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Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

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A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

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sábado, 7 de agosto de 2010

Dilma13.blogspot.com/

sábado, 7 de agosto de 2010Dia dos Pais III: "Pai quem bota fogo na casa dos pobres?"




A ocorrência de incêndios sem vítimas em favelas de São Paulo chama a atenção do Ministério Público Estadual para o que o promotor de Habitação e Urbanismo da capital, José Carlos de Freitas, considera um novo modo de aumentar ocupações e obter indenizações da Prefeitura.

"O expediente mais recente é esse, de provocar incêndios criminosos e simular uma ocupação que não havia no local. Se a gente puder chamar assim, é uma nova 'tecnologia'. É uma coisa que não havia antes.

Aquilo que antes era só aumento de ocupação nessas áreas, agora tem esse know how de promover incêndios criminosos para simular ocupações para famílias que não ocupavam antes", diz o promotor.

Como a Promotoria de Habitação e Urbanismo só atua na área cível, Freitas encaminhou para o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado informações sobre pelo menos dois supostos incêndios fraudulentos: nas favelas Beira Rio e Rocinha Paulista.

As duas comunidades fazem parte do complexo de favelas que será beneficiado pela Operação Urbana Água Espraiada.

Criança grava tudo na cabeça que vê e ouve na TV.



* Celso Jardim

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Inaugurado Comitê Central de Dilma 13 no Ceará

A Avenida da Universidade, reduto histórico do petismo na cidade de Fortaleza, viveu um dia radiante e colorido com a cor do Partido dos Trabalhadores: o vermelho. Desde às 16 horas, um grande bandeiraço media mais de 1 kilômetro, entre as Avenidas 13 de Maio e Domingos Olímpico. O ponto culminante da noite foi a inauguração do Comintê Central de Campanha de Dilma Rousseff no Estado do Ceará. Diversas autoridades estiveram presentes, que mencionaremos em outras matérias. Veja as fotos do evento vencedor:

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Joaquim Cartaxo liquida o tucano Tasso Jereissati

O Secretário das Cidades do Estado do Ceará, o petista Joaquim Cartaxo descascou a laranja do tucano e senador Tasso Jereissati. Em entrevista concedida ao Blog da Dilma, Cartaxo disse: "A única forma de derrotar definitivamente Tasso Jereissati, inimigo do presidente Lula, é eleger José Pimentel 135 e Eunício Oliveira - 151 para as duas vagas para o Senado Federal".



A coisa tá feia para os lados do Iguatemi e da Coca-Cola.

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Rachel Marques prestigia inauguração do Comitê Central de Dilma no Ceará

(Reportagens: editor Daniel Bezerra): A deputada estadual do PT, Rachel Marques levou uma grande multidão ao evento de inauguração do Comitê Central de Dilma no Ceará, localizado na Avenida da Universidade. A deputada de nº 13456, concorre a reeleição. Ela é considerada a melhor parlamentar do PT na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. Confira seu site:



http://www.rachelmarques.org.br/

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Dep. EUDES: O Bolsa Família é um direito e não uma esmola

Por ocasião da inauguração do Comitê Central da Dilma no Ceará, o deputado federal do PT, Eudes Xavier falou que o PIG CEARENSE vai tentar estourar o "zigue-zague". Segundo Eudes, aqui no estado do Ceará, o Partido da República- PR(que tem como candidato ao Governo, Lúcio Alcântara) é o palanque da unidade em defesa da candidatura da Dilma Rousseff, presidenta do Brasil, com toda a energia, com toda a militância petista, com todos os princípios de um Brasil republicano, de um Brasil de um povo mais simples, de um Brasil entende que o Bolsa Família é um direito e não uma esmola para as pessoas que precisam. Visitem o site do deputado Eudes:



http://www.eudesxavier.org.br/Ilário Marques, deputado federal EUDES e Antônio Carlos



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Eleitor de Dilma mais confiante que o de Serra

Do Blog de José Roberto Toledo



Mais eleitores continuam apostando na vitória de Dilma Rousseff (PT) do que na eleição de José Serra (PSDB) em outubro. Para 46%, a petista será a próxima presidente, enquanto 31% acreditam que o tucano será o sucessor de Lula no Palácio do Planalto, segundo o Ibope. Há uma semana esses percentuais eram de 47% e 32%, respectivamente. O favoritismo de Dilma é reflexo do fato de que seus eleitores estão mais confiantes no sucesso de sua candidata do que os de Serra: 84% de quem declara voto na petista prevê sua vitória, enquanto apenas 67% dos serristas acreditam que ele será eleito. Marina Silva (PV) tem 8% das intenções de voto, mas apenas 2% dos eleitores acreditam que ela vencerá a eleição. Mais da metade dos eleitores da senadora (54%) acha que Dilma sairá vitoriosa, 20% deles apostam em Serra, e só 16% acreditam na eleição de sua própria candidata.

Há ainda 19% de eleitores que não têm palpite sobre quem será o presidenciável eleito. A maior parte desses está indecisa sobre em quem vai votar para presidente. Em rodadas anteriores, a expectativa de vitória foi um termômetro da intenção de voto. O crescimento das apostas em Dilma foi um prenúncio do aumento dos percentuais da petista na pesquisa seguinte. Sob esse aspecto, a estabilidade dos percentuais de quem acha que a petista será eleita são uma boa notícia para Serra. Mas fazer campanha contra as expectativas é mais difícil, principalmente na hora de arrecadar recursos.



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Dia dos Pais II: "Pai porque batem nos professores?"



Uma violenta repressão da Polícia Militar do governo tucano, contra a manifestação dos professores na região do Morumbi, deixou dezenas de feridos com tiros de balas de borracha, queimaduras e ferimentos provocados por cassetetes e centenas de bom

bas lançadas por mais de 300 elementos da Tropa de Choque que agrediram covardemente professoras, idosos, jovens e quem estivesse pela frente.

Em quase todas as subsedes o número de ônibus colocados à disposição dos interessados em participar da manifestação foi inferior ao das últimas manifestações. Durante a semana, enquanto o governo pagava para uma parcela da categoria o famigerado “bônus mérito” e ameaçava com corte nos bônus e salários dos grevistas, as direções da APEOESP, juntamente com as diretorias da Udemo (diretores de escolas) e Apase (supervisores) – que não estão em greve, mas participam das negociações – junto com a associação assistencial pelega tucano-malufista, CPP, procuraram divulgar que havia uma negociação e que a pauta da categoria poderia ser rebaixada.

Limitando-se a reivindicar apenas “um reajuste” salarial e deixando de lado a reposição de 34% e outras questões que são o centro da mobilização da categoria, como o cancelamento do “concurso guilhotina” que provocou a demissão de cerca de 50 mil professores “temporários” (a maioria dos quais com mais de 10 anos de serviços prestados) e o fim o exame realizado para “premiar” uma pequena parcela de professores com reajustes por promoção, pondo fim à isonomia salarial na categoria.

Criança grava na cabeça tudo que vê e ouve na TV.



* Celso Jardim

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SEM MEDO DE SER FELIZ!!

Quando se fala em terra, por certo, logo vem a mente, um campo coberto de culturas ou animais que mais tarde vão adquirir a forma de um prato que, felizmente, com o goverto de Lula, cada vez mais tem sido farto para a maioria dos brasileiros. O desejo, claro, é atender a todos. Nunca o setor agrário foi tão importante, para a produção de alimentos e para a geração de emprego e renda no campo. Nunca o agricultor teve tanto apoio e nunca o Brasil produziu tanto. O governo Lula está terminando e, até os adversários políticos, nas entrelinhas, deixam escapar que temem sentir saudade. Contudo, o PT tem Dilma Presidente que é a certeza da continuidade, da ampliação das experiências que deram certo e da criação de novos e avançados projetos de desenvolvimento. A segurança que todos querem se resume na eleição de Dilma Presidente e é a esperança do setor agrário de ter atendido os seus pedidos e de ter ampliado os benefícios para a propriedade produtiva, a agricultura familiar e o agronegócio, bem como a construção de vias de escomanento da produção, de melhorias na infra-estrutura de armazenamento. As políticas públicas não se destinam apenas a manter o homem no campo, mas dignificar seu trabalho através da extensão dos benefícios do desenvolvimento atpe a sua propriedade, como por exemplo, através do Luz para Todos. Nesta eleição, uma coisa é certa, ninguém quer voltar atrás, por isso, vota DILMA. Hilda Suzana Veiga Settineri

REFORMA AGRÁRIA EM DEBATE

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Dia dos Pais I: "Pai o que é amante?"



Serra ao fazer seu discurso de encerramento na sabatina promovida pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, comento

u o relacionamento do seu vice, o deputado federal Indio da Costa (DEM-RJ), com uma filha do ex-banqueiro Salvatore Cacciola, condenado a 13 anos de prisão, em 2005, por gestão fraudulenta do Banco Marka e por corrupção de servidor público, em um esquema que teriam causado rombo de mais de R$ 1 bilhão.

Indio disse que foi namorado da filha do ex-banqueiro, mas alguns órgãos de imprensa chegaram a divulgar que o vice de Serra teria sido genro de Cacciola.

A informação levou o candidato a contar a conversa que teve com Indio para esclarecer o episódio.

"Ontem, foi apresentado o nosso Indio para a vice-Presidência. Ele é um homem jovem, preparado, com experiência, que vai crescer muito e ter muita responsabilidade. É um namorador? [Serra perguntou apontando para Indio na plateia]. Não. Ele [Indio] me disse que não. Tem uma namorada.

