Hoje a greve dos servidores do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) entra no 50º dia corrido. É aguardada reunião com o Ministério do Planejamento para ver se o governo oferece outra proposta além da reposição salarial dos últimos quatro anos de 21,3% pagos em quatro parcelas. Os profissionais pedem 27,3%, além de melhores condições de trabalho, maior abertura de vagas para concurso do instituto e incorporação de gratificações no salário.
Segundo o diretor do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo) Thiago Alves, o governo cortou o salário dos grevistas. “Em algumas gerências os servidores de RH se recusaram a suspender os pagamentos, caso das unidades de São Bernardo e Diadema. Nas demais da região os profissionais ficarão sem salário.” Ontem, os grevistas ocuparam a superintendência de São Paulo e prometem sair apenas com a retomada das negociações.
A doméstica mauaense Fátima dos Santos, 59 anos, está há um mês e meio afastada do serviço por problemas de saúde, mas até agora não conseguiu dar entrada no benefício por conta da greve do INSS. “Não tenho condições de voltar a trabalhar, mas não consegui passar com a perícia para dar entrada no meu afastamento e poder receber o auxílio-doença”, afirma Fátima. Ela se queixa da falta de respeito com o trabalhador. “A gente contribui certinho, e quando precisa, fica esse problema. Se eu não trabalho, não recebo meu salário. Ainda bem que recebo pensão por morte, que me ajuda a não passar por dificuldades maiores.
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