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NEM DILMA, NEM AÉCIO!
O próximo governo será marcado por mais ataques aos servidores públicos federais
Estamos diante de mais um segundo turno entre PT e PSDB. São 20 anos que os dois se revezam no poder: 8 anos de FHC, 8 de Lula e 4 de Dilma.
Se compararmos as duas gestões, veremos que ambas foram marcadas por ataques brutais aos servidores e ao serviço público, sempre seguindo à risca a política neoliberal de sucateamento do serviço público e privatização.
FHC arrochou salários, privatizou diversas áreas, comprou de deputados corruptos o direito a reeleição e governou para os ricos, latifundiários, multinacionais. A resposta do povo foi a derrota do Tucanato nas urnas em 2002. Lula e o PT chegaram à presidência da República graças aos milhões de trabalhadores e trabalhadoras que escolheram a mudança e optaram por um “governo dos trabalhadores”.
No entanto, já em 2003, Lula promoveu o maior ataque aos nossos direitos: a Reforma da Previdência.
Longe de reverter as reformas políticas de FHC no serviço público, Lula e o PT se valeram delas para transformar os órgãos públicos em verdadeiros cabides de empregos para indicação de D.A.S., e aprofundou a terceirização e precarização do serviço público. Aliou-se a partidos corruptos e lhes presenteou com ministérios, órgãos, autarquias e empresas estatais.
O PT também nada fez para reparar abusos e injustiças praticados contra os serviços e servidores nos governos anteriores, inclusive o de FHC. O que não faltam são exemplos: o arrocho salarial de mais de dez anos; o processo de 28% que a AGU segue protelando com infinitos recursos; o descaso com os servidores da ex-SUCAM que foram intoxicados devido à exposição ao DDT.
Diante de tantos ataques, quando os servidores fizeram greves durante os 12 anos de PT, a resposta de Lula e Dilma foi repressão, intransigência, assédio moral, corte de ponto, processo na Justiça e “mesas de enrolação” que nunca encaminham nada. Por tudo isso Nem PT nem PSDB merecem o voto dos servidores públicos federais. Agora é voto nulo.
NÃO NOS REPRESENTAM
No último dia 06 de outubro os eleitores brasileiros foram às urnas. Todos não, cerca de 80% deles. Dos mais de 140 milhões de cidadãos aptos a votar, 19,39% resolveram não ir, ou seja, quase 28 milhões de eleitores se abstiveram.
Por si só, este dado já seria um fato que chama a atenção: Marina ficou em quarto lugar, perdendo para os que se abstiveram. Somados aos votos brancos ( 5.80%) e aos votos nulos (5.80%), o número de descontentes com a política neoliberal do PSDB, de Lula e de Dilma sobe para mais de 38 milhões, bem mais que os votos obtidos pelo segundo colocado Aécio Neves (pouco mais de 35 milhões de votos).
Em que pese as máquinas eleitorais, os aparatos dos governos, os rios de dinheiro provenientes da corrupção, a campanha descarada dos grandes meios de comunicação em prol de seus candidatos e a manipulação das pesquisas e todos os mecanismos utilizados para que políticos corruptos consigam o voto dos trabalhadores, o desejo de mudança e a insatisfação com o sistema político que levou milhões às ruas em junho de 2013 esteve expresso nessas eleições, seja nas abstenções ou pelo voto na esquerda combativa que duplicou em relação às eleições de 2010.
O regime político em voga no Brasil e a política neoliberal foram e ainda são fortemente questionados e, seja qual for o partido vencedor das eleições, não representará o interesse da maioria dos brasileiros. Aécio ou Dilma seguirão pagando os altos juros e amortizações da Dívida Pública. Aécio ou Dilma não terão os servidores e o serviço público como prioridade. Aécio ou Dilma não atenderão as pautas de junho porque o compromisso de ambos é com as empreiteiras, os bancos, as mineradoras e as multinacionais que financiaram suas campanhas. Essas empresas “pagaram a banda” e estão prontas pra escolher a música para os próximos quatros anos.
VOTO NULO TAMBÉM PARA GOVERNADOR
No estado do Pará, o segundo turno ficou entre o tucano Simão Jatene e Helder Barbalho do PMDB. Os dois grandes jornais do estado foram convertidos em verdadeiros panfletos de campanha, utilizados para promover um dos candidatos e atacar o adversário. Pesquisas fraudulentas e uma chuva de denúncias e dossiês deram a tônica de todo processo eleitoral onde assistimos exaustivamente o sujo falando do mal lavado.
PMDB/PT e PSDB se revezam no governo do estado, repetindo no Pará a falsa polarização existente a nível nacional. Todo o caos social em que hoje está imersa a população paraense é resultado desses anos de revezamento de poder sem nenhuma mudança expressiva na política, porque em nenhum momento se governou para os trabalhadores, mas para as mineradoras, os latifundiários e para a minoritária parcela mais rica da população.
A Lei Kandir, o massacre de Eldorado dos Carajás ou os escândalos de corrupção no Banpará ou o rombo de 2 bilhões de reais na Sudam (1994-1999), no qual estiveram envolvidos tanto tucanos (que na época estavam a frente do governo Federal), quanto o ilustre pai de Helder, Jader Barbalho, além das recentes denúncias envolvendo membros da família de Jatene, mostram que ambos são farinhas do mesmo saco. Escolher entre um deles soa como uma piada de mau gosto.
ASSEMBLEIA GERAL DO SINTSEP-PA
22 de Outubro de 2014 às 17h
Auditório do Sintsep-Pa - Mauriti, 2239, entre Duque de Caxias e Visconde - Belém
Pauta: Informes/Eleições-Segundo Turno/encaminhamentos
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