Ele me disse por telefone: 'não tenho amantes'. Eu até disse: 'também não precisa exagerar'. O que tem que ser é uma coisa discreta", afirmou Serra que, diante da surpresa dos participantes do evento, complementou: "Não estou aqui pregando pular cerca no casamento, mas também não precisa exagerar."

Criança grava na cabeça tudo o que vê e ouve na TV.



* Celso Jardim

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GOVERNO LULA: FMI elogia recuperação da economia brasileira

Radio França International Artigo publicado em 06 de Agosto de 2010



FMI elogia recuperação da economia brasileira

O Fundo Monetário Internacional elogiou a rápida recuperação da economia brasileira ao longo do último ano. De acordo com o Fundo, o Brasil superou a crise mundial mais cedo e mais rápido que a maioria das outras economias. O Brasil também registrou um ano de forte crescimento – do segundo trimestre de 2009 ao primeiro trimestre deste ano, o país cresceu a uma taxa média anualizada de 8,9%. Depois de consultas com autoridades econômicas brasileiras, a diretoria do FMI disse que o desempenho notável foi sustentado pela forte política econômica, baseada na responsabilidade fiscal, na flexibilidade do câmbio e em metas de inflação

A previsão para o crescimento da economia brasileira em 2010 segue em 7,1% - seguindo previsões anunciadas em julho. O Fundo afirmou que deve continuar sendo prioridade do Banco Central manter as expectativas de inflação em xeque, além de recomendar cautela no acúmulo de reservas cambiais para equilibrar os riscos de apreciação da moeda. Segundo o FMI, o real parece sobrevalorizado e podem ser necessários controles temporários sobre o fluxo de capital para diminuir a pressão sobre a moeda. A longo prazo, a recomendação é de mais investimentos públicos e privados, principalmente em infraestrutura, para melhorar a competitividade e o potencial de crescimento do país. Raquel Krahenbuhl, correspondente da RFI em Washington.

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Dilma: Serra deixou claro em debate que é oposição

O Globo - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, reforçou nesta sexta-feira a estratégia de mostrar que seu principal adversário, José Serra (PSDB), representa

a oposição e a mudança de rumo em relação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Eu acho que o candidato Serra representa a oposição. Eles foram contra o governo do presidente Lula desde o início", disse Dilma a jornalistas ao avaliar o debate entre presidenciáveis realizado pela TV Bandeirantes na quinta-feira. A campanha da petista se preocupa em colar em Serra o adesivo de anti-Lula, para não correr o risco de o tucano passar uma ideia de que é pós-Lula, enquanto Dilma significa a continuidade. "Tanto é assim, que, por exemplo, o partido que faz coligação com o candidato Serra -o DEM- entrou na Justiça arguindo a inconstitucionalidade do ProUni, querendo que o ProUni fosse cancelado. O que eles queriam fazer com os 500 mil brasileiros que têm direito a uma bolsa pelo ProUni eu não sei", acrescentou.

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Ibope: Jaques Wagner seria reeleito no primeiro turno

O Globo

Pesquisa Ibope, encomendada pela TV Bahia, afiliada da Rede Globo na Bahia, mostra o governador Jaques Wagner sendo reeleito no primeiro turno.



Ele tem 46% das intenções de voto, seguido por Paulo Souto (DEM), com 19%, Geddel Vieira Lima, com 11%, e Carlos Nascimento (PSTU), com 1%.



Há duas semanas, pesquisa Datafolha mostrava o petista com 21 pontos de vantagem sobre Paulo Souto (DEM). O Ibope hoje dá 27 pontos de vantagem.



Para o Senado, o candidato à reeleição César Borges (PR) lidera com 38%. Em segundo lugar, empatados tecnicamente, estão a deputada federal Lídice da Mata (PSB), com 25%, e Walter Pinheiro (PT), com 23%. José Ronaldo (DEM) tem 10% e o deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) 7%. Os indecisos são 48%.

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"Ninguém vai destruir minha relação com a sociedade" - Parte 1

Carlos José Marques, Delmo Moreira, Mário Simas Filho e Octávio Costa

ENCONTRO COM EDITORES

“Fico feliz em saber que ninguém quer fazer campanha falando mal de mim”



Antes de iniciar a conversa com ISTOÉ, o presidente Lula mostrou que estava disposto a dar uma entrevista reveladora. “Vamos combinar o seguinte: podem fazer qualquer pergunta, por mais inconveniente que pareça”, disse ele ao ocupar a cabeceira da comprida mesa de reuniões no seu gabinete improvisado no Centro Cultural Banco do Brasil. “Vamos adotar o seguinte: é probido proibir”, afirmou.



E assim foi. Animado, coloquial e bem-humorado, Lula falou por quase duas horas com a equipe de ISTOÉ, sem recusar nenhum tema proposto. Em dois momentos mostrou um especial estado de espírito. Primeiro um largo sorriso quando recebeu de um assessor, durante a entrevista, os dados da última pesquisa Sensus/Ibope que dava 10% de vantagem à sua candidata Dilma Rousseff sobre o oposicionista José Serra. Pouco depois, o presidente ficaria com o olhos marejados quando falava dos principais legados que julga deixar para o País: “Hoje os pobres sabem que podem chegar lá.”



ISTOÉ – O sr. deixa o Planalto como o presidente mais popular da história do País. Como pensa em administrar esse patrimônio depois de sair do governo?

Luiz Inácio Lula da Silva – O meu medo é tomar uma atitude precipitada sobre o que eu vou fazer. Montar alguma coisa e depois de seis meses descobrir que não era aquilo. Então, eu acho que alguém que deixa o mandato, como vou deixar, numa situação graças a Deus muito confortável, tem que dar um tempo de maturação. Preciso de um tempo, quem sabe quatro, cinco, seis meses. Tem que deixar a Dilma construir um governo que seja a cara dela, do jeito dela, e eu ficarei no meu canto, curtindo o fato de ser um ex-presidente da República.



ISTOÉ – Isso é possível, presidente?

Lula – O Felipe González (ex-primeiro-ministro da Espanha) contou-me uma história que eu faço questão de repetir. Ex-presidente é que nem aquele vaso chinês que você ganha de presente. Você não sabe onde colocar o ex-presidente. Ele passa a ser incômodo se não se tocar que é um ex-presidente. Essa é a parte mais séria da história. Quero dar um tempo maior. O que eu pretendo fazer? O acúmulo de acertos nas políticas sociais que nós tivemos no Brasil precisa ser socializado. Eu quero socializar essas políticas com os países da América do Sul, do Caribe, com os países africanos. Eu já tenho muitos convites de países africanos para ir lá e mostrar a ideia e o que nós fizemos. Mas é para ir lá com tempo, para ir a campo.



ISTOÉ – O sr. fará as caravanas internacionais, então?

Lula – Eu não sei se serão as caravanas como as que eu fazia aqui no Brasil. Mas pretendo construir uma equipe de companheiros que acumularam oito anos de experiência no governo e 30 anos de experiência enquanto oposição, para que a gente tente colocar em prática, junto aos governantes dos países mais pobres, as condições de eles terem uma política de desenvolvimento social.



ISTOÉ – É preciso ter um cargo para isso, como o de presidente do Banco Mundial?

Lula – Não. É só a vontade política.



ISTOÉ – Mas vários governantes falam de seu nome para ocupar um organismo internacional multilateral. O que o sr. acha disso?

Lula – Tenho companheiros que falam, olha Lula você vai para a ONU. Eu tenho uma ideia diferente. Acho que a ONU é uma instituição que tem que ser dirigida por um burocrata, que tenha a consciência de que ela é subordinada aos presidentes dos países. Porque se você coloca alguém lá, que, por coincidência, tenha mais força que alguns presidentes, haverá, no mínimo, uma anomalia. Você fica com uma instituição criada para servir os países com gente mandando mais. Imagine se a moda pega e os ex-presidentes americanos resolvem ser secretário-geral da ONU.



“Quando Dilma veio para a Casa Civil percebi que eu estava

diante de um animal político não trabalhado”



“Devo muito do sucesso do meu governo ao Palocci. Talvez pela qualidade

de médico, de não sentir a dor que sente o paciente, ele manejava a economia com

a maestria que um economista não teria”



ISTOÉ – Mas o sr. recusaria um convite nessa direção?

Lula – Eu recusaria. Recusaria essa coisa de Banco Mundial. Eu tenho consciência do seguinte: tenho 64 anos e quando deixar a Presidência vou ter 65 anos, logo ainda tenho uma contribuição política para dar ao País. Eu sonho com a construção de uma frente ampla no Brasil. Juntar as forças políticas aqui, construir um programa comum, fazer a reforma partidária, que acho que é uma condição sine qua non para a gente poder mudar em definitivo o Brasil. Temos que fazer a reforma partidária. Isso não é coisa de presidente da República. Isso é coisa dos partidos políticos. E eu, de fora, pretendo ajudar o meu partido a organizar os outros partidos em torno da ideia da reforma política.



ISTOÉ – O projeto de um instituto para irradiar essas ideias também está em curso?

