Servidores devem esgotar negociações antes de optar por greve, diz Casildo Maldaner
Agência Senado     -     12/07/2012
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) disse nesta  quinta-feira (12) que “o melhor para todos” é que os servidores públicos e o  poder público busquem negociação e entendimento para evitar greves que  prejudiquem o país e a população.
O parlamentar disse que virou fato corriqueiro no Brasil  greves de servidores públicos dos mais variados órgãos e categorias. Casildo  Maldaner disse ser inegável que os trabalhadores públicos e privados têm direito  de greve, garantido pela Constituição Federal. Sugeriu, porém, que os servidores  devem “buscar a via do entendimento, da conciliação, antes de partir para o  confronto”.
Nos últimos anos, opinou o senador, a greve vem sendo  banalizada, causando prejuízos à sociedade. Para ele, os sindicatos e centrais  sindicais precisam ter maior compromisso com a sociedade brasileira, esgotando  todas as vias de negociação antes de iniciarem greves.
Casildo Maldaner disse ainda que o mesmo “espírito de  entendimento” tem de ser praticado também pelas categorias patronais e pela  administração pública. A reposição de perdas inflacionárias para os salários dos  trabalhadores, exemplificou, não deveria ser motivo de conflito, pois o  orçamento dos funcionários não pode ser comprometido.
- Com relação aos reajustes, o espírito de responsabilidade  e ponderação deve reinar em ambos os lados. Reposição de inflação não é reajuste  – opinou.
AGU assegura manutenção de serviços e livre acesso da população no Arquivo Nacional durante greve
AGU     -      12/07/2012
A Advocacia-Geral da União (AGU) assegurou, na Justiça, a continuidade dos trabalhos e o acesso de funcionários e público em geral nas dependências do Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro. As atividades estavam paralisadas desde o dia 3 de julho devido a greve dos servidores públicos do órgão. Caso a medida não seja cumprida, os sindicatos deverão arcar com multa diária de R$ 50 mil.
A paralisação foi convocada por tempo indeterminado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Sintrasef) e pela Associação dos Servidores do Arquivo Nacional (Assan) em reivindicação ao plano de cargos e salários para os servidores da instituição. Todas as atividades e serviços do órgão foram interrompidos, impedindo a entrada de qualquer pessoa.
Contra o ato irregular dos sindicatos, a União ajuizou ação a fim de evitar prejuízos às atividades do Arquivo Nacional. Atuando no caso, a Procuradoria-Regional da União da 2ª região (PRU2) defendeu que a greve fere artigos da Lei nº 7783/89 que exige manutenção de 30% dos servidores trabalhando.
Segundos os advogados da União, a lei também proíbe qualquer atitude que impeça o livre acesso às dependências da instituição de trabalhadores que não aderiram à greve. No caso, segundo relato de servidores, os sindicatos promovem inúmeros atos que impõem constrangimento, impedindo o acesso ao Arquivo Nacional, tanto de servidores como de pesquisadores.
Os advogados da União lembraram ainda que o desrespeito à manutenção de serviços essenciais acarreta graves problemas, como o prejuízo aos trabalhos da Comissão da Verdade devido a interrupção da consulta ao acervo por acadêmicos e cidadãos em busca de provas de seus direitos. Além disso, reforçaram a existência de danos a registros técnicos e equipamentos de informática pelo desligamento do sistema de controle de temperatura e umidade para conservação de documentos.
A 30ª Vara Federal do Rio de Janeiro acolheu os argumentos da Procuradoria da AGU, entendendo que a greve não é um direito absoluto e que a paralisação, sem observar os requisitos legais, prejudica a sociedade e Administração Pública.
Com a determinação da Justiça, os sindicatos devem garantir imediatamente o contingente mínimo de 30% para funcionamento do Arquivo Nacional e liberar a entrada na instituição, sob pena de multa em caso de descumprimento.
A PRU2 é uma unidade da Procuradoria-Geral da União, órgão da AGU.
GOVERNO E PROFESSORES TÊM REUNIÃO MARCADA PARA ESTA SEXTA-FEIRA
MPOG     -     12/07/2012
Brasília - Dando continuidade  ao processo de negociação   com os servidores públicos federais, a Secretaria de Relações do Trabalho do  Ministério do Planejamento (SRT/MPOG), enviou convocação de reunião para esta  sexta-feira, 13 de julho, às entidades representativas dos  docentes.
