Metrópoles - 03/04/2019
A equipe econômica estuda alterações nas regras para funcionários que estão há dois anos de se aposentar e para trabalhadores rurais
Antes de o texto da reforma da Previdência engajar o debate na Câmara dos Deputados, a equipe econômica já adiantou que a proposta para os servidores deve sofrer ajustes por serem mais duras do que as regras para o setor privado.
Os funcionários públicos pressionam o governo para garantir alguns benefícios já existentes, como o da integralidade e da paridade. No entanto, a equipe tem sido rígida quanto a essas regras com o discurso de combater privilégios.
Para amenizar a situação, a equipe econômica pretende facilitar o sistema de transição aos concursados que estão a dois anos de cumprir o exigido para a aposentadoria. Nesse caso, o trabalhador ganharia um benefício equivalente à média dos salários de contribuição.
De acordo com o texto da reforma, os profissionais têm três opções de transição. Porém, quem está a pouco tempo de se aposentar ganha a possibilidade de pagar taxa de 50% sobre o tempo que falta para encerrar o trabalho. Para os novos servidores, para se aposentar, deve-se alcançar um somatório de pontos que considera a idade e o tempo de contribuição.
Outro tema que tem gerado polêmica entre os parlamentares são as propostas de mudança para o BPC (benefício concedido a idosos e pessoas com deficiência da baixa renda) e trabalhadores rurais. Para evitar as contradições, o governo trabalha com a possibilidade de uma ideia alternativa. Entre elas, estaria a transformação de aposentadorias rurais em benefícios assistenciais.
Por Natália Lázaro
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