Lula – Também está em conta. Mas agora estou com a minha cabeça voltada para o seguinte: tenho mais cinco meses de governo. Tem muita coisa para acontecer, e sabe do que eu tenho medo? Eu sou muito amante do futebol e o que eu jamais faria como técnico é marcar um gol, correr para a retranca e ficar esperando o adversário vir para cima de mim. Então, tenho muito trabalho pela frente. Quero trabalhar até o dia 31 de dezembro. Tenho agenda até o dia 29 de dezembro, tenho agenda no dia 28 de dezembro, eu quero ter agenda até o último dia de trabalho. No dia que eu entregar a faixa para quem for eleito presidente da República, aí sim...



ISTOÉ – Presidente, pelas pesquisas atuais, há uma grande chance de o sr. entregar a faixa para a ex-ministra Dilma Rousseff. A que o sr. atribui o êxito de Dilma? Foi graças ao empenho do sr.? É o perfil dela?

Lula – Acho que há um conjunto de valores. Primeiro, é preciso ter muita humildade para pedir para o povo votar na Dilma. Um voto é um direito livre e soberano de cada cidadão, mas, como eu passei por aqui oito anos e sei como funciona isso, sinto-me na obrigação de dizer ao povo quem eu entendo que poderia dar continuidade àquilo que nós estamos fazendo. Esta é a primeira coisa com que nós temos que ter todo o cuidado. A segunda coisa é a seguinte: um governo que tem 76% de bom e ótimo nos últimos cinco meses de mandato, um presidente da República que tem 86% de bom e ótimo e se colocar regular vai a 98%, 97% em alguns Estados, é um governo com forte possibilidade de fazer a sucessão. Tem uma aliança política muito forte. Tem muitos candidatos a governador apoiando a ministra Dilma. Ela está muito bem preparada, não tem hoje no Brasil ninguém mais preparado do que a Dilma, do ponto de vista de ter o Brasil na cabeça.



ISTOÉ – Mas o sr. construiu sua candidata do zero, não é, presidente?

Lula – É por isso que nós preparamos o PAC 2. Porque eu poderia deixar para ela preparar em janeiro. Mas o que eu quis na verdade foi, primeiro, definir as obras prioritárias para o Brasil com os governadores e os prefeitos, colocar dinheiro tanto no orçamento quanto na LDO. Então quem começar a governar não vai ter que encher a bola. A bola vai estar cheia e o cara vai começar jogando. Eu acho que a Dilma está extremamente preparada e madura politicamente. Acho que a vantagem da Dilma é que ela não tinha pretensão. Acho que jamais passou pela cabeça da Dilma que ela seria escolhida candidata a presidente da República



ISTOÉ – E na cabeça do sr. qual foi o primeiro momento?

Lula – O primeiro momento que me veio na cabeça foi quando eu, na Favela da Rocinha, no Rio, disse que ela era a mãe do PAC. Ali, na verdade, eu estava começando a preparar.



ISTOÉ – O sr. chegou já chegou lá com a ideia de fazer essa declaração?

Lula – Foi na hora, em função do clima, que eu falei. E foi importante naquele momento.



ISTOÉ – Muita gente pensava que sua candidata seria a Marina Silva, que, pelo histórico, era considerada o Lula de saias. Por que a Marina Silva não foi a sua escolha?

Lula – Quando a gente vai escolher alguém para ser presidente da República, essa pessoa tem que ter um acúmulo de qualidades, e não apenas um pouco de qualidades. A Marina é minha companheira de 30 anos. Vocês jamais ouvirão da minha boca uma palavra ou uma vírgula que possa falar mal da Marina. Um ano antes de deixar o governo, a Marina pediu demissão. Eu não aceitei a demissão dela por conta da Dilma Rousseff. A Dilma e o Gilberto Carvalho me pediram para convencê-la a ficar. Ela ficou mais um ano, até que quis sair. Até hoje não me explicou por que saiu do PT e eu não fui tomar satisfação do motivo por que ela saiu.



“De vez em quando adoto uma máxima do Chico Buarque:

tem que ouvir o ministério do que vai dar merda”



“O parlamentarismo não dará certo, como não dará

certo uma cooperativa se você criá-la de cima para baixo”



“É muito melhor para o candidato se ele tiver um presidente

do qual não tenha vergonha de dizer que é apoiado por

ele, como o Al Gore fez com o Bill Clinton”



ISTOÉ – Antes da Dilma, o sr. chegou a pensar em outros nomes? No seu primeiro mandato havia Palocci, José Dirceu...

Lula – Obviamente, se não tivesse acontecido com o PT o que aconteceu em 2005, o quadro político poderia ser outro. Mas a Dilma, então, veio para a Casa Civil. E eu já contei que a Dilma foi escolhida ministra de Minas e Energia por conta de uma reunião que eu estava fazendo em São Paulo, preparando 2002. Quando ela chegou, depois de uma hora de reunião, eu falei: é a minha ministra. Tanto é que o Zé Dirceu já tinha feito acordo com o PMDB para ter o Ministério de Minas e Energia e eu disse: “Desfaça tudo porque eu já tenho a ministra.” E ela foi de uma competência exuberante na construção do marco regulatório do modelo de energia elétrica do Brasil. Quando ela veio para a Casa Civil começamos a trabalhar juntos, a nos reunir cotidianamente, a discutir as reuniões. Aí eu percebi que estava diante de um animal político não trabalhado. De um animal político que foi educado a vida inteira para ser técnica. E eu comecei a falar: bom, agora nós temos que descobrir o lado político de Dilma.



ISTOÉ – E como o sr. fez?

Lula – Fui colocando a Dilma em várias reuniões das quais, teoricamente, ela não precisaria participar. Comecei a levá-la para viajar comigo para que começasse a ver o mundo de uma concepção mais política. Eu acho que hoje ela é uma figura extraordinariamente preparada. Lógico que na política você está sempre se preparando. Às vezes, as pessoas ficam comparando a Dilma comigo. Mas não é possível, porque eu venho de um mundo diferente. Comecei diferente. E tenho um acúmulo diferente.



ISTOÉ – Mas a geração é a mesma...

Lula – É a mesma, mas traçamos caminhos diferentes. Eu acho que o que é importante é que ela é hoje uma mulher sem ressentimentos, sem mágoa. Eu conto sempre o dia em que eu desci com Dilma de helicóptero no Quartel do 2º Exército em São Paulo. Quando o helicóptero parou, ela ficou olhando, olhando e disse: “Foi aqui que eu fui trazida quando fui presa.” E depois me disse: “Engraçado, não estou ressentida.” Descemos lá, fomos tomar café, cumprimentamos todo mundo. Eu achei isso um gesto de superação, o que é importante para alguém governar esse país. Quando chega ao cargo de presidente da República, ninguém tem o direito de ter mágoa, rancor, ressentimento, de dizer eu não gosto de fulano. Não tem esse direito.



ISTOÉ – Um dos ministros mais importantes para o sr. foi o Palocci, que agora está na campanha de Dilma. Como o sr. vê o papel dele num eventual futuro governo Dilma?

Lula – Esse é um problema do futuro governo. Mas eu vou dizer o que penso do Palocci. Acho que no Brasil nós temos, se é que temos, raríssimas pessoas com a inteligência política do Palocci. Digo sempre que eu credito uma parte do sucesso do meu governo aos primeiros dois anos, quando nós tivemos que comer carvão em vez de filé mignon. Quando tivemos que trocar todo o capital político que eu tinha por uma política fiscal dura. Assim, a gente pôde chegar aonde chegou. Possivelmente, se não fosse o Palocci, nós não teríamos feito isso. Talvez pela qualidade de médico, de não sentir a dor que sente o paciente, ele manejava a economia com uma maestria que possivelmente um economista não manejasse. Eu devo muito do sucesso do meu governo ao Palocci. Ele é um animal político que certamente dará contribuições enormes a esse país. Ele é muito jovem e acho que ainda tem muita contribuição para dar.



ISTOÉ – A Dilma não era uma escolha clara do PT, mas o sr. fez valer sua vontade. O sr. acha que ficou maior do que o PT?

Lula – É humanamente impossível fazer qualquer teste de DNA no PT e não me encontrar lá dentro. Da mesma forma é muito difícil fazer um DNA em mim e não encontrar o PT aqui dentro. O fato de eu ter sido presidente me transformou numa figura infinitamente mais projetada do que o PT. Mas isso não significa que eu seja maior do que o PT. É um partido muito organizado no Brasil inteiro, que tem muita força. Agora, acho que nós temos condições de construir uma coisa mais forte. Eu tenho dito a alguns companheiros que não é uma tarefa fácil, mas eu gostaria de criar, dentro de um processo de reforma política, uma frente ampla de partidos que pudesse construir um programa para o Brasil, mais forte do que um partido. Pode ter gente de todos os partidos, pode ter a maioria dos partidos.







ISTOÉ – Isto seria o fim do PT?

Lula – Não. É uma espécie de seleção brasileira. O Corinthians não deixa de ser Corinthians porque o Mano Menezes convocou o Jucilei. E nenhum time deixa de ser porque teve craques convocados. É uma coisa maior para construir um arco de alianças maior.



ISTOÉ – Esse grupo poderia ter o PSDB?

Lula – Eu acho que acabou o tempo da ilusão em que a gente poderia trabalhar junto com o PSDB. Eu acreditei nisso. E muita gente do PT acreditou nisso.



ISTOÉ – O sr. acha que o PSDB foi para a direita?

