Agência Câmara de Notícias     -     31/10/2012
A Câmara, o Senado e o Tribunal de Contas da União (TCU) 
aderiram ao Fundo de Previdência Complementar do Servidor Público Federal do 
Poder Executivo, o chamado Funpresp-Exe. O Poder Judiciário terá uma previdência 
separada.
A participação da Câmara foi acertada pelo presidente da 
Casa, deputado Marco Maia, com a ministra do Planejamento, Miriam 
Belchior.
Se tomarem posse no ano que vem, os servidores aprovados no 
último concurso da Câmara, realizado em outubro, já deverão ser enquadrados no 
novo regime de previdência complementar.
O diretor de Recursos Humanos da Câmara, Luiz Cesar Costa, 
explica que, para o próximo ano, o sistema de previdência é esse sistema geral, 
com teto de R$ 3.916. “O servidor contribui com 11% desse valor, e a União com o 
mesmo percentual. A aposentadoria deixa de ser integral, e o limite é esse teto 
do regime geral da Previdência. A novidade é que, se ele quiser contribuir além 
desse limite de 11%, ele poderá fazê-lo, observando algumas alíquotas que serão 
fixadas. Para essa parcela, a contrapartida da União será de no máximo 
8,5%".
Pelas regras do fundo, os servidores públicos federais 
terão assegurada apenas aposentadoria no valor do teto, de R$ 3.916, mesmo que 
contribuam a mais. O valor da aposentadoria ou pensão dependerá de uma série de 
fatores, como o desempenho financeiro do fundo.
Comparação
Luiz Cesar Costa equipara o novo plano aos oferecidos pelo 
mercado. "Cada um vai ter uma conta própria, ele entra num sistema de 
capitalização, ao longo do tempo. Será feito um cálculo atuarial, e o benefício 
só será conhecido quando ele requerer a aposentadoria. Vai ser como um plano 
normal de previdência, desses que são oferecidos pelos bancos."
Os atuais servidores têm prazo de dois anos para decidir se 
permanecem no sistema atual ou se migram para o novo plano. Mas o diretor de 
Recursos Humanos da Câmara afirma que ainda é cedo para avaliar se haverá alguma 
vantagem na mudança.
"Para dizer se é vantajoso, você vai ter que comparar com a 
situação presente. Hoje o servidor se aposenta com vencimento integral, com 
aqueles descontos de praxe. Tudo é muito novo, muito desconhecido, vai depender 
da capitalização desses investimentos, de como a Funpresp vai administrar 
isso".
Nas próximas décadas, a Previdência prevê que o fundo dos 
servidores federais será a maior entidade fechada de previdência complementar da 
América Latina, tanto em número de participantes quanto em volume de 
recursos.
Fundo próprio
Costa explicou que o Poder Legislativo aderiu ao 
Funpresp-Exe porque não tem, neste primeiro momento, "escala" para criar seu 
próprio plano. "A criação de uma entidade dessa natureza pede uma estrutura que 
não temos. Além disso, grande parte dos novos [servidores] é oriunda do serviço 
público e já traz seu plano de origem. Então, a fundação funcionaria, a rigor, 
para os novos servidores que não têm vínculo anterior com o serviço público. Nós 
precisaríamos de alguns anos para formar uma escala que permitisse o pagamento 
de benefícios.”
Além disso, Luiz Costa ressalta que o Legislativo não tem 
experiência em administração de plano de previdência privada. "O Poder 
Legislativo, no momento em que identificar que já tem condições de manter seu 
plano, sua fundação própria, poderá deixar a fundação do 
Executivo."
A Funpresp-Exe será uma fundação pública, vinculada ao 
Ministério do Planejamento, mas com autonomia administrativa, financeira e 
regida pelo direito privado.
Procurado pela Agência Câmara, o Sindicato dos Servidores 
do Poder Legislativo Federal (Sindilegis) não se pronunciou
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