Vera Batista
Correio Braziliense - 22/06/2016
Revoltados com o não envio dos projetos de lei de reajuste salarial ao Congresso, auditores e analistas tributários da Receita Federal, advogados da União e servidores do Ministério das Relações Exteriores (MRE) - diplomatas, assistentes e oficiais de chancelaria - começam a se manifestar. Amanhã, pipoca uma série de protestos.
No Fisco, estão programados a Operação Meta Zero - redução da atividade a 30% da carga de trabalho -, o Dia sem Computador - duas vezes por semana, os equipamentos permanecerão desligados - e o Dia do SIM - quando apenas discutirão assuntos relativos à carreira.
Já na Advocacia-Geral da União, os profissionais decidiram fazer paralisações semanais crescentes e ameaçam greve. Já no MRE, estão programados um ato em frente ao Itamaraty e paralisação.
Pelos cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal (Sindifisco Nacional), apenas um dia de paralisação da classe causa um prejuízo à sociedade de R$ 1,5 bilhão. "Desde 23 de março, o governo prometeu enviar os PLs tão logo houvesse alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o que ocorreu em 25 de maio. Nada foi feito depois. Os reajustes dificilmente entrarão nos contracheques de agosto. Consideramos, portanto, um rompimento de contrato", explicou Cláudio Damasceno, presidente do Sindifisco.
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