São elas: Sindicato Nacional dos Servidores Federais da  Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Sindicato Nacional dos  Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes)  e Fórum dos Professores de  Instituições Federais do Ensino Superior (Proifes).
A reunião ocorrerá a partir das 15 horas, no Bloco C da  Esplanada do Ministério, em Brasília,  onde ocorrem todas as reuniões da Mesa  Nacional de Negociação Permanente, entre governo e os sindicatos das diversas  categorias dos  servidores públicos.
Governo marca para amanhã reunião com professores grevistas
Agência Brasil     -     12/07/2012
Brasília – O governo federal vai receber amanhã (13) os  representantes das instituições federais de ensino. A categoria, que está em  greve desde o dia 17 de maio, será recebida pelo secretário de Relações do  Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça. O encontro está  previsto para as 15h.
A reunião, inicialmente prevista para o dia 19 de junho,  foi desmarcada pelo governo, que não havia definido nova data para o encontro.  Segundo a presidenta da Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior  (Andes), Marina Barbosa, a categoria exige que o governo federal assuma sua  responsabilidade na educação. Mesmo com o ofício do agendamento em mãos, os  sindicalistas se mostram “incrédulos” com uma possível solução.
“Do jeito que o governo tem se comportado, não dá para  prever como será a conversa amanhã. Esperamos que eles [governo] apresentem de  fato uma proposta concreta. A responsabilidade está nas mãos deles”, disse  Marina.
A paralisação atinge 56 das 59 universidades federais, além  de 34 institutos federais de educação tecnológica. Os professores reivindicam  reestruturação da carreira dos docentes e melhores condições de infraestrutura  nas instituições.
De acordo com a presidenta da Andes, os professores pedem  uma reestruturação simples em 13 níveis, com variação de 5% de valor.  Atualmente, a progressão salarial é dividida em níveis e subníveis não muito  claros, que tornam difícil a ascensão do profissional ao topo da carreira.
Aumento para servidores federais vai à sanção presidencial
Congresso em Foco     -     12/07/2012
Senado manteve versão aprovada pela Câmara. Reajustes vão  de 2% a 31% e beneficiam quase 700 mil funcionários, entre ativos e  inativos
Segue agora para sanção da presidenta Dilma Rousseff a  proposta que reajusta os vencimentos de 29 categorias de servidores federais. O  Senado aprovou ontem (11) a medida provisória (MP 568/12) que aumenta de 2% a  31% os salários de quase 700 mil funcionários, entre ativos e inativos, a partir  de 1º de julho.  No caso dos professores federais, o aumento será de 4% no  vencimento básico e na retribuição por titulação e vale a partir de 1º de março.  O impacto financeiro das alterações será de R$ 1,65 bilhão ao Tesouro Nacional  somente em 2012.
Os senadores mantiveram o texto aprovado na Câmara e na  comissão especial mista que examinou previamente a MP 568, relatada pelo senador  Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado. Em 2013 e nos anos  seguintes, a previsão anual de despesas é de R$ 2,71 bilhão.
A medida provisória, inicialmente, dobrava de 20 horas para  40 horas a carga semanal de médicos e veterinários que atuam no serviço público  federal sem prever o mesmo acompanhamento salarial. O texto foi alterado pelo  relator da MP ainda na comissão especial mista. Foi mantida a carga horária  obrigatória e dobrado o valor das tabelas para a carga de 40 horas  semanais.
Assim como a Câmara, o Senado também rejeitou destaques que  propunham aumento para outras categorias do serviço público federal. Relator da  MP e líder do governo, Eduardo Braga argumentou que novos reajustes devem ser  incluídos na Medida Provisória 565/12, que autoriza o Executivo a instituir  linhas de crédito especiais com recursos dos Fundos Constitucionais para atender  os setores produtivos rural, industrial, comercial e de serviços em áreas  atingidas por secas e enchentes.
Servidor federal: Senado aprova reajustes de até 31% para 670 mil
Jornal Extra     -     12/07/2012
O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira, a Medida  Provisória (MP) 568/2012, que reajuste em até 31% os salários de cerca de 670  mil servidores federais de 29 categorias. O texto passou com a alteração feita  pelo relator, senador Eduardo Braga (PMDB-AM), que manteve a carga horária dos  médicos em 20 horas semanais e dobrou o valor das tabelas para quem trabalha 40  horas semanais.
