Logomarca do portal

Logomarca do portal
Prezado leitor, o Portal do Servidor Publico do Brasil é um BLOG que seleciona e divulga notícias que são publicadas nos jornais e na internet, e que são de interesse dos servidores públicos de todo o Brasil. Todos os artigos e notícias publicados têm caráter meramente informativo e são de responsabilidade de seus autores e fontes, conforme citados nos links ao final de cada texto, não refletindo necessariamente a opinião deste site.

OS DESTEMIDOS GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO

OS DESTEMIDOS  GUARDAS DA EX. SUCAM / FUNASA / MS, CLAMA SOCORRO POR INTOXICAÇÃO
A situação é grave de todos os servidores da ex. Sucam dos Estados de Rondônia,Pará e Acre, que realizaram o exame toxicologicos, foram constatada a presença de compostos nocivos à saúde em níveis alarmantes. VEJA A NOSSA HISTÓRIA CONTEM FOTO E VÍDEO

SINDSEF RO

SINDSEF RO
SINDICATO DOS SERVIDORES PUBLICO DE RONDÔNIA

NOTÌCIAS DA CONDSEF

NOTÌCIAS DA CONDSEF
CONDSEF BRASIL

CAPESAUDE/CAPESESP

CAPESAUDE/CAPESESP
FOMULÁRIOS

Fale com a CAPESESP

Fale com a CAPESESP
ATEDIAMENTO VIRTUAR

SELECIONE SEU IDIOMA AQUI.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O espetáculo da vida no rio.

PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL http://waldirmadruga.blogspot.com.br/


Publicado no Diariodoamapa.com.br em 18.01.2014 As fotos sao minhas.


Foto: Veneide Cherfen


Foto: Veneide Cherfen


Foto: Veneide Cherfen. O peao andarilho.


Foto: Veneide Cherfen

Eu e a canoa.



Sete horas desta manhã de janeiro chuvoso. 25° na beira do rio. No Norte do Brasil, onde a temperatura atinge acima de 30°, uma baixa de 5° faz tirar a roupa mais quente do armário. Tudo tranqüilo na cabeça da ponte. As touças de mururé descem o rio com a vazante para voltarem depois, com a enchente. O boto atrai a atenção com sua magia e beleza fazendo seus mergulhos habituais de pesca. É o terror do pescador quando fura as malhadeiras para atacar os peixes indefesos fazendo-lhes buracos enormes causando duplo prejuízo: um, porque come o alimento que o pescador deveria levar para casa, outro, porque danifica o seu instrumento de sustento. Para as virgens dos vários recantos escondidos da Amazônia, o boto ainda é a desculpa utilizada quando dão com os burros n`água ou, quando desgraçadas pela animália existente em algum próximo, até mesmo da própria família, a barriga começa a crescer. É quando ele se transforma naquele belo homem de olhos azuis vestido de branco e de chapéu na cabeça, que entra nas casas como quem não quer nada, vindo não se sabe de onde mas que, na verdade, vem namorar e engravidar as moças das redondezas. Dizem ainda que, quando ele vai embora deixa um cheiro de pitiú no ambiente e desaparece no ar, ou melhor, na água, sem ser identificado. Só então desconfiam que o intruso era um boto. Aí, é um Deus nos acuda...A boa Maria, que vem de Macapá mas que nasceu e embarrigou a primeira vez na Ilha de Caviana, quando dorme na fazenda fecha todas as venezianas e coloca dentes de alho no sutiã, com medo do boto. Para que a noite se alongue, basta pedir-lhe que conte uma história de boto. Ela solta a língua e repete as lendas de sua terra natal. Entre elas, a história de que uma “buta” deitou-se na rede com o irmão dela e quase o encantou. Os rapazes adoram atiçar a Maria e, no final, todos acabam rindo. Durante o dia, quando a maré sobe, traz consigo os restos de um animal morto que os urubus tentam devorar por cima. Os mururés continuam na sua labuta diária de subir e descer o rio, de acordo com a corrente, sem remar e sem precisar de outro meio de transporte para se locomover a não ser a própria correnteza. No entanto, sabe-se lá que espécies de criaturas levam consigo. Quase se escuta a música silenciosa composta por suas pesadas raízes no atrito das profundezas das águas. O silêncio só é cortado pela canoa que, ao bater na madeira da lancha faz um barulho baixo e ritmado e por um grupo de tetéuas barulhentas que bailam por cima da ponte. Verdadeiro espetáculo. Sem necessidade de ir à Ópera de Paris, de Lyon ou de Douai. Aqui, tem de tudo. O italiano Verdi comporia maravilhas com toda esta riqueza.
No fim da tarde, depois de voltar da roça com os últimos jerimuns e maxixes o empregado remplaçant entra com uma enfiada de acaris e apaiaris pescados ao lado da casa numa rara e agradável surpresa. Depois, vai tomar seu banho no rio e repete o cerimonial habitual para seu passeio noturno. Vai fazer concorrência aos mururés, num descer e subir do rio...remando.

A noite chega depois de um dia chuvoso. Do outro lado do rio, os guaribas gritam chamando as fêmeas. Preparam-se para o encontro. A água continua a descer num vai-e-vem interminável. Os mururés se despedem de nossas vistas para se agarrarem ao primeiro local estável que encontram pelo caminho. Quisera eu poder escorregar como eles sobre as águas!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

AGRADECEMOS A GENTILEZA DOS AUTORES QUE NOS BRINDAM COM OS SEUS PRECIOSOS COMENTÁRIOS.

##############PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL##############