Jornal Metro Brasília - 26/08/2015
Pauta-bomba. Acordo derruba aumento de até 78% à categoria, que receberá mesmo índices do Judiciário. Texto vai a votação da Câmara
O Senado conseguiu desarmar uma nova 'pauta-bomba' e aprovou, por 45 votos a favor e 28 contra, o reajuste menor aos servidores do MPU (Ministério Público da União) e do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público).
A categoria terá a mesma correção dos servidores do Judiciário: 41,5% em quatro anos, a partir de 2016. Ficaria assim: 9,28% no próximo ano. As demais são: 9,27%, em 2017; 8,81%, em 2018; e 8,40%, em 2019.
O texto segue para votação na Câmara e, se não for alterado, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff. A proposta original previa um reajuste entre 53% a 78,56%, de acordo com a carreira, escalonado em seis parcelas, de julho de 2015 até dezembro de 2017. O reajuste é resultado de um acordo entre os sindicalistas e o Ministério do Planejamento, que tem apenas até a próxima segunda-feira para fechar os reajustes salariais, que serão incluídos na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). "Com todo respeito aos servidores, o Brasil não está em condições de dar um aumento próximo a 80%", afirmou o senador Valdir Raupp (PMDB-RR), autor da proposta alternativa.
Garantias
Se o acordo for mantido também pelo deputados, Dilma assumiu o compromisso de não vetar a proposta. "Esse aumento não será vetado. Esse acordo foi fruto de uma discussão entre vá- rias entidades do ministério público da União", declarou o líder do governo no Senado, senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Protestos
Em greve desde 10 de junho, os servidores do Judiciário ainda tentam recuperar o reajuste salarial médio de 59,49%, aprovado pelo Congresso, mas vetado no mês passado pela presidente, em função do impacto de R$ 1,5 bilhão somente este ano. Um grupo se reuniu no gramado em frente ao Congresso Nacional pedindo que a derrubada do veto seja colocada em pauta.
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