamente
superficiais. No entanto, temos convicção e provas dos “crimes” políticos de
Lula, entre os quais estão incluídas as relações espúrias com grandes
empresários e se juntar com o PMDB, que sempre esteve no governo seja o governo
que fosse.
Do ponto
de vista econômico-social, observam-se, em primeiro lugar, as agudas
consequências sociais da grande recessão: elevação do desemprego; queda do
salário médio; aumento do endividamento; acelerado desmonte dos serviços
públicos através dos brutais cortes orçamentários; enfim, aumento da carestia
para as grandes massas trabalhadoras. Ao longo do ano, os impactos sociais da
crise seguirão incidindo sobre os trabalhadores e a população mais pobre, e
também sobre a classe média.
Do ponto
de vista estritamente econômico, verifica-se alguns sinais de lenta e frágil
retomada (aumento do fluxo de investimentos externos; superávit na balança
comercial; queda significativa da inflação; início da redução de juros).
Contudo, o mercado interno, os investimentos produtivos e a indústria seguem em
ritmo muito lento e duvidoso. De modo que, mesmo nas mais otimistas projeções,
na prática, haverá estagnação depois de um enorme tombo recessivo.
Diante
desses fatos, acreditamos que é necessária uma jornada de lutas que culmine
numa forte e radicalizada greve geral. A greve geral tem que ocorrer, em nossa
opinião, por meio da condução mais unitária e democrática possível, tanto nas
manifestações de rua, quanto em termos de paralisação nos locais de trabalho.
Para isso, propomos a manutenção e a ampliação de todos os comitês e espaços de
luta unificados que se construíram nas regiões e cidades com o foco pela
revogação da Emenda constitucional 95/16, da reforma trabalhista e as
terceirizações, contra a antirreforma da previdência e na defesa de serviços
públicos, bem como dos direitos da sociedade. Se faz necessário ainda,
aproveitarmos este momento para darmos o troco nestas eleições de 2018,
naqueles parlamentares que votaram a favor das reformas, pois precisamos varrer
do cenário político nacional todos os corruptos e aqueles que são contra a
população.
É preciso
que as principais direções políticas e sindicais, tenham um plano efetivo para
revogar as reformas e os governos de direita. Assim, entendemos como erro
trágico imaginar que elegendo Lula resolveremos o problema do país. Este
projeto pode representar a reedição da estratégia fracassada de conciliação de
classes e de gestão do capitalismo brasileiro que o PT adotou ao escolher
governar junto com os ricos, poderosos e corruptos, para beneficiar
principalmente banqueiros e grandes empresários. Fez isso e abriu as portas
para o golpe da direita, que resultou na ofensiva brutal contra os direitos dos
trabalhadores.
Por outro
lado, ressaltamos a necessidade da construção de uma nova alternativa de
esquerda. Por isso, seguimos defendendo a conformação de uma Frente de
Esquerda, para as lutas e as eleições. Uma Frente com independência de classe,
que negue o projeto de conciliação de classes. Uma Alternativa que apresente um
programa para a transformação social do país.
Por tudo
isso, propomos as seguintes bandeiras para mobilização e disputa política:
- Revogação da EC95/16, Reforma
Trabalhista e terceirizações e contra a antirreforma da previdência.
- Nem um direito a menos. Taxar o
lucro dos grandes empresários e as grandes fortunas, para investir em saúde e
educação.
- Reforma Urbana e Reforma
Agrária. Moradia para todos e terra para quem nela trabalha.
- Para gerar empregos, reduzir a
jornada de trabalho, sem reduzir o salário.
- Combater a corrupção, cortando
os privilégios dos políticos e juízes. Punir e estatizar as empresas que
roubaram o Brasil.
- Auditoria imediata e suspensão
do pagamento da dívida pública.
- Confisco dos bens dos políticos
corruptos e empresários corruptores; com o dinheiro das indenizações criar um
fundo social para investimentos em saúde, educação e moradia;
- Prisão dos corruptos e
corruptores, com a preservação do amplo direito de defesa e das garantias
democrático-legais;
- Abertura e publicidade
das contas das empresas com contrato com o poder público; proibição de remessas
de lucro para o exterior.
