Servidores públicos do Poder Judiciário voltam a protestar hoje, em Brasília. Eles querem que o Congresso Nacional derrube o veto da presidenta Dilma Rousseff à proposta de aumentar em até 78,56% os salários da categoria.
Atualmente, os trabalhadores do Judiciário com nível médio começam a carreira ganhando R$ 5 ,3 mil por mês. Já os que têm nível superior começam ganhando salários de R$ 8,8 mil.
O presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, anunciou na semana passada um acordo com o governo federal. A nova proposta é para reajustar os salários em 23%, parcelados em oito vezes, a partir de janeiro do ano que vem.
A categoria, que está em greve há quatro meses, protestou em Brasília nessa terça-feira. O movimento foi organizado pela Fenajufe, a Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário e do Ministério Público. Para o coordenador-geral da Fenajufe, Cledo Vieira, os trabalhadores não aceitam o acordo feito por Lewandowski.
No veto, o governo federal argumentou que o aumento contraria os esforços do ajuste fiscal. Pelas contas do governo, esse reajuste vetado custaria quase R$ 26 bilhões aos cofres públicos, somente nos próximos quatro anos. Com esse dinheiro, daria, por exemplo, para pagar quase todas as contas do governo do Distrito Federal durante um ano inteiro.
Desde março o Congresso Nacional não se reúne para analisar os vetos presidenciais. Mais de 20 já trancam a pauta do Parlamento. O veto contra o aumento do Judiciário vai entrar numa fila depois desses outros e, a partir da semana que vem, também passa a trancar a pauta.
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