Lula – Acho que eles escolheram outro projeto. Vocês estão lembrados que, logo que o Fernando Henrique Cardoso assumiu a Presidência, ele juntou gente que na época se comportava como de esquerda, como o PPS. Aquelas pessoas achavam que iriam ter uma participação no governo. Qual foi o problema? Foi a reeleição, que conduziu para uma relação promíscua com o Congresso Nacional e a coisa desandou um pouco. Essas coisas são muito fáceis de falar, mas é muito difícil fazer, porque para construir uma frente ampla é preciso construir uma direção partidária, que as pessoas respeitem, que vejam nela uma liderança. De qualquer forma, como vou ter tempo, essa questão política vai voltar com muita força na minha cabeça. Acho que nós temos que fazer um reforma para moralizar a política no Brasil, fortalecer os partidos políticos, para moralizar a fidelidade partidária, para parar com esse negócio de judicializar a política como ela está judicializada. Isso se faz com o debate político. E eu quero estar vivo no debate político.



“Tem rico que vem aqui, te pede um bilhão de reais e sai falando mal de

você. O pobre te pede dez reais e fica agradecido pelo resto da vida”



“O que leva um homem a ter preconceito contra um ser humano que o

carregou na barriga nove meses? Que o limpou enquanto ele não sabia se limpar?

Vamos ser francos: o nosso caráter é o da nossa mãe”



ISTOÉ – Como sua imagem, que nem os adversários atacam nesta campanha, pode ser usada sem ofuscar a candidata? Qual é a dosagem certa?

Lula – Fico feliz em saber que ninguém quer fazer campanha falando mal de mim. É uma coisa boa, é agradável. Mas eu tenho um lado, um partido e um candidato. E isso eu faço questão de deixar público durante o processo eleitoral. Uma coisa a gente tem que compreender: eu cito muito futebol porque futebol é a coisa mais fácil do povo entender. Não existe a possibilidade de o Lula ofuscar a grandeza da candidata, porque vai chegando o momento em que o clima na sociedade, na imprensa, no debate, é da candidata, não é do presidente. A sociedade vai percebendo isso. É muito melhor para a candidata se ela tiver um presidente que ela não tenha que ter vergonha de dizer que é apoiada por ele, como o Al Gore fez com o Bill Clinton.



ISTOÉ – O PT não terá mais influência num governo de Dilma do que teve no seu?

Lula – Quem fala isso não conhece a Dilma. Ela é uma mulher de personalidade muito forte. O PT está na direção da campanha da Dilma, como estava na direção da minha.



ISTOÉ – Mesmo o relacionamento do sr. com o PT foi mudando...

Lula – A minha relação com o PT era diferente porque eu fui o criador do PT. Fui 13 anos presidente do PT. A minha relação com o partido sempre foi diferente da relação da Dilma, que é uma filiada. A direção do PT hoje está totalmente afinada com a candidata e a candidata totalmente afinada com a direção.



ISTOÉ – E aquele episódio do programa de governo diferente, apresentado pelo PT?

Lula – Vocês não podem errar e confundir uma tese com o programa. Quando se constrói um programa suprapartidário, cada partido constrói uma palavra, uma vírgula. Enquanto não há operação definitiva que diga “está pronto o programa”, não é programa, é pré-programa. E no pré-programa entra qualquer coisa. O programa não é do PT nem pode ser. O programa tem que ser uma síntese do pensamento dos partidos que compõem a base de apoio da ministra Dilma. É com isso que ela vai governar o País. E ela e o partido têm clareza disso.



ISTOÉ – O sr. acha que ela conseguirá ter ascendência política sobre o partido?

Lula – Vai ter. Deus queira que ela não tenha muita ascendência, porque não é importante que a candidata passe a ser muito mais forte, porque pode querer desrespeitar o partido. Eu quero que ela passe a ter uma relação com o partido de liderança, de respeito, que não tenham medo dela. Eu quero que os dois se respeitem. Se os dois se respeitarem, eles vão divergir, vão brigar, mas vão construir o melhor.



ISTOÉ – Como o sr. vê a relação com o PMDB, tradicionalmente fisiológico, que exige ministérios e muitos cargos no governo?

Lula – Eu não acho que seja assim. Nós temos que levar em conta que o PMDB é um partido forte. E que continuará sendo. É um partido que tem muitos vereadores, muitos prefeitos, muitos deputados, muitos senadores. Sempre, qualquer que seja o governo, de ultraesquerda ou de ultradireita, será preciso trabalhar com o PMDB. Quando nós fizemos a Constituição de 1988, esse foi um equívoco. Nós construímos uma carta parlamentarista. Fizemos um plebiscito e o parlamentarismo tomou uma trolha de 80%. Só para vocês saberem, a direção do PT, da qual eu fazia parte, era parlamentarista. Mas eu ia para o debate e o pessoal falava assim para mim: “Ô Lula! Você é tonto, rapaz! Agora que está chegando a hora de a gente chegar ao poder você quer transferir poder para o Congresso te eleger? Não vão te eleger nunca.” Nós perdemos internamente no PT. A direção tomou uma surra. Acho que mais de 70% ficaram contra a direção.



ISTOÉ – O sr. continua parlamentarista?

Lula – Eu acho que tudo está ligado à evolução cultural da sociedade. O parlamentarismo não dará certo, como não dará certo uma cooperativa, se você criá-lo de cima para baixo. Eu, por exemplo, trabalhava com a ideia de que era favorável ao voto distrital. Como eu imaginei organizar o PT por núcleos, em cada rua, em cada vila, pensava numa organização tão forte que não haveria dinheiro no mundo capaz de ganhar uma eleição de você. Eu sonhava isso. Você teria como candidatos as grande personalidades e as lideranças sociais. Mas muita gente no PT não acreditava nisso. Defendiam que tem que se pedir voto para todo mundo. Mas essa história favorece quem? Quem tem dinheiro. Eu conheci deputado que pegava helicóptero e viajava para o interior para passar a tarde carregando gente. Parava em campo de futebol, colocava o sujeito dentro do helicóptero e dava uma volta. Ganhava o voto do tadinho que nunca andou de helicóptero. Mas também esse processo de mudança não pode ser um estupro. Ter a maioria e empurrar na garganta da minoria, não. O problema é que não há muito debate

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"Ninguém vai destruir minha relação com a sociedade" - Parte 2

Carlos José Marques, Delmo Moreira, Mário Simas Filho e Octávio Costa “Beijei cada um dos hansenianos, porque nunca um presidente

havia encostado neles, possivelmente de nojo”



“Há muitas coisas que me emocionam: de a gente teimar

que era possível receber num palácio de governo não apenas príncipe,

rainha ou presidente, mas do pé descalço ao cara que está de sapato alto”



ISTOÉ – O sr. espera que sua ideia de frente ampla mude o modo de fazer política no País?

Lula – Eu quero ter esse papel aqui dentro. Também tenho discutido muito em nível internacional. Muita gente já conversou comigo para que eu tivesse um papel na Internacional Socialista. Mas acho que a Internacional Socialista tem a cara da Europa, não tem a cara da América Latina. Eu seria um estranho no ninho. Mas eu quero também contribuir para que a gente discuta um pouco uma organização política aqui na América Latina.



“Hoje agradeço por todos os santos o segundo turno

com o Alckmin, porque eu pude lavar a minha alma”



“Quando você tem um político cretino, ele não quer que

seu aliado ganhe, mas, sim, que o adversário ganhe”



“Eu quero estar vivo no debate político”



ISTOÉ – Nos mesmos termos?

Lula – Eu não sei ainda. Mudou a cara política da América Latina, mas os partidos continuam os mesmos. As forças são as mesmas. A gente não evoluiu na organização internacional. O que é o partido do Chávez? Ou os partidos políticos na Argentina? Lá tem um monte de partidos políticos, mas todos são peronistas. O Uruguai tem o partido mais organizadinho, com a Frente Ampla. No Paraguai, o presidente foi eleito por fora dos dois maiores partidos. É juntar essa coisa toda e começar a elaborar possivelmente uma nova doutrina da criação de uma instituição política que pense em uniformizar determinados princípios na América Latina. Sem o dogmatismo do manifesto, que não venha com aquele negócio da terceira, quarta internacional, não quero mais saber disso.



ISTOÉ – Há um temor no meio empresarial de um futuro governo da Dilma ser mais estatizante que o seu.

Lula – Não há essa hipótese. Eu conheço bem a Dilma e sei o que ela pensa. Obviamente que nós não queremos ser estatizantes, mas também não vamos carregar a pecha que nos imputaram nos anos 80, quando se dizia que o Estado não valia nada e que o mercado era o Deus todo-poderoso. Essa crise americana mostrou que o mercado é frágil, é corrupto e que quem tinha o Estado mais forte salvou-se primeiro. No caso do Brasil, se não tivéssemos o Banco do Brasil, como é que a gente iria comprar a carteira de financiamento de carro usado do Votorantim? Eu cheguei para o Banco do Brasil e para o companheiro Guido Mantega (ministro da Fazenda) e disse: “Companheiros, nós não podemos deixar quebrar as finanças de carro usado, porque se não vender carro usado não tem compra de carro novo.” Eu perguntei para o Dida (presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine): “Como o Banco do Brasil está? Pode financiar carro usado?” “Ah! Nós não temos expertise, presidente.” Eu perguntei, o que a gente faz então? “A gente tem que formar.” Que formar, o quê! Não temos tempo de formar, a crise está aqui, batendo à porta. Vamos comprar de quem tem. O Votorantim tem, quer vender? Então compramos 50% da expertise do Votorantim. Acabou o problema. O Serra queria vender a Caixa Econômica Estadual. Começaram a falar para mim: “Você não pode comprar, porque o Serra é candidato, é adversário, o Serra vai juntar muito dinheiro para a campanha.” Eu disse: vocês são doidos! Acham que, por causa da campanha do Serra, vou deixar de comprar um banco que permitirá que o Banco do Brasil volte a ser o maior do País? Quem vai fiscalizar o dinheiro do Serra é a Justiça Eleitoral, não serei eu. Nós vamos comprar. E compramos.