– A categoria já vive sacrificada com salários que não são  compatíveis. Manter o salário e aumentar a carga horária é o mesmo que reduzir o  salário – argumentou o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), que é  médico.
Os senadores também aprovaram a mudança no pagamento dos  adicionais de periculosidade e insalubridade. O texto original do governo previa  a criação de valores fixos para quem recebe essas bonificações, mas a versão  final da MP manteve a regra atual, segundo a qual as gratificações são um  percentual do salário do servidor. A MP aprovada pelo Senado já passou pela  Câmara dos Deputados e segue agora para a sanção da presidente Dilma  Rousseff.
Segundo o relator, o custo total dos aumentos será de cerca  de R$ 1,65 bilhão este ano e de R$ 2,71 bilhões em 2013.
Estudantes da UFRJ ocupam reitoria em apoio a servidores grevistas
Agência Brasil     -     12/07/2012
Rio de Janeiro – Estudantes da Universidade Federal do Rio  de Janeiro (UFRJ) ocupam a reitoria da instituição, em apoio aos servidores que  estão em greve. O objetivo dos alunos é pressionar a universidade para que o  ponto dos grevistas não seja cortado pelo governo.
Os estudantes fizeram uma vigília na reitoria na noite de  ontem (11) e, neste momento, fazem um protesto no local. Segundo Tadeu Alencar,  que representa a UFRJ no Comando Nacional de Greve Estudantil, os alunos devem  também participar da reunião do Conselho Universitário, que ocorre na manhã de  hoje (12).
Enquanto isso, os professores da UFRJ devem protestar por  melhores condições salariais, na manhã de hoje, com intervenções artísticas em  12 monumentos do Rio de Janeiro. Entre as ações previstas pelos grevistas estão  a leitura de poemas, apresentações musicais e performances perto de estátuas de  artistas como Carlos Drummond de Andrade e Noel Rosa.
ADICIONAL ADIADO
Jornal de Brasília     -     12/07/2012
Foi adiada para agosto a votação da Proposta de Emenda  Constitucional (PEC) 68/11, de relatoria do Senador Gim Argello, que deveria ter  ocorrido na última terça-feira, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania  (CCJ) do Senado, por falta de quorum.
 A PEC 68/11 restabelece o pagamento do adicional por tempo  de serviço, sendo fixado em 5% e concedido a cada cinco anos de efetivo  exercício até o limite de 35%, para as carreiras específicas dos Poderes  Executivo, Legislativo e Judiciário em todas as esferas de governo.
Pela proposta, as parcelas de caráter indenizatório como ajuda de custo, diárias e auxílio-moradia continuariam sendo pagas a todos os servidores públicos sem incidir no cálculo do teto constitucional.
Pela proposta, as parcelas de caráter indenizatório como ajuda de custo, diárias e auxílio-moradia continuariam sendo pagas a todos os servidores públicos sem incidir no cálculo do teto constitucional.
Salários voltam à internet
Leandro Kleber
Correio Braziliense      -      12/07/2012
Presidente do STF suspende a liminar que proibia a  publicação dos vencimentos de servidores até que a questão seja julgada  novamente 
Com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir  a divulgação dos salários dos servidores públicos federais na internet, os sites  oficiais da Controladoria-Geral da União e do próprio STF voltaram a publicar os  dados ontem. Agora, o mérito da questão — permitir ou vetar a divulgação dos  vencimentos — será avaliado pelo juiz Francisco Neves, da 22ª Vara Federal do  Distrito Federal, onde tudo começou. Foi lá que a Confederação dos Servidores  Públicos Federais (CSPF) impetrou ação para impedir a disponibilização das  informações dos funcionários dos Três Poderes na internet.
A decisão do Supremo não interfere na ação que tramita na  primeira instância e que pode acabar no STF, dependendo das decisões e dos  recursos. A própria Suprema Corte ainda vai definir a questão, definitivamente,  no futuro — ainda não há data prevista.
"O que está sendo avaliado agora é a necessidade ou não de  se suspender a divulgação dos salários na internet imediatamente. O mérito da  questão em si, sobre se pode ou não ocorrer a divulgação dos vencimentos na  internet, ainda não foi julgado nem na Justiça de primeira instância", explica  advogado constitucionalista Cícero Botelho Cunha. Ele afirma que o presidente do  STF, ministro Ayres Britto, julgou apenas a questão da liminar, concedida pelo  juiz Francisco Neves, mas contestada pela Advocacia-Geral da União (AGU). "Por  isso, se o STF já tivesse julgado o mérito da questão, e não avaliado somente a  questão da liminar, estaria atropelando o trâmite normal no Judiciário", explica  Cunha.
