São grandes os desafios a enfrentar quando se procura direcionar as ações para a
melhoria das condições de vida no mundo. Um deles é relativo à mudança de atitudes na
interação com o patrimônio básico para a vida humana: o meio ambiente.
Os alunos podem ter nota 10 nas provas, mas, ainda assim, jogar lixo na rua, pescar
peixes-fêmeas prontas para reproduzir, atear fogo no mato indiscriminadamente, ou realizar
outro tipo de ação danosa, seja por não perceberem a extensão dessas ações ou por não se
sentirem responsáveis pelo mundo em que vivem.
Como é possível, dentro das condições concretas da escola, contribuir para que os
jovens e adolescentes de hoje percebam e entendam as conseqüências ambientais de suas
ações nos locais onde trabalham, jogam bola, enfim, onde vivem?
Como eles podem estar contribuindo para a reconstrução e gestão coletiva de
alternativas de produção da subsistência de maneira que minimize os impactos negativos
no meio ambiente? Quais os espaços que possibilitam essa participação? Enfim, essas e
outras questões estão cada vez mais presentes nas reflexões sobre o trabalho docente.
A problematização e o entendimento das conseqüências de alterações no ambiente
permitem compreendê-las como algo produzido pela mão humana, em determinados
contextos históricos, e comportam diferentes caminhos de superação. Dessa forma, o debate
na escola pode incluir a dimensão política e a perspectiva da busca de soluções para situações
como a sobrevivência de pescadores na época da desova dos peixes, a falta de saneamento
básico adequado ou as enchentes que tantos danos trazem à população.
A solução dos problemas ambientais tem sido considerada cada vez mais urgente
para garantir o futuro da humanidade e depende da relação que se estabelece entre
sociedade/natureza, tanto na dimensão coletiva quanto na individual.
Essa consciência já chegou à escola e muitas iniciativas têm sido tomadas em torno
dessa questão, por educadores de todo o país. Por essas razões, vê-se a importância de
incluir Meio Ambiente nos currículos escolares como tema transversal, permeando toda
prática educacional. É fundamental, na sua abordagem, considerar os aspectos físicos e
biológicos e, principalmente, os modo de interação do ser humano com a natureza, por
meio de suas relações sociais, do trabalho, da ciência, da arte e da tecnologia.
A primeira parte deste documento aborda a questão ambiental a partir de um breve
histórico e discorre sobre o reconhecimento da existência de uma crise ambiental que
muito se confunde com um questionamento do próprio modelo civilizatório atual, apontando
para a necessidade da busca de novos valores e atitudes no relacionamento com o meio em
que vivemos. Enfatiza, assim, a urgência da implantação de um trabalho de Educação
Ambiental que contemple as questões da vida cotidiana do cidadão e discuta algumas
visões polêmicas sobre essa temática.
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Nesta primeira parte, ainda, são apresentadas algumas reflexões sobre o processo
educacional propriamente dito, com destaque para a explicitação de indicadores para a
construção do ensinar e do aprender em Educação Ambiental.
Na segunda parte, são apresentados os conteúdos, os critérios adotados para sua
seleção neste documento, e a forma como eles devem ser tratados para atingir os objetivos
desejados.
Este portal quer reiterar a gratidão e o respeito que sempre dedicam ao serviço público. Respeito expresso no diálogo, na transparência, no incentivo à qualificação e ao profissionalismo. O objetivo deste, e para abrir espaço democrático e transparente à todos os interessados em discutir os Direitos Humanos e atuação dos políticos brasileiros. (waldyr.madruga4@gmail.com)
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