Histórico
O Dicloro-Difenil-Tricloroetano (DDT) é um pesticida que em todo o mundo foi muito usado após a Segunda Guerra Mundial na agricultura e no combate aos mosquitos transmissores de doenças, como a malária. Não existe comprovação científica de que o pesticida cause dano à saúde dos seres humanos, se manuseado de forma correta. No entanto, em função de seus riscos reais ao meio ambiente, em 1985 o Brasil proibiu o uso do produto na agricultura, permanecendo liberado para aplicação em saúde pública.
A decisão de manter o DDT no combate às endemias antecipava, inclusive, o resultado de um estudo patrocinado em 1995 pela Organização Mundial de Saúde. A pesquisa concluiu que “em decorrência de falta de evidência suficiente e convincente acerca dos efeitos adversos da exposição ao DDT pelas aplicações residuais para controle de vetores, não existe justificativa toxicológica ou epidemiológica para alterar a política do uso do produto no controle da malária e da leishmaniose”.
Mesmo assim, o governo brasileiro decidiu, em 1998, suspender o uso do DDT nas ações de saúde pública, deixando de considerá-lo como único “inseticida de escolha”. A partir daí, portanto, cessou completamente a exposição ocupacional dos trabalhadores àquela substância. Vale destacar que a Funasa já havia se antecipado à decisão do governo federal e, em 1997, excluiu o DDT do trabalho de combate às endemias que foi realizado pela Fundação até 2003, quando esse serviço passou a ser coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde. A partir daquele ano os servidores da Funasa foram cedidos aos estados e municípios, que são os responsáveis pela execução das ações coordenadas pela SVS.
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