- Concursos públicos para todas
as funções público-estatais;
- Eleição e revogabilidade
a qualquer momento dos mandatos de todos os cargos políticos, de juízes, cargos
de chefia de órgãos públicos e empresas estatais.
BALANÇO DO MOVIMENTO E NECESSIDADE DE REFORMA ESTATUTÁRIA.
Quanto
aos servidores públicos, o balanço é de que o sucateamento sistemático ocorrido
em anos anteriores e amplificado por FHC, cujo desmantelamento provocou a
determinação das condições de trabalho de maneira dramática, além de provocar a
demissão massiva de servidores, por método PDV, causou forte precariedade da prestação
de serviços públicos.
Nesse
sentido, ocorreu uma recuperação dos postos de trabalho, principalmente entre
2003 e 2012, período que houve crescimento do PIB Brasileiro, que atingiu a 6ª
maior economia em 2010.
No
período entre 2003 e 2016, mais de 230.000 servidores públicos ingressaram aos
quadros do Governo Federal, sendo que de acordo com o DIEESE menos de 5% dos
servidores se filiaram em seus sindicatos de base. Esse fato é contundente e
sintomático dos rumos que o movimento sindical vive, considerando que a maioria
dos servidores egressos dos últimos concursos é composta por jovens.
Esses
números refletem um forte distanciamento da Direção dos sindicatos e, por
conseguinte da direção da CONDSEF/FENADSEF das bases, que são como dissemos
anteriormente, formadas em sua maioria por jovens cuja rejeição à política
partidária dentro das entidades sindicais é expressa cotidianamente na não
participação dessas atividades convocadas pelas entidades.
Os
sindicatos não têm sido atrativos para esse público, e muito disso se dá não só
pelo descolamento destes de suas bases, mas também pelos métodos empregados não
serem eficientes e muitas vezes anacrônicos, revelando a aversão desse público
jovem às práticas exercidas pelos dirigentes sindicais, que em muitos casos,
refletem descompromisso com os objetivos maiores das entidades de classe na
defesa do conjunto dos trabalhadores do serviço público, enveredando pela
prerrogativa de suas funções na prática de condutas incompatíveis com a boa
gestão de suas entidades. Estabelecendo em muitos casos uma burocracia sindical
corrupta.
A
ocupação dos sindicatos como meros aparatos burocráticos corroem a ação de luta
que é a finalidade precípua dos sindicatos, e aliados a isto, os modelos de
gestão e de elegibilidade dos sindicalistas representantes não possui a devida
transparência e democracia, o que é um contrassenso, uma vez que os sindicatos,
principalmente os de base cutista, reclamam da falta de democracia com que o
ilegítimo Governo Temer chegou e mantem-se no poder. Práticas estas, que tem
feito com que muitas das eleições façam suas disputas na justiça.
Outro
fato marcante e que tem afastado os trabalhadores do serviço público de seus
sindicatos, é a forma como se administram os recursos das
contribuições, ainda mais quando vem à tona notícias de que as entidades
foram saqueadas por dirigentes desonestos, ou por aqueles que se locupletam com
os recursos que deveriam custear a luta dos(as) trabalhadores(as). Em passado
recente, fatos ocorridos na CONDSEF foram amplamente denunciados no seu XII
Congresso na cidade de Cuiabá/MT, oportunidade em que foi apresentada uma
prestação de contas sem a menor consistência, sobre a qual o plenário
estabeleceu prazo para prestação de contas com o devido rigor contábil, mas que
até o presente mês de abril de 2018 não foram prestadas as informações. Para
fortalecimento da CONDSEF/FENADSEF se faz necessária a reforma estatutária
para corrigir algumas anomalias e fortalecer as estruturas internas. Assim,
propomos punições mais rígidas a corruptos, maior controle das finanças com
prestação de contas mais transparentes, fortalecimento dos departamentos com
eleição de um coordenador e criação do departamento das empresas públicas.
