Jornal Extra - 30/09/2016
Os defensores públicos federais estão em greve em todo o país. Segundo a Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), a paralisação que começou na terça-feira foi motivada pelo veto presidencial ao reajuste dos profissionais. Nesta sexta-feira, a população era atendida por grades na Defensoria Pública da União, na Rua da Alfândega, no Centro do Rio.
O salário dos defensores é de R$ 31.090. Segundo o projeto de lei, os defensores passariam a receber R$ 31.557,21 em julho deste ano; R$ 32.188,36 em janeiro de 2017; R$ 32.938,35 em 1º de abril de 2017; e R$ 33.763,00 a partir de 1º de janeiro de 2018.
Segundo a associação, o atendimento na Defensoria Pública da União será, durante a greve, apenas de demandas urgentes, entendidas como as que envolvem restrição à liberdade de locomoção, perecimento de direito e risco à saúde e à vida.
A associação afirma que os reajustes “preservam a Defensoria Pública da União de um iminente sucateamento” e que os profissionais vão buscar apoio parlamentar para derrubar o veto presidencial. A Anadef também afirma que dos 620 defensores públicos federais em atuação no país, cerca de 60 devem deixar a DPU até o final do ano. Portanto, segundo a associação, o veto “aumentará o índice de evasão do órgão, que já é de 40%”.
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