Em balanço, entidades do Fonasefe avaliam que foi a maior paralisação de serviços públicos nas três esferas em mais de uma década
Todos os balanços feitos por entidades, centrais sindicais e movimentos da sociedade civil organizada são unânimes em afirmar: os trabalhadores brasileiros protagonizaram a maior greve geral da história do País. Mesmo com os principais veículos de comunicação do Brasil ignorando, todos perceberam que na sexta o Brasil parou. Levantamentos feitos por representantes da classe trabalhadora apontam que mais de 35 milhões estiveram envolvidos na greve geral com a paralisação de atividades, a ausência de consumo ou participando de atividades nas capitais e também nos municípios. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) divulgou que o comércio brasileiro deixou de faturar cerca de R$ 5 bilhões no dia da greve geral. A reação da classe trabalhadora contra as reformas da Previdência, Trabalhista e contra a retirada de direitos vai continuar.
Reunidos nessa terça-feira, 2, em Brasília, representantes do Fonasefe (Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais) fizeram o balanço por estado e constataram que esta foi a maior paralisação de serviços públicos nas três esferas (Executivo, Legislativo e Judiciário) em mais de uma década. Na base da Condsef/Fenadsef, que representa 80% dos servidores do Executivo Federal, houve registro de paralisação de atividades de mais de 28 categorias. Entre aqueles que registraram paralisação estão servidores dos ministérios da Saúde, Trabalho, Funasa, DNPM, Inmet, C&T, Transportes, Dnit, ANTT, INPI, Suframa, Inpa, Pesca, Anvisa, Incra, Ibama, ICMBio, Agricultura, SPU, Iphan, Cultura, Sudam, Funai, administrativos da AGU e Fazenda, empregados da Ebserh
A participação de toda a classe trabalhadora foi emblemática e fundamental para garantir uma nova correlação de forças na luta pela manutenção de direitos. As atividades de resistência devem continuar em todo o Brasil. O Fonasefe deve encaminhar às centrais propostas que incluem a organização de uma atividade de massa em Brasília e uma semana de mobilizações em todo o Brasil entre 8 e 12 de maio. Para reforçar a pressão aos parlamentares para que votem com a classe trabalhadora, atos em aeroportos devem acontecer com intuito de abordá-los tanto nos seus estados de origem quanto em Brasília onde desembarcam para a semana de trabalhos no Congresso Nacional.
1º de maio – O Dia do Trabalhador que marcou essa segunda, 1º de maio, também registrou atividades importantes mostrando a disposição dos trabalhadores na luta por seus direitos. “Foi de fato uma semana muito importante para todos nós”, avalia Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef/Fenadsef. “A tendência é que a unidade e organização dos trabalhadores se intensifiquem em torno dessa luta até que os direitos e o reconhecimento da importância fundamental dos trabalhadores para o crescimento econômico do Brasil consigam frear o governo ilegítimo de Michel Temer”, diz.
Esse é um governo ilegítimo instalado para conduzir uma política sem qualquer voto e, portanto, sem condições de promover mudanças profundas na Constituição, em direitos seculares e sem o devido diálogo com a sociedade. Não vamos admitir. A resistência continua e a Condsef/Fenadsef segue na trincheira de frente dessa luta junto com toda classe trabalhadora. Nenhum direito a menos.
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sábado, 6 de maio de 2017
Depois de participar da maior greve geral do Brasil, servidores federais se reúnem para debater novas ações de resistência
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