Defendemos
ainda, que deve ser combinada a luta específica de cada órgão com a luta geral,
e neste sentido, propomos a defesa da pauta aprovada nos encontros setoriais e
nas reuniões ampliadas do Fórum Nacional dos Servidores Federais - FONASEFE.
Portanto,
para que se possa fazer a justiça por meio dos dispositivos próprios, é
fundamental que essa reforma ocorra, bem como para atender aos futuros desafios
do movimento sindical.
PROPOSTAS E
JUSTIFICATIVAS AO ESTATUTO DA FENADSEF
“Cria o Título II-A; os Capítulos I e
II; dá nova redação ao artigo em artigo 9º e cria o art. 9º-A”
TÍTULO II-A
DAS INFRAÇÕES E
PENALIDADES DE DIRIGENTES DA FENADSEF
JUSTIFICATIVA:
O atual ambiente em âmbito da administração pública, tem mostrado que o envolvimento de servidores,
principalmente os de livre nomeação, em escândalos financeiros com verbas
públicas, tem trazido desgaste para a categoria. Todos são jogados numa vala
comum, perante a opinião pública, sendo, todos, vistos e entendidos por
adjetivos como “marajás”, “privilegiados” e até como “ladrão do erário e que
nunca é punido pelas faltas cometidas”. Da mesma forma no mundo
político, parlamentares e mandatários do poder executivo nas três esferas de
governo, em número expressivo de envolvidos, vêm se utilizando da prerrogativa
de um mandato conferido pelo povo, com práticas antirrepublicanas, ferindo de
morte os princípios norteadores da administração publica. Essas práticas,
tanto pelos agentes públicos ou políticos, são veementemente combatidas pela
sociedade e entidades de classe, dentre elas, nossa CONDSEF/FENADSEF. Nesse
sentido, entendemos que há uma imperiosa necessidade de moralização e
responsabilidade no trato com a coisa pública. Não podemos ser, todos,
responsabilizados pelos atos de uns poucos. E a seriedade com o trato do
patrimônio público deve começar em nossa casa. Deve começar na CONDSEF/FENADSEF, onde já tivemos casos de trato
irresponsável com o patrimônio da entidade. Não devemos nos enveredar no “dito
popular” – “Faça o que eu digo(desejo), mas não faça o que eu faço!”
Pelo exposto, propomos redação
substitutiva para o Art. 9º e criação do Art. 9º-A
CAPITULO I
DAS INFRAÇÕES E
PENALIDADES DE DIRIGENTES DA FENADSEF
Art. 9º. – Os dirigentes
da FENADSEF, integrantes de
quaisquer de suas instâncias, que cometerem desrespeito ao Estatuto da
Federação ou que adotarem conduta que venha a comprometer a imagem da FENADSEF ou, ainda, manifestadamente,
adotarem condutas contrárias às deliberações das instâncias da Federação,
mediante julgamento de denúncia formulada por entidade de base filiada, ou
ainda por membro da direção nacional estão sujeitos às seguintes penalidades:
a)
Advertência escrita;
b)
Suspensão do mandato;
c)
Perda do Mandato
§ 1º - A denúncia que deverá ser apresentada na sua forma escrita, será
recebida pela Diretoria Executiva que no prazo não superior a 10 dias,
convocará a Comissão Disciplinar para atuar nos termos do art. 9ª-A. A apuração
se dará no prazo de até 45 (quarenta e cinco) dias, podendo ser prorrogado por
até 30 (trinta) dias, apresentando o devido relatório e suas eventuais
penalidades, garantido ao requerido o direito a ampla defesa e ao
contraditório.
§ 2º - Concluso os trabalhos, a Comissão Disciplinar protocolará o
relatório à Diretoria Executiva, que em prazo não superior a 15 (quinze) dias
convocará extraordinariamente a Diretoria Nacional para apreciação do
relatório. Notificando para tanto o representado, com entrega integral de cópia
do relatório produzindo para a devida defesa no ato da apreciação e deliberação
de julgamento da denúncia;
§
3º - A Diretoria Nacional, com base no relatório da Comissão previsto no § 1°,
deliberará sobre a aplicação ou não de qualquer penalidade.
