Jornal Extra - 13/09/2016
A desvinculação dos salários de outras categorias da administração pública dos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ganha força no Senado Federal e pode ser a solução para o impasse entre os que são favoráveis ao reajuste de 16,38% aos ministros, e os contrários ao aumento.
Está parada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), proposta de emenda constituição, da senadora Gleisi Hoffmann (PT), que desvincula os salários. Os vencimentos de desembargadores e juízes estaduais, por exemplo, deverão ser discutidos pelas assembleias estaduais, por meio de projetos de lei.
Sobre o aumento do STF, o presidente Michel Temer, em entrevista ao Globo, declarou ser contrário a proposta em função do efeito “cascata” que ela causará. No estado do Rio, por exemplo, o impacto será de R$ 100 milhões já em 2016. Ontem, a ministra Cármen Lúcia tomou posse como presidente do STF. Segundo o ministro Luiz Fux, a nova presidente deve desistir do aumento.
— Acho que ela vai ser solidária diante dessa crise financeira. Muito embora ela respeite os pleitos das associações, ela entende que, no momento, o Brasil não está em uma fase boa para a concessão de aumentos — declarou Fux.
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