GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA: NÚMERO DE CASOS CRESCEU 30% EM APENAS DOIS MESES
11/08/2010 - 10:00
A chegada de milhares de pessoas a Porto Velho, por causa das obras das hidrelétricas do rio Madeira; a violência sexual que só cresce e, ainda, a grande falta de informação sobre sexualidade e gravidez: esses são os principais vilões de um problema que se agravou nos últimos meses no Estado e principalmente em sua Capital: o crescimento espantoso no número de adolescentes que estão esperando ou tiveram bebês recentemente. O sistema municipal de saúde comemorava, até abril, uma queda de quase 25% no numero de jovens, algumas quase crianças, que deram a luz na Maternidade Mãe Esperança. De maio a julho, contudo, o crescimento desses casos voltou a preocupar. Eles chegaram a mais de 30% sobre o mesmo período do ano passado. Para a diretora da maternidade, a médica Ida Peréa, “este aumento é muito preocupante e é necessário que toda sociedade enfrente este problema que, com certeza, refletirá diretamente na vida da adolescente, de sua família e indiretamente na sociedade”, destacou.
Ela destaca o esforço que está sendo feito no combate à gravidez juvenil. “O que cabe à Maternidade é feito: as adolescentes que têm seus filhos aqui, são encaminhadas para o nosso programa “De Novo Não”, que estuda cada caso, orienta sobre o uso dos métodos contraceptivos e ainda faz um acompanhamento periódico e, quando as novas mães falham, a equipe responsável pelo programa entra em contato com elas para levantar o motivo da falta”, explicou Ida Peréa”.
De acordo com as pesquisas internas na Maternidade Municipal, que foram realizadas desde junho de 2006, cerca de 38% das mães adolescentes, tiveram de um a três filhos antes dos 20 anos de idade e 78% não concluíram o ensino médio. O índice de gravidez na adolescência chega a 30% na faixa-etária dos 10 aos 19 anos. “
Ida Peréa diz que este problema não é restrito à Porto Velho e nem é atual, segundo dados do IBGE, através da diretoria de pesquisas, coordenação de população e indicadores sociais, estatísticas do registro civil 2.002, mostraram que os estados do Tocantins 27,8%, Acre 27%, Rondônia 26,6% e Pará 26.6%, têm os maiores percentuais de filhos nascidos de mães adolescentes. No outro extremo, está o Distrito Federal 17,5%, São Paulo 18,2% e Minas Gerais 18,5%, que estão abaixo da média nacional. Vale ressaltar que na União Européia, este número não chega a 4%.
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