“Acabou o tempo da ilusão de que a gente poderia trabalhar junto com o PSDB”



“O fato de eu ter sido presidente me transformou numa figura infinitamente

mais projetada do que o PT. Mas isso não significa que eu seja maior que o PT”



“Quem chega ao cargo de presidente não tem o direito

de ter mágoa, rancor, de dizer que não gosta de fulano”



ISTOÉ – O sr. considera que estes foram dois grandes momentos no enfrentamento da crise?

Lula – Quando a gente chega aqui é menos teoria e mais prática. Quando a gente está na oposição, está discutindo. Você fica numa mesa de bar conversando e diz: eu penso isso, eu penso aquilo. Quando senta naquela cadeira de presidente, você não acha, você não pensa, você não acredita. Você faz ou não faz. E tem que tomar decisão na hora. Não tem que se preocupar com a repercussão. Eu, de vez em quando, adoto uma máxima do Chico Buarque: tem que ouvir o ministério do que vai dar merda. Aprendi antes de tomar a decisão a chamar outras pessoas para perguntar: isso aqui vai dar merda ou não? Governar é uma coisa engraçada. Uma vez o Gilberto Gil propôs a criação da Ancinave. Era uma proposta. De repente a gente estava tomando porrada de todos os lados. Eu reuni numa mesa todos os ministros envolvidos naquilo: Justiça, Fazenda, Indústria e Comércio, Cultura, Secom e mais uns três ou quatro. Disse que nós estávamos apanhando muito na imprensa e que eu precisava saber se todos nós estávamos de acordo com a proposta na mesa. Foi fantástico. Nenhum ministro concordava com a proposta. Porque era uma proposta para debate e surgiu como se fosse uma proposta acabada do governo. Então eu falei: “Alguém tem que comunicar à imprensa que está retirada a proposta. Se ninguém defende a proposta, por que vai continuar?” No governo ou você toma a decisão rapidamente ou é engolido rapidamente.



ISTOÉ – O Brasil, apesar dos preconceitos machistas, está pronto para ser presidido por uma mulher?

Lula – O preconceito é uma coisa cultural muito forte no mundo e no Brasil. Mas a ascensão das mulheres nos últimos 20 anos é uma coisa extraordinária. Fui num debate com empresários no Paraná na sexta-feira passada e eu dizia a eles: o que leva um homem a ter preconceito contra um ser humano que o carregou na barriga nove meses? Que o limpou enquanto ele não sabia se limpar? Que o ensinou a comer quando ele não sabia comer? Que formou o seu caráter e que continuou cuidando dele até ele se casar? E só parou quando a sogra começou a se invocar? Qual é a razão que a gente tem para não acreditar num ser que fez a gente? Vamos ser francos: o nosso caráter é o da nossa mãe. A gente pode adorar o pai da gente, mas na hora, que a gente caiu quem estava do nosso lado era nossa mãe. Na hora que a gente tinha dor de barriga quem estava conosco era nossa mãe. Na hora que a gente acordava de noite chorando quem estava do nosso lado era nossa mãe. Quem levantava para trocar nossa fralda de noite era nossa mãe. Quem colocava mamadeira na nossa boca de manhã era nossa mãe. Quem dava o peito para a gente machucar era nossa mãe. Por que nós temos preconceito contra essa figura tão nobre? Eu tenho dito para a Dilma que ela tem que dizer: “Eu não vou governar o Brasil. Eu vou cuidar do povo brasileiro.” Porque a palavra correta é cuidar. E cuidar da parte mais pobre. Tem rico que vem aqui, te pede um bilhão de reais e sai falando mal de você. O pobre te pede dez reais e fica agradecido pelo resto da vida. Então, nós temos que cuidar do povo. Esse país não pode continuar com o povo esquecido. Eu acho que nós vamos vencer o preconceito.







ISTOÉ – Acha que foram superados preconceitos que havia contra o sr.?

Lula – Eu fui vítima de muito preconceito. Nas primeiras eleições que perdi, eu perdi porque o pobre não confiava em mim. E eu não tinha mágoa do pobre por isso. Mas ele me via e dizia: se esse cara é igual a mim, por que eu vou votar nele? Era isso que levava o pobre a desconfiar de mim. Eu precisei perder três eleições, amadureci muito, e a sociedade foi amadurecendo até compreender que poderia votar em mim. Hoje, eu acho que o grande legado que vai ficar da minha passagem pela Presidência são os pobres desse país estarem acreditando que eles podem chegar lá. É isso que eu quero fazer com a mulher. A mulher não é apenas a maioria numérica. Em muitas funções, a mulher é igual ou mais competente do que os homens. Todos vocês são casados e suas mulheres são mais corajosas do que vocês. E a minha também. As nossas mulheres têm coragem de fazer brigas que nós não fazemos. Às vezes, o vizinho enche o saco e nós dizemos que vamos conversar. E a mulher diz: “Não tem essa não.” Ela abre a porta e vai lá. Eu acho isso uma coisa estupenda. A coragem da Marisa para tomar decisão é infinitamente maior do que a minha. Com ela, eu tenho que contemporizar. Não, não vamos brigar agora. E ela diz que tem que resolver já, não tem meio-termo. E eu acho que toda mulher é assim.



ISTOÉ – Como o sr. vê José Serra como adversário de Dilma?

Lula – Para mim, essa é uma eleição engraçada. Três candidatos de oposição foram do meu partido: Marina Silva, do PV, José Maria, do PSTU e Plínio de Arruda Sampaio, do PSOL. E o Serra é uma pessoa com quem eu tenho uma relação de respeito muito antiga. Quando vejo eles debatendo, não tenho nenhum inimigo. Tenho alguns adversários disputando com a minha candidata. E eu acho que o Serra deu azar. Deu azar de disputar comigo quando eu não podia perder. Digo do fundo da alma, eu nunca tive a menor preocupação de que não ganharia aquela eleição de 2002. Eu estava convencido de que era a minha vez, que tinha chegado a hora. Eu tinha participado da candidatura do (Franco) Montoro e sabia como era isto. Em 1982, não adiantava nada, aquela era a hora do Montoro ser governador. Podia falar o que quisesse. Que ele tinha 20, 80 aposentadorias. Era a hora dele. E foi. Em 2002, eu sabia que era a minha hora. Eu lembro que quando não ganhei no primeiro turno, cheguei no gabinete à noite e havia uns 100 delegados da América Latina, todo mundo lá triste. Estavam lá o Zé Dirceu e o Duda Mendonça na frente da telinha medindo voto, dizendo que ia dar por meio ponto. E eu disse: “Gente, deixa para lá. Tanto faz primeiro ou segundo turno.Vai apenas demorar um pouco mais. E vai ter uma diferença bem maior depois.” E foi uma coisa extraordinária porque o segundo turno permite que você tenha um embate direto. Eu hoje agradeço por todos os santos o segundo turno com o Alckmin, porque eu pude lavar a minha alma. Eu pude aumentar a minha votação em 12 milhões de votos. E ele perdeu três milhões de votos, uma coisa inédita.



ISTOÉ – E qual é exatamente o azar do Serra, presidente?

Lula – Ele foi candidato num ano em que eu não tinha como perder as eleições. E ele agora é candidato num ano em que a Dilma tem todas as condições de ganhar as eleições porque o governo está muito bem e porque as coisas vão melhorar.



ISTOÉ – O sr. acredita em decisão já no primeiro turno?

Lula – Eu acredito no processo eleitoral. Para mim, não importa que seja no primeiro ou no segundo turno. Nós temos é que ganhar as eleições. Temos que trabalhar para ganhar as eleições. E eu acho que é uma eleição que pode terminar no primeiro turno. Mas se for para o segundo turno não existe nenhum problema, nenhum trauma. Nós vamos fazer uma bela campanha.



ISTOÉ – Fala-se muito que há uma grande possibilidade de, em 2014, o presidente eleito agora ter o sr. pela frente. Como está desenhada essa possibilidade?

Lula – Vamos colocar a política no seu devido lugar. Quando você tem um político cretino, ele não quer que o seu aliado ganhe, mas, sim, o adversário para ele voltar quatro anos depois. No meu caso, eu lancei a Dilma candidata porque eu quero que ela ganhe. E porque eu quero que ela faça um governo melhor do que o meu. E que ela tenha direito a ser candidata à reeleição. É um direito legítimo dela. Não tem essa de que a Dilma vai ser candidata para o Lula voltar em 2014. Não existe essa hipótese. Se a Dilma for eleita ela vai fazer um governo extraordinário e vai ser candidata à reeleição. Se o candidato for um adversário, a história muda de figura. Mas, aí, eu preciso estar bem, porque eu já vou estar com 69 anos. E com 69 anos você parece novo, mas não é tão novo, não. Eu, às vezes, acho que na política deveria ser que nem na Igreja Católica, onde o bispo se aposenta com 75 anos.