O ministro Ayres Britto, que deferiu o pedido de suspensão  de liminar da AGU na noite de terça-feira, argumentou que a remuneração bruta,  os cargos e as funções dos servidores públicos constituem informações de  interesse coletivo. "Sem que a intimidade deles, a vida privada e a segurança  pessoal e familiar se encaixem nas exceções de que trata a parte derradeira do  mesmo dispositivo constitucional, pois o fato é que não estão em jogo nem a  segurança do Estado nem do conjunto da sociedade", disse.
Privacidade
A alegação da Confederação dos Servidores Públicos Federais  de que a divulgação "desprestigia" os princípios da preservação, da privacidade  e da segurança dos servidores públicos também foi tema comentado pelo ministro.  Ele acredita que não cabe falar sobre a intimidade ou a vida privada, pois os  dados dizem respeito a agentes públicos.
"E quanto à segurança física ou corporal dos servidores,  seja pessoal, seja familiarmente, claro que ela resultará um tanto quanto  fragilizada com a divulgação nominalizada dos dados em debate, mas é um tipo de  risco pessoal e familiar que se atenua com a proibição de se revelar o endereço  residencial, o CPF e a Carteira de Identidade de cada servidor. No mais, é o  preço que se paga pela opção por uma carreira pública no seio de um Estado  republicano", completa o ministro.
Antes de recorrer ao Supremo esta semana, um pedido de  suspensão de liminar da AGU para que os dados voltassem a ser divulgados na  internet já havia sido negado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Senado aprova reajuste de servidores do Executivo
Yvna Souza  
Valor Econômico      -     12/07/2012
Brasília - Os senadores aprovaram ontem o projeto de lei  resultante da Medida Provisória (MP) 568, que cria gratificações, muda planos de  cargos e reajusta os salários de 29 categorias do Poder Executivo. De acordo com  o Ministério do Planejamento, o impacto das alterações para os cofres públicos  será de pouco mais de R$ 1,5 bilhão em 2012 e de R$ 2,7 bilhões em  2013.
A medida provisória foi editada pelo Executivo para colocar  em prática acordos fechados ainda em 2010 e já previstos no orçamento para este  ano. Serão beneficiados mais de 669 mil servidores públicos. Cerca de 296,2 mil  desses estão na ativa, 200,5 mil são aposentados e 172,6 mil são  pensionistas.
Os professores de instituições federais receberão o  reajuste retroativo a março. Já as gratificações começarão a ser pagas a partir  de 1º de julho. Entre os órgãos em que foram criadas gratificações estão o  Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Agência Brasileira de Inteligência  (Abin), Comissão de Valores Imobiliários (CVM) e Departamento Nacional de Obras  contra as Secas (Dnocs).
Outra importante alteração foi feita na carreira médica. O  texto mantém a carga horária de 20 horas semanais para médicos, mas cria a  jornada de 40 horas por semana, que permitirá aos médicos dobrar os vencimentos  básicos. O projeto segue para sanção da presidente Dilma  Rousseff.
O governo federal tem enfrentado reivindicação de reajuste  e reestruturação salarial de servidores civis e militares, como a crise nas  universidades federais, que já dura desde maio No entanto, na avaliação da  presidente Dilma, os desdobramentos da crise econômica internacional impedem o  aumento de despesas do custeio da máquina pública para não afetar a ampliação  dos investimentos.
Segundo levantamento realizado pelo Planejamento, se a  União decidisse atender todas as reivindicações dos servidores públicos, a  despesa anual para pagamento do quadro de funcionários aumentaria em R$ 92,2  bilhões.
O acréscimo na despesa representaria quase metade dos R$  187,6 bilhões que serão gastos com o funcionalismo federal neste ano. O cálculo  leva em consideração não somente os funcionários ativos, mas também os  inativos.
Na avaliação do relator da MP, o líder do governo no  Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), a medida aprovada ontem não tem potencial para  desmobilizar as paralisações e greves das diversas categorias, mesmo aquelas que  foram beneficiadas pela MP, como os professores. "O governo já fez uma  negociação antes, mas a mobilização de agora vai continuar lutando por mais  aumento", declarou.
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