Valor Econômico - 14/09/2015
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que já dura mais de dois meses, reduziu, momentaneamente, as despesas da Previdência Social e deu um alívio para o caixa do Tesouro Nacional. A liberação de novas aposentadorias e pensões, entre outros benefícios, está comprometida e o tempo de espera para atendimento foi ampliado.
Segundo o Ministério da Previdência Social, foram concedidos 300 mil benefícios em julho, o menor valor do ano. O INSS informou que o tempo médio de espera no Brasil saiu de 33 dias em junho para 54 dias em agosto. A paralisação dos servidores começou em 7 de julho. No dia 4 de setembro, foi a vez dos médicos peritos cruzarem os braços.
Desde o dia 13 de agosto, de acordo com decisão judicial, o INSS tem acompanhado, por meio dos sistemas de gestão, o cumprimento do percentual mínimo de atendimento em suas unidades e enviado o resultado do monitoramento ao Superior Tribunal da Justiça (STJ).
O represamento de benefícios se refletiu diretamente no déficit do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) em julho, que atingiu R$ 5,7 bilhões, queda real de 9,5% ante junho, o que deve se repetir no levantamento de agosto.
Para se evitar prejuízo financeiro aos segurados, o INSS considera, no momento da concessão do benefício, a data originalmente agendada como a data de entrada do requerimento. Portanto, assim que os servidores voltarem ao trabalho, a liberação de benefícios deve subir consideravelmente. Trabalhadores e governo ainda tentam chegar a consenso sobre o reajuste da categoria.
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