ISTOÉ – A mais ousada ação do seu governo na política externa nos últimos tempos foi a intermediação da questão atômica com o Irã. O que faltou para o êxito da negociação?

Lula – É o tipo da coisa que somente o tempo vai se encarregar de mostrar o que aconteceu. Eu não tinha nenhuma relação de amizade com o (Mahmoud) Ahmadinejad. Conheci o Ahmadinejad numa reunião da ONU antes da minha ida a Pittsburgh para discutir o G-20. Tive uma conversa com ele. Discutimos duas horas e a primeira coisa que comecei a discutir era a respeito do Holocausto. Se era verdade ou não que ele não acreditava no Holocausto. E ele disse: “Não foi bem isso que eu quis dizer.” Se não foi bem isso que você quis dizer, então, diga. Porque em política todas as vezes que a gente começa a se explicar muito é porque a gente cometeu um erro. Ele disse: “É porque morreram 67 milhões de seres humanos na Segunda Guerra e parece que só morreram os judeus. Os judeus se fazem de vítimas.” Eu falei que se era isso que ele, Ahmadinejad, queria dizer então dissesse. Morreram 67 milhões de pessoas na Segunda Guerra, mas os judeus não morreram em guerra. Eles foram assassinados a sangue-frio, crianças, mulheres, em câmaras de gás, é diferente. Senti que tinha uma possibilidade de conversa. Ele pessoalmente é muito mais afável do que na televisão.



ISTOÉ – Como o sr. encaminhou a questão?

Lula – Eu cheguei na ONU, cheguei em Pittsburgh, tinham dado uma entrevista o Sarkozy (presidente da França, Nicolas Sarkozy), Gordon Brown (então primeiro-ministro britânico) e Barack Obama (presidente dos EUA) criticando Ahmadinejad. Fui no Obama e falei: “Companheiro, você já conversou com o Ahmadinejad alguma vez? Não. Você se dignou a pegar o telefone, ligar para ele e dizer: eu quero conversar com você? Não”. A mesma conversa eu tive com o Sarkozy, com o Gordon Brown e com a Angela Merkel (chanceler alemã). Ora, vocês nunca conversaram com o Ahmadinejad e estão dizendo que ele não quer sentar à mesa para negociar essa questão da paz. Então eu quero dizer para vocês o seguinte: eu acredito que ele quer sentar e eu estou convidando ele para ir ao Brasil, estou convidando o primeiro-ministro de Israel, estou convidando o Shimon Peres, estou convidando o presidente da Síria para ir ao Brasil. Separadamente, cada um na sua data. Ahmadinejad veio aqui. Nós conversamos mais de duas horas. Eu disse que, se fosse possível a gente avançar, eu mandaria o Celso Amorim ir muitas vezes lá. Como a Turquia também estava tentando, então o Celso Amorim e o ministro das Relações Exteriores da Turquia começaram a conversar com o primeiro-ministro do Irã, preparando a nossa ida lá. Em Copenhague, quase que eu consigo marcar um jantar entre Sarkozy e Ahmadinejad. Mas, como a rainha da Dinamarca não convidou o Ahmadinejad para o jantar, não deu. Chegou o dia de eu ir ao Irã e eu falei para o Celso que era preciso dizer para o Ahmadinejad que eu não poderia fazer uma viagem inútil.



“Não haverá solução no Oriente Médio enquanto os americanos

acharem que eles são os responsáveis pela construção da paz”



“Obama achou que eu e a Turquia estávamos sonhando

acreditando no Ahmadinejad, que ele iria enganar a

gente. Eu disse o seguinte: ‘Nasci político, meu filho’”



ISTOÉ – O sr. também havia recebido um pedido de Sarkozy para encaminhar ao Ahmadinejad.

Lula – Sarkozy tinha falado conosco da moça que estava presa, se poderia ter um gesto de liberar. Eu conversei com Ahmadinejad e ele se comprometeu a liberar, tanto é que eu cheguei à meia-noite lá e às cinco horas da manhã ele liberou. Duas semanas antes de eu viajar, recebo uma carta do Obama. E a carta do Obama tinha um viés. Primeiro tratando de uma forma carinhosa, se desculpando da grosseria dele quando nós fomos discutir o assunto nuclear lá. Ele achou que eu e a Turquia estávamos sonhando, acreditando no Ahmadinejad, que ele iria enganar a gente, não iria cumprir nada. Eu disse o seguinte: “Eu nasci político, meu filho. Toda a minha vida, desde 1969, foi negociar. Perdi muita coisa, ganhei muita coisa, mas negociar é a arte maior de fazer política. Então eu vou lá porque eu acredito.” Tanto é que quando eu cheguei na Rússia, na viagem para o Irã, Dmitri Medvedev (presidente russo) me disse: “Obama me ligou dizendo que ele acha que você vai ser enganado pelo Ahmadinejad.” Um jornalista perguntou: “Escuta aqui, de zero a seis, qual é o grau de otimismo que você tem para fazer a negociação?” O Medvedev falou 30%. Eu disse: Porra! Que otimismo pessimista! Eu falei 99,9%. Cheguei ao Qatar, o Obama tinha ligado para o emir dizendo que vão enganar o Lula. Cheguei ao Irã, conversamos, conversamos, conversamos. Fui conversar com o líder supremo, Khamenei. Duas horas de conversa. Depois fui conversar com o Ali Larijani (presidente do Parlamento) e com todos falei da importância, que eles não poderiam arriscar o bloqueio.



ISTOÉ – Por que, presidente?

Lula – Porque o bloqueio começa sem dor, mas daqui a pouco começa a faltar remédio, começa a faltar comida. E quem paga o preço são as crianças. Contei que Cuba viveu 50 anos, que a Líbia viveu 13 anos com bloqueio. Eu conversei tudo o que poderia conversar com eles. O Celso Amorim teve um papel extraordinário com os ministros. Chegou no outro dia às 9h da noite e nós fomos jantar. O Celso não estava no jantar e estava o ministro deles. Azedou, pensei. Esse aqui (o ministro Franklin Martins) estava muito pessimista. Na hora que eu saí do hotel, ele falou: “não vai dar nada”. E eu: “Calma, rapaz, tem que ter fé. A fé que move montanhas.” Eu cheguei lá, estava o ministro deles, mas não estava o Celso. Pensei que tinha azedado mesmo. Então disse para o Ahmadinejad: amanhã eu vou embora, sabe que para eu vir aqui eu larguei a minha mulher e os meus filhos, tenho tarefa pra caramba no Brasil. Vim aqui porque eu quero para você o que eu quero para mim. Eu quero que o Irã desenvolva o enriquecimento de urânio para fins pacíficos, para produzir coisas para a indústria farmacêutica, para produzir coisas para a energia nuclear e no meu país isso está na Constituição. E eu não quero que, por equívoco, o mundo rico, que tem bomba nuclear, te impeça de fazer isso. Então, na verdade eu vim aqui para dar as minhas costas para repartir as chibatadas que você está tomando e não gostaria de ir embora sem assinar esse acordo. Se eu for embora sem assinar esse acordo, eu vou ter que começar a fazer discurso dizendo que você não quer negociar mesmo.



ISTOÉ – Depois disso ele resolveu assinar?

Lula – Ele disse: Vamos conversar amanhã de manhã? O ministro dele estava comigo e ia encontrar o Celso ainda. O ministro dele disse assim para mim: “Presidente, falta só um ponto, eu vou encontrar com o Celso agora.” Quando foi meia-noite, eu cheguei ao hotel e o Celso me liga: “Presidente, fechamos.” Nós fomos para acertar o acordo. Tinha físico para dar palpite, como vocês nem imaginam. Os caras não queriam assumir compromisso com data. Eu disse que sem data nós não concordávamos. Eu falei: “Ahmadinejad, vocês sabem o que falam de você. Lá fora na Europa, nos Estados Unidos, falam que você não cumpre palavra, você sabe disso. Por isso é importante colocar a data dizendo que tal dia você vai mandar tal coisa”. Ele topou. Qual foi a minha surpresa, companheiros? É que o pessoal que estava há não sei quantos anos tentando conversar com o Ahmadinejad e nunca conversou, porque nunca tentou, ficou com ciúmes. Por isso a reação. Na minha opinião, essa é a única explicação para a ciumeira do Conselho de Segurança da ONU. Nós ainda mandamos para o grupo de Viena, com Rússia, Estados Unidos e França, a carta no domingo, e ainda assim eles tentaram barrar. Eu acho que a história vai mostrar o equívoco dos companheiros que resolveram trocar as conversas pelas sanções, porque demonstraram apenas ciúmes. Em minha opinião, uma atitude pequena. O problema é o seguinte: se a ONU continuar fraca do jeito que está, vai prevalecer o unilateralismo, a posição unilateral dos americanos vai continuar prevalecendo. Quando nós propusemos fortalecer a ONU, não queríamos só a entrada do Brasil. Mas a entrada do Brasil, da Índia, da Alemanha, de dois ou três países africanos.



ISTOÉ – Mas uma luta histórica do Brasil é pelo assento definitivo no Conselho de Segurança da ONU.