§
4º. – A Diretoria Nacional notificará ao Diretor da penalidade imposta, tendo
este o prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, a partir do recebimento da
notificação, para recorrer da decisão junto à Plenária Nacional.
§ 5º. – O
membro da FENADSEF que em decisão final condenatória com imputação da
penalidade prevista na alínea “c” do art. 9º, ficará inelegível por três
mandatos imediatamente consecutivos;
CAPITULO II
DA COMISSÃO
DISCIPLINAR
Art. 9º - A : A Comissão Disciplinar de que trata o §
1º do art. 9º, que não poderá ser em número inferior de 03 (três) membros, será
constituída de um representante de cada força política integrante da composição
da Diretoria Nacional, mediante indicação à Diretoria Executiva de
representante das mesmas;
§ 1º - A Comissão Disciplinar terá sua formação por
ocasião da eleição da Direção da Fenadsef e terá seu mandato trienal simultâneo
ao da Direção eleita.
§ 2º - A
Comissão Disciplinar uma vez convocada pela Diretoria Executiva para cada
apuração de denúncia especifica, elegerá para coordenação dos trabalhos dentre
seus membros um presidente, um relator e um secretário, permanecendo os demais
na condição de membros, todos com direito de voz e voto, cabendo ao Presidente o
voto de desempate;
§ 3º - Dos
cargos da coordenação de uma determinada apuração, não poderá recair em membro
participante da mesma força política;
§ 4º - As
despesas para as atividades da Comissão Disciplinar quando acionada, desde o
deslocamento e estada de seus membros e demais recursos necessários serão
custeadas pela Fenadsef;
DOS
DEPARTAMENTOS
“Dá nova redação ao caput do artigo 47º
e cria o art. 47-A com menção dos Departamentos já existentes e inclusão do
novo Departamento das Empresas Pública”
JUSTIFICATIVA:
A
criação dos departamentos teve como objetivo fazer a aproximação da base com a
CONDSEF/FENADSEF. Entendemos indispensável a participação da base nas decisões
que em seu nome são tomadas. Sabemos que o conhecimento das dificuldades e
necessidades de cada segmento que compõe o conjunto dos servidores públicos, é
vivenciado por esses servidores.
Precisamos entender ainda que, a Direção da CONDSEF/FENADSEF, não detém
todo o conhecimento das necessidades desses segmentos. E mesmo considerando
isso, quem deve fazer as discussões e decidir pela base é a base. Nessa visão,
nos moldes estatutários atuais, não é justo que as entidades de base arquem com
as despesas de deslocamentos e estadias dos membros dos departamentos na busca
de resolução das demandas de alcance nacional. Ou seja, é injusto a entidade de
base bancar essas despesas, como se um iminente benefício fosse de alcance
apenas para a base de seu estado. Importante ainda registrar, que os
integrantes dos departamentos são legalmente constituídos via processo
eleitoral, e são lideranças setoriais com conhecimento de causa das mais
diversas naturezas de sua categoria, aptos a contribuírem com a solução das
demandas em quaisquer ambientes que se façam necessário discutir tais assuntos.
Diante desta ótica, propomos que os Departamentos Setoriais da
CONDSEF/FENADSEF, sejam fortalecidos e convocados para participarem de todas as
discussões inerentes, com despesas custeadas pela CONDSEF/FENADSEF, para isso,
com a coerência de que podemos reduzir o número de 05 (cinco) titulares para 03
(três) e 02 (dois) suplentes, visando com isso a otimização dos recursos.
Deixando assim, os membros dos departamentos de serem apenas figurantes num
processo eleitoral da direção de nossa entidade. Quanto à proposta de criação do Departamento
das Empresas Públicas, nota-se que, enquanto entidades de segunda instância
sindical tem fechado as portas para recepcionar a categoria desses
trabalhadores, a FENADSEF no cumprimento de seu objetivo maior em proteger o
trabalhador e o serviço público, de forma compromissada, vem acolhendo esses
setores. Nesse caso, trata-se apenas de legalizar o que de fato já vem
ocorrendo no ambiente da entidade, e oportunizar cada vez mais o processo de
organização desses setores.
