BSPF - 02/04/2019
Unidade entre a classe trabalhadora é apontada como fundamental para alertar sociedade sobre os verdadeiros impactos por trás da PEC 6 que quer empurrar os brasileiros para um regime de capitalização. Atos dias 4 e 11 foram divulgados
Os atendidos com essa reforma da Previdência que o governo quer aprovar são os verdadeiros privilegiados desse país: os bancos. Assim a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, resumiu sua intervenção na reunião que aconteceu nessa terça-feira, 2, no gabinete da líder da minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali. Um dos desafios que os representantes da classe trabalhadora enfrenta está em combater justamente o discurso que o governo usa para convencer a sociedade de que a reforma ataca privilégios.
Entidades de servidores públicos, entre elas a Condsef/Fenadsef, foram à Câmara debater estratégias de como desconstruir a narrativa feita para entregar a Previdência Pública nas mãos de banqueiros que com a eventual mudança para um regime de capitalização herdariam um mercado bilionário.
Além de não contemplar o conjunto da sociedade, aqueles que aderirem ao modelo não estariam com suas aposentadorias garantidas. É o que mostram os exemplos de países que adotaram esse modelo que o ministro da Economia Paulo Guedes se esforça para impor ao Brasil. Uma pessoa contribui com valores por toda a vida e não sabe o que vai receber quando se aposentar. De cerca de 30 países que aderiram ao regime de capitalização, 18 já voltaram atrás. Outros, como o Chile, lutam para reverter o modelo que levou a população idosa do país à pobreza e à miséria.
Unidade e diálogo
Além da deputada Jandira Feghali, todos os parlamentares que participaram da reunião, como a ex-senadora e agora deputada, Lídice da Mata, a deputada Alice Portugal, os deputados Paulo Teixeira, Bohn Gass, Henrique Fontana, ressaltaram a importância de promover uma unidade em torno da derrubada da PEC 6/19 que propõe o fim da Previdência Pública. Entre as propostas apresentadas, a realização de um debate amplo com a sociedade foi um dos destaques. "Levar ao conhecimento da população qual é o real impacto dessa reforma na vida de cada um é que vai nos ajudar a combater esse projeto nefasto", concordou o secretário-geral da Condsef/Fenadsef, Sérgio Ronaldo da Silva.
Abaixo assinado, barracas e tendas
Nessa direção, centrais sindicais e entidades representativas da classe trabalhadora vão lançar uma iniciativa para coletar assinaturas em defesa da Previdência Social e das Aposentadorias no Brasil. O lançamento acontece essa quinta, 4 de abril, em todo o País. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo também estarão engajadas nessa campanha que inclui montagem de banquinhas, tendas para abrir o diálogo em locais de grande circulação de pessoas como terminais de ônibus, estações de metrô, feiras livres, mercados, proximidade de universidades e outros espaços.
Mulheres contra a reforma
No dia 11, uma atividade no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, vai reunir mulheres contra a reforma da Previdência. O objetivo é também agregar a bancada feminina no Congresso Nacional por votos contra a proposta.
No balanço que fez da reunião, Sérgio Ronaldo destaca que é fundamental que se garanta e invista na unidade dos trabalhadores do campo e da cidade. A Condsef/Fenadsef apóia e participa dessa unidade para derrotar a PEC 6/19. "Avante, na luta e na labuta, firmes para derrotar essa deforma nefasta", acrescentou Sérgio.
Fonte: Condsef/Fenadsef
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