BSPF - 13/09/2015
Depois de 48 horas de ocupação na superintendência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em Brasília, os cerca de 70 servidores do INSS, de vários estados brasileiros, decidiram em assembleia desocupar o prédio na manhã desta sexta-feira (11) após conseguirem marcar nova reunião com o Ministério do Planejamento para a próxima segunda-feira (14). Também decidiram intensificar a greve, caso não haja avanços nas próximas negociações.
Em greve há 67 dias, os servidores decidiram ocupar a sede do Instituto por causa da suspensão da última reunião de negociação no dia 8. De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social – CNTSS/CUT, no último encontro não houve consenso e nem avanços em vários itens da pauta de reivindicações, como na questão da redução da jornada de trabalho para 30 horas e no pagamento integral da gratificação de desempenho, sem o parcelamento de três anos como propõe o governo.
A proposta mais recente do Ministério do Planejamento prevê um reajuste de 10,8% em dois anos, sendo 5,5% em 2016 e 5% em 2017. Os trabalhadores mantêm o pedido de reajuste de 21,3% pagos em uma única parcela. Anteriormente, o governo mantinha proposta de reajuste de 21,3%, mas parcelados em quatro anos.
“A reunião foi suspensa e nada ficou resolvido. Já havia acontecido uma reunião naquela manhã e no encontro da tarde, quando foi suspenso, seria só para encaminhamentos finais e para um posicionamento do governo sobre as reivindicações, mas fomos surpreendidos com mais enrolação. Por isso, não temos outra alternativa. Eles só entendem a linguagem da greve e da pressão”, explica a secretária de Aadministração do Sindprev, Antônia Ferreira da Silva.
Fonte: CUT Brasília
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