Lula – É para que tenha mais representatividade. Imagine o continente africano com 53 países que não tem ninguém. E quantos têm os europeus? E agora tem mais a Alemanha, convidada especial. O Conselho de Segurança da ONU não pode ser um clube de amigos, não pode ser tratado assim. Aquilo tem que ser uma instituição multilateral para resolver problema de conflitos. Em minha opinião, no Oriente Médio não haverá solução enquanto os americanos acharem que são eles os responsáveis pela construção da paz. Se a ONU fosse forte, resolveria o problema do Oriente Médio. Iria lá, demarcaria a terra dos palestinos, demarcaria a terra de Israel e faria cumprir, como fez em 1948, quando criou o Estado de Israel. Como ela é fraca, fica só lá, um dia vai um e ganha o Prêmio Nobel, outro dia vai outro e ganha o Prêmio Nobel, não faz nada, outro dia vai outro e outro prêmio. Então, eu acho que é uma estupidez política não reformar o Conselho de Segurança da ONU.





ISTOÉ – Nesses oito anos, o sr. se arrepende de algo que não fez?

Lula – Talvez nesses cinco meses de reflexão que eu pedi para vocês, vá surgir muita coisa. Eu fiz uma proposta de política tributária que todo mundo dizia que precisava. Fiz uma em consenso com os governadores, com todos os empresários, com todos os dirigentes sindicais, com todos os lideres partidários e ela não foi aprovada. Mandei para o Congresso Nacional e não foi votada. Então tem um desgraçado de um inimigo oculto que está trancado em algum armário e não permite que se vote a reforma tributária.



ISTOÉ – Com qual legado o sr. quer ser lembrado daqui para a frente?

Lula – O mais importante é a relação que eu estabeleci com a sociedade. No meu governo, eu fiz 72 conferências nacionais, de tudo o que você possa imaginar. Todas as políticas públicas que nós colocamos em prática são resultado de milhares de pessoas participando nos municípios, nos Estados, até chegar aqui. Esse é o legado que nós vamos deixar, que nenhum presidente vai ter coragem de mudar. Há muitas coisas que me emocionam (fala com os olhos marejados). Foi um processo educativo. De a gente teimar que era possível provar o seguinte: o Palácio de um governo não é apenas para receber príncipe, rainha ou presidente. É para receber do pé descalço ao cara que está de sapato alto. Essa foi a coisa rica do governo. Os sem-teto entrando lá dentro e chorando. Os cegos também entraram. Aprovamos aposentadoria para hansenianos que ficaram mais de 30 anos em colônias. Beijei cada um, porque nunca um presidente havia encostado neles, possivelmente de nojo. Eu acho que esse é o legado. Todos os anos, eu me reuni com reitores, com prefeitos. Não houve segmento da sociedade que ficou de fora: foi do empresário mais rico ao cidadão mais pobre. Eu acho que esse é o grande legado que espero que seja um grande aprendizado para o nosso país. Deus queira que o Brasil continue andando desse jeito. Se continuar assim por mais seis, sete anos, nós seremos a quarta economia do mundo. O povo vai estar comendo mais e consumindo mais. Eu adoro quando vejo os jornais dizerem, às vezes em letrinhas pequenas lá embaixo no rodapé, que os pobres estão comendo mais e que o consumo aumentou, que a classe D está comprando mais. Eu acho tudo isso fantástico. Mas ainda falta muito para fazer.







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Eleitores brasileiros no exterior

















Estar fora do Brasil não quer dizer necessariamente estar alienado dos problemas do país. Atualmente milhares de brasileiros vivem em outros países, espalhados pelos 5 continentes, trabalhando ou estudando. Quem tem a situação legalizada no país aonde vive pode ajudar à escolher o Presidente da República.









Em relação aos brasileiros vivendo no exterior, as iniciativas do governo como a criação de cartilhas de ajuda ao imigrante, as conferências do Itamaraty, a criação do Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior (CRBE), a abertura de novos consulados e as ações da caixa Econômica são os temas usados na campanha da Dilma no Exterior.











Este ano pouco mais de 200 mil pessoas estão aptas à votar no exterior. Desses, 260 são menores de idade e mais de 10 mil tem entre 70 e 79 anos e 216 eleitores tem mais de 79 anos. Isso mostra que há interesse em participar das eleições mesmo na faixa etária em que já não é obrigada à votar. Mas a realidade é que o percentual de brasileiros que tem se inscrito no exterior para votar é apenas uma fração daqueles que teriam o direito de participar das eleições.





Todos os eleitores brasileiros que residem no exterior e são maiores de 18 anos - exceto os maiores de 70 anos e os analfabetos - são obrigados a votar. Além disso, será a primeira vez que brasileiros que estão em trânsito no exterior poderão votar.





O Problema da maioria dos consulados na Europa, não é o desinteresse da população, mas a falta de verbas para que possam se comunicar com os brasileiros no país estrangeiro, o temor dos emigrantes ilegais de registrarem seus nomes nos consulados (matrícula consular) e mesmo a burocracia para a transferência do título de eleitor e muitos deixam de votar por não terem condições financeiras para pagar transporte, essa é uma das grandes dificuldades de muitos brasileiros que vivem no exterior, porque só é possível votar nos consulados e muitos moram longe, tornando-se inviável.





Mais informações sobre a Comunidade Brasileira na Exterior vc encontra no Portal "Brasileiros no Mundo".





*Estatísticas sobre o eleitorado no exterior podem ser encontradas em www.tre-df.jus.br/default/dados_elei/estatistica.jsp

















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Serra se atrasa e é barrado em santuário na Bahia





Míriam Hermes / Agência A Tarde

BOM JESUS DA LAPA (BA) – Candidato à Presidência da República pelo PSDB, José Serra visitou a cidade de Bom Jesus da Lapa nesta sexta-feira, 6, no dia mais movimentado da romaria que este ano deve reunir cerca de 450 mil pessoas. Acompanhado do candidato a governador da Bahia pelo DEM, Paulo Souto e grande comitiva de políticos, Serra fez uma caminhada por ruas próximas ao santuário, justamente no horário que as pessoas aguardavam a passagem da procissão com a imagem do Bom Jesus, ponto alto dos festejos que tem 319 anos de tradição.

Na sua passagem, alguns romeiros mais radicais gritaram os nomes de Lula (e não de Dilma) e de Marina Silva (PV), deixando claro que não aprovaram a visita do candidato. Porém, ele foi simpático e, para desespero dos seus assessores que estavam contando os minutos para chegar ao santuário, várias vezes deixou a comitiva para falar com pessoas nas calçadas. “Fiquei surpresa, mas achei legal. Eu já tinha estado com eles (a comitiva) em Itabuna”, disse a advogada Ana Maria Muniz. Serra também entrou em uma farmácia, onde perguntou ao balconista Rafael Richard “se vendíamos muito genérico”, revelou o funcionário, que também disse não esperar por esta visita.

Apesar do plano de entrar no santuário de pedra calcária, a comitiva foi barrada pela administração do templo naquele horário, “porque foi dito que viriam às 16h, mas já são 16h45 e a procissão precisa sair”, disse enérgico o padre Casimiro Malolepszy. Serra polidamente acatou e saiu pela lateral, subindo pela escadaria da torre em estilo medieval construída ao lado da gruta, de onde acenou para os romeiros.

‘Agora é momento de oração’

“Acho que ele veio na hora errada, porque agora é um momento de oração e não de campanha política”, afirmou a romeira Maria Helena Pimentel, acrescentando que “um político deveria saber a hora certa de estar em cada lugar e esta não é a hora dele estar aqui porque está atrapalhando um evento que acontece de ano em ano”.

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AGORA É DILMA: Pesquisadores concordes

Carlos Augusto Montenegro presidente do instituto de pesquisa Ibope, impressiona-se com a diminuição da vantagem de Serra em São Paulo. Leia a análise feita pelo colunista Maurício Dias das pesquisas que apontam para uma possibilidade real de Dilma vencer no primeiro turno.





Sensus, Ibope e Vox Populi pela voz do seus diretores avisam: sim, Dilma pode vencer no 1º turno



Os três mais importantes institutos de pesquisa do País acertaram os ponteiros: Dilma Rousseff está à frente na corrida presidencial e, mais que isso, projeta a possibili-dade- de resolver a eleição já no primeiro turno.



Nas últimas duas semanas, a intenção de voto projetada pelo Vox Populi, Ibope e Sensus indica o crescimento da candidata do PT e, por outro lado, mostra a estagnação ou queda nos índices do candidato do PSDB.



A pergunta, então, irrompe contra as vontades estabelecidas: a eleição pode mesmo terminar no primeiro turno com a vitória de Dilma?



O colunista conversou com João Francisco Meira, do Vox Populi, Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, e Ricardo Guedes, do Sensus. Todos responderam “sim”, com maior ou menor ênfase.



Em março, durante reunião da Associação Brasileira de Pesquisas, Meira abalou a estabilidade bem comportada da reunião e anunciou que vários fatores projetavam a possibilidade de a candidata do PT se eleger no primeiro turno.



Ele agora consolida a posição: “Dilma pode ganhar no primeiro turno. Os fatores que informam a decisão do eleitor a favorecem amplamente. Eles existem há longo tempo e estão se consolidando de tal maneira que somente uma mudança radical alteraria isso. São cinco esses fatores: a satisfação da sociedade com a situação econômica; a satisfação com o governo; a admiração pelo presidente da República; a identidade partidária; e o tempo de antena, ou seja, a influência do rádio e da televisão na campanha eleitoral.



Para ele, o favoritismo de Dilma tirou até mesmo a competitividade da eleição.



Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, fala abertamente, pela primeira vez, sobre a possibilidade de a eleição ser decidida em um turno só e a favor de Dilma.



“A eleição pode terminar no primeiro turno. Mas essa resposta só pode ser dada com mais segurança duas semanas após o início do horário eleitoral. Os programas de rádio e televisão, além dos debates, com a repercussão que geram, podem provocar mudanças.



A possibilidade de Dilma vencer no primeiro turno existe. Ela está com todos os indicadores em alta e os resultados de intenção de voto nela no Sudeste são fundamentais para isso.



A virada em Minas, onde ela passou a ter 10 pontos de frente; a diferença de 19 pontos que abriu no Rio e, finalmente, a redução da vantagem que Serra tinha em São Paulo, que já foi de 25 pontos e hoje é de 11 pontos. “Isso pode determinar a vitória dela já no primeiro turno”, afirma Montenegro.



Ricardo Guedes, que divulgou nova pesquisa com Dilma 10 pontos à frente de Serra, diz que a hipótese de a petista vencer no primeiro turno “não pode mais ser desconsiderada”.



Guedes aponta um número fortíssimo da pesquisa nessa direção: ela tem 48,5% dos votos válidos. Muito próximo dos 50% (mais 1 voto) que decretariam a vitória no primeiro turno.



O representante do Sensus não acredita que o rádio e a televisão possam alterar essa tendência. Ao contrário, considera que o horário eleitoral aumentará a possibilidade de Dilma. E explica a razão: “O que hoje os eleitores do Sul e do Norte, do Leste, Oeste e Centro-Oeste conhecem em parte eles conhecerão na totalidade. Eu me refiro aos feitos de uma administração com aprovação extremamente elevada”.





Maurício Dias é jornalista, editor especial de CartaCapital.

muriciodias@cartacapital.com.br

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Depois que Serra fez campanha na Bahia: Wagner 46% x 19% Paulo Souto

A TV Bahia, da família ACM, teve que engolir e divulgar uma pesquisa encomendada ao Ibope, que mostra o governador Jaques Wagner (PT) disparado na frente do principal opositor demo-tucano:



Jaques Wagner (PT): 46%

Paulo Souto (DEMos): 19%

Geddel Vieira Lima (PMDB): 11%



A queda de Paulo Souto (DEMos) deve-se, sobretudo, à boa avaliação do governo de Wagner, mas também teve a "contribuição" de José Serra (PSDB/SP). Desde que o demo-tucano escolheu a Bahia para fazer sua convenção nacional de lançamento de sua candidatura, e andou circulando de braços dados com Souto, ele não para de cair.

http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com/



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Ibope mostra Dilma com 39% contra 34% de Serra





Vantagem de petista continua de 5 pontos

DE SÃO PAULO

Pesquisa Ibope/TV Globo divulgada ontem mostra a candidata do PT, Dilma Rousseff, com 39% das intenções de voto contra 34% do candidato do PSDB, José Serra. Marina Silva, do PV, aparece com 8%.

Os demais candidatos não atingiram 1%. Brancos e nulos somam 7%, e 12% se disseram indecisos.

Os números de Dilma e Serra são os mesmos de pesquisa Ibope da semana passada, feita entre os dias 26 e 29 de julho. A única a oscilar foi Marina, que no levantamento anterior tinha 7%.

Na pesquisa divulgada hoje, Dilma teria 44% dos votos contra 39% de Serra em um eventual segundo turno. Na anterior, Dilma aparecia com 46% e Serra com 40%.

Na pesquisa espontânea -quando nenhum nome é apresentado ao eleitor-, Dilma tem 25%, Serra, 17%, e Marina aparece com 4%. Outros nomes citados somam 4%. Votos brancos e nulos seriam 6%. Não souberam responder 44%.

A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

A pesquisa ouviu 2.506 eleitores em 173 municípios entre os dias 2 e 5 de agosto. Assim, não reflete a opinião dos eleitores sobre o debate entre os candidatos realizado na noite de anteontem na TV Bandeirantes.

A pesquisa foi registrada no TSE sob o número 21.697/2010.

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Dilma é a presidenciável que mais recebeu doações até o momento

Adriana Mendes, O Globo



“O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a prestação de contas parciais dos candidatos a presidente. A petista Dilma Rousseff teve a maior arrecadação: R$ 9.735.985,50, dos quais R$ 2,7 milhões em dinheiro. Ela informou já ter gasto por volta de R$ 2,5 mi. O tucano José Serra declarou ter recebido R$ 2.593.501,81, não tendo ainda nenhuma despesa de campanha em dinheiro.



Marina Silva (PV) registrou receita de R$ 3.470.250,65 e nenhuma despesa em dinheiro. Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) informou ter R$ 35.040,00 de receita, sendo R$ 11 mil em dinheiro. Ele disse ainda não ter gasto nada. Levy Fidelix, candidato pelo PRTB, informou receita de R$ 1.000,00, provenientes de recursos próprios.



Os outros candidatos a presidente, Ivan Pinheiro (PCB), José Maria Eymael (PSDC), José Maria de Almeida (PSTU) e Rui Costa Pimenta (PCO) declararam nenhuma receita ou despesa.”

http://nogueirajr.blogspot.com/





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Dep. EUDES: O Bolsa Família é um direito e não uma esmola

Por ocasião da inauguração do Comitê Central da Dilma no Ceará, o deputado federal do PT, Eudes Xavier falou que o PIG CEARENSE vai tentar estourar o "zigue-zague". Segundo Eudes, aqui no estado do Ceará, o Partido da República- PR(que tem como candidato ao Governo, Lúcio Alcântara) é o palanque da unidade em defesa da candidatura da Dilma Rousseff, presidenta do Brasil, com toda a energia, com toda a militância petista, com todos os princípios de um Brasil republicano, de um Brasil de um povo mais simples, de um Brasil entende que o Bolsa Família é um direito e não uma esmola para as pessoas que precisam. Visitem o site do deputado Eudes:



http://www.eudesxavier.org.br/Ilário Marques, deputado federal EUDES e Antônio Carlos



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Rachel Marques prestigia inauguração do Comitê Central de Dilma no Ceará

(Reportagens: editor Daniel Bezerra): A deputada estadual do PT, Rachel Marques levou uma grande multidão ao evento de inauguração do Comitê Central de Dilma no Ceará, localizado na Avenida da Universidade. A deputada de nº 13456, concorre a reeleição. Ela é considerada a melhor parlamentar do PT na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará. Confira seu site:



http://www.rachelmarques.org.br/

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Joaquim Cartaxo liquida o tucano Tasso Jereissati

O Secretário das Cidades do Estado do Ceará, o petista Joaquim Cartaxo descascou a laranja do tucano e senador Tasso Jereissati. Em entrevista concedida ao Blog da Dilma, Cartaxo disse: "A única forma de derrotar definitivamente Tasso Jereissati, inimigo do presidente Lula, é eleger José Pimentel 135 e Eunício Oliveira - 151 para as duas vagas para o Senado Federal".



A coisa tá feia para os lados do Iguatemi e da Coca-Cola.

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Inaugurado Comitê Central de Dilma 13 no Ceará

A Avenida da Universidade, reduto histórico do petismo na cidade de Fortaleza, viveu um dia radiante e colorido com a cor do Partido dos Trabalhadores: o vermelho. Desde às 16 horas, um grande bandeiraço media mais de 1 kilômetro, entre as Avenidas 13 de Maio e Domingos Olímpico. O ponto culminante da noite foi a inauguração do Comintê Central de Campanha de Dilma Rousseff no Estado do Ceará. Diversas autoridades estiveram presentes, que mencionaremos em outras matérias. Veja as fotos do evento vencedor:

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010Falta pouco, e vai ser nessa eleição !

Por Ricky Mascarenhas





A Pesquisa IBOPE, divulgada agora a pouco pela TV Oficial do DEM, TV Bahia, mostra para governador o que todo mundo vê nas ruas, em todas as cidades, em qualquer lugar.



O Governador Wagner(PT) dispara na liderança das intenções de voto com 46%. O Ex senador e governador por dois mandatos Paulo Souto (DEM) ainda aparece em segundo com 19% e em queda livre. O ex aliado do governador, que sinceramente não inspira confiança alguma, Geddel Veira Lima(PMDB), apapere com 11%.



Bom, até aí nenhuma surpresa, nada de novo. O que mais espanta é a pesquisa para o Senado.



O ex governador Cesar Borges(PR), que dizia que "água e óleo não se misturam" quando as prefeituras eram do PT, aparece a frente com 38% das intenções, seguido pela ex prefeita de Salvador, e deputada Lidice da Mata(PSB) com 25%, e Valter Pinheiro(PT) com 23%.



Esse Cesar Borges, que se diz um senador atuante, apareceu em diversas inaugurações ao lado de Lula, e de Wágner, se mostrando como aliado, o que provou pouco tempo depois que era na verdade um "falso aliado", tal como Geddel.



O povo baiano, eu tenho dito, já aprendeu a votar para Governador, e para Presidente, precisa agora se especializar em votar para Senador, e para deputados federais e estaduais. Grampinho liderando as pesquisas para a câmara federal é no mínimo incoerência.



Mas a luta continua ! Falta pouco, e vai ser nessa eleição que o Carlismo, e principalmente os ex carlistas que viviam as sombras do velho, vão sumir do mapa politico da Bahia.

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