Pelo exposto, propomos redação
substitutiva para o caput do Art. 47º, criação do Art. 47-A e do Art. 66º - A.
Art. 47º. - Os Departamentos da FENADSEF
constituído por setores e trabalhadores públicos federais de órgãos afins, é
composto por 03 (três) membros titulares e 02 (dois) suplentes, dentre os quais
será eleito um coordenador. Tendo suas despesas para as atividades coletivas
e/ou individuais, mediante convocação da Executiva Diretoria Nacional,
custeadas pela Fenadsef.
Art. 47º - A. – Consta da estrutura setorial os
seguintes departamentos:
I.
Departamento
de
Saúde e Previdência – DESP
II.
Departamento de Agricultura e Reforma
Agraria – DARA
III.
Departamento de Servidores Civis dos Órgão
Militares – DESCOM
IV.
Departamento de Educação e Cultura – DEC
V.
Departamento de Aposentados e Pensionistas
– DENAP
VI.
Departamento da Fazenda – DEFAZ
VII.
Departamento de Meio Ambiente – DEMAM
VIII.
Departamento Extraordinário do
Ex-Território – DEXTE
IX.
Departamento de Segurança e Tecnologia –
DESAP
X.
Departamento do Ministério do Trabalho e
Emprego – DEMITRE
XI.
Departamento de Infraestrutura –
DINFRA
XII.
Departamento de Ciência e Tecnologia – DCT
XIII.
Departamento das Empresas Públicas – DEMP
Art. 66º-A: A efetivação da nova disposição
prevista no Art. 47º e 47º-A, incluso a criação do Departamento das Empresas
Públicas, aplicar-se-á a por ocasião da eleição da nova direção triênio
2020-2023.
TÍTULO VI
DO PROCESSO ELEITORAL
CAPÍTULO I
DAS ELEIÇÕES
DAS ELEIÇÕES
“Dá nova redação ao caput do artigo
51º”
JUSTIFICATIVA:
A atual
sistemática de voto exercido no processo eleitoral da direção da
CONDSEF/FENADSEF vai de encontro com princípios basilares do Estado Democrático
de Direito, na medida em que permitem pressões e coações sobre os eleitores,
possibilitando a manipulação do resultado do processo eletivo. Nesse passo, e
para garantir o cumprimento das balizas legais aplicáveis a espécie, é
necessário primar – por meio deste regulamento – pela liberdade do eleitor. Não
é fora de propósito destacar que todo e qualquer processo de votação tem por
parâmetro a legislação aplicável às eleições regulares realizadas no âmbito da
Republica Brasileira. Dessa forma, e para que não reste possibilidade a
práticas escusas ao processo democrático, essa propositura se sustenta na legislação
ordinária aplicável ao processo eleitoral. Nesse sentido! Aplicar essa norma da
votação direta e secreta em cabine indevassável para eleição da direção da
FENADSEF, é simplesmente garantir o “livre arbítrio” e/ou “libertar a
consciência” dos delegados votantes no processo eleitoral da Direção da
FENADSEF.
Pelo exposto, propomos redação
substitutiva para o caput do Art. 51º.
Art. 51º. - As
eleições para renovação da Diretoria da FENADSEF serão realizadas trienalmente por ocasião do Congresso, em sufrágio direto
e secreto, em cabine indevassável, sendo as demais normas
apresentadas em Regimento Eleitoral, aprovado em Plenária.
Na expectativa da retomada
verdadeira da nossa CONDSEF/FENADSEF no objetivo maior da defesa dos
trabalhadores, trabalhadoras e do serviço público, e da aprovação das propostas
nesta apresentada, assinam a presente tese:
Coletivo
“LIVRES” e Aliados
file:///C:/Windows/system32/config/systemprofile/Desktop/fenadsef_estatuto.pdf
file:///C:/Windows/system32/config/systemprofile/Desktop/fenadsef_estatuto.pdf
file:///C:/Windows/system32/config/systemprofile/Desktop/fenadsef_estatuto.pdf
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