Greve chega ao fim em federais de Pernambuco, Minas e Bahia
Tiago Décimo e Marcelo Portela
O Estado de S. Paulo - 05/09/2012
Calendários de reposição das aulas ainda serão definidos pelas universidades
Os professores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), de Pernambuco (UFPE), da Bahia (UFBA) e do Recôncavo da Bahia (UFRB) decidiram encerrar a greve.
As decisões foram tomadas em assembleias realizadas nesta quarta-feira, 5. Segundo o Ministério da Educação, os docentes da Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) também resolveram interromper a paralisação.
De acordo com balanço divulgado pelo MEC, as cinco instituições se somam a outras 16 que também já indicaram o fim da paralisação.
Retomaram as atividades as Federais do Rio de Janeiro (UFRJ); do Ceará (UFC); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Santa Catarina (UFSC); de São Carlos (UFSCar); da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); e de Brasília (UnB).
Também voltaram às aulas os professores dos câmpus de Araguaína, da Universidade Federal do Tocantins (UFT); de Guarulhos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e de Alegrete, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
A universidade da Fronteira Sul (UFFS) decidiu suspender a greve. Na próxima semana, deverão votar o indicativo de término do movimento as Federais de Juiz de Fora (UFJF), Grande Dourados (UFGD), Recôncavo Baiano (UFRB) e Alfenas (Unifal).
O MEC diz que está recebendo e avaliando os calendários de reposição das aulas nas universidades.
Os professores decidiram retornar ao trabalho mesmo não tendo suas reivindicações atendidas. A proposta feita pelo governo federal prevê reajustes de 25% a 40% nos próximos três anos, mas, segundo os docentes, ficaram de fora algumas das principais exigências em relação à reestruturação da carreira.
Bahia
Os docentes das universidades federais localizadas na Bahia decidiram em um plebiscito realizado nesta manhã pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub-Sindicato) encerrar a greve iniciada em 29 de maio.
Segundo a entidade, participaram da consulta 497 docentes das três instituições federais no Estado - Universidades Federais da Bahia (UFBA) e do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Instituto Federal da Bahia (IFBA). Foram 460 votos favoráveis ao fim do movimento e 37 contrários.
De acordo com o sindicato, a volta às aulas agora está condicionada à apresentação de um novo calendário letivo. Espera-se que as atividades nas instituições sejam reiniciadas no dia 17.
Pernambuco
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), uma assembleia com 432 professores decidiu pelo fim da greve, que durava 112 dias. Os docentes devem retomar as atividades no dia 17.
No item saída de greve foram 241 votos favoráveis, 134 contrários e 8 abstenções. Para o item indicativo de fim de greve, 128 docentes votaram pelo dia 10 de setembro e 149 pelo dia 17, com 20 abstenções.
Minas
Depois de quase três meses parados, os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram em assembleia retornar ao trabalho.
Alguns cursos já haviam retomado as atividades, mas não há prazo para o reinício das aulas em todos os departamentos pois o calendário escolar terá de ser refeito.
Ao todo, 34 mil estudantes foram atingidos pelo movimento e a estimativa é de que o segundo semestre letivo seja encerrado apenas em janeiro ou fevereiro de 2013.
Os docentes da UFMG entraram em greve em 19 de junho, mas, dos 75 cursos de graduação oferecidos pela universidade, nove já haviam retornado ou estavam com retorno ao funcionamento programado para segunda-feira, 10.
De acordo com o o reitor da instituição, Clélio Campolina Diniz, ainda não é possível definir a data de retorno porque será necessário compor novas turmas, levando em conta inclusive os pré-requisitos exigidos por determinadas matérias de cursos que não
foram finalizados.
"Formalmente, podemos retomar as atividades. Mas o conselho terá de se reunir na próxima semana para definir o novo calendário", afirmou Campolina, referindo-se ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). Segundo o reitor, é certo que "as férias convencionais de janeiro e fevereiro estão comprometidas", mas a segunda etapa do vestibular 2013 está mantida para o período de 13 a 20 de janeiro do próximo ano. "Nossa primeira etapa é o Enem e isso não foi afetado."
O reitor afirmou ainda que, apesar do tempo de paralisação, a universidade tentou minimizar o prejuízo aos alunos, principalmente aqueles que dependiam de notas ou diplomas para ingressar em empregos, concursos públicos ou para viagens ao exterior. "Orientamos os alunos a conversar com os coordenadores de cursos e com os professores. A maioria das pendências foi resolvida", disse
Tiago Décimo e Marcelo Portela
O Estado de S. Paulo - 05/09/2012
Calendários de reposição das aulas ainda serão definidos pelas universidades
Os professores das Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), de Pernambuco (UFPE), da Bahia (UFBA) e do Recôncavo da Bahia (UFRB) decidiram encerrar a greve.
As decisões foram tomadas em assembleias realizadas nesta quarta-feira, 5. Segundo o Ministério da Educação, os docentes da Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) também resolveram interromper a paralisação.
De acordo com balanço divulgado pelo MEC, as cinco instituições se somam a outras 16 que também já indicaram o fim da paralisação.
Retomaram as atividades as Federais do Rio de Janeiro (UFRJ); do Ceará (UFC); de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA); do Rio Grande do Sul (UFRGS); de Santa Catarina (UFSC); de São Carlos (UFSCar); da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab); e de Brasília (UnB).
Também voltaram às aulas os professores dos câmpus de Araguaína, da Universidade Federal do Tocantins (UFT); de Guarulhos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); e de Alegrete, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa).
A universidade da Fronteira Sul (UFFS) decidiu suspender a greve. Na próxima semana, deverão votar o indicativo de término do movimento as Federais de Juiz de Fora (UFJF), Grande Dourados (UFGD), Recôncavo Baiano (UFRB) e Alfenas (Unifal).
O MEC diz que está recebendo e avaliando os calendários de reposição das aulas nas universidades.
Os professores decidiram retornar ao trabalho mesmo não tendo suas reivindicações atendidas. A proposta feita pelo governo federal prevê reajustes de 25% a 40% nos próximos três anos, mas, segundo os docentes, ficaram de fora algumas das principais exigências em relação à reestruturação da carreira.
Bahia
Os docentes das universidades federais localizadas na Bahia decidiram em um plebiscito realizado nesta manhã pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (Apub-Sindicato) encerrar a greve iniciada em 29 de maio.
Segundo a entidade, participaram da consulta 497 docentes das três instituições federais no Estado - Universidades Federais da Bahia (UFBA) e do Recôncavo da Bahia (UFRB) e o Instituto Federal da Bahia (IFBA). Foram 460 votos favoráveis ao fim do movimento e 37 contrários.
De acordo com o sindicato, a volta às aulas agora está condicionada à apresentação de um novo calendário letivo. Espera-se que as atividades nas instituições sejam reiniciadas no dia 17.
Pernambuco
Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), uma assembleia com 432 professores decidiu pelo fim da greve, que durava 112 dias. Os docentes devem retomar as atividades no dia 17.
No item saída de greve foram 241 votos favoráveis, 134 contrários e 8 abstenções. Para o item indicativo de fim de greve, 128 docentes votaram pelo dia 10 de setembro e 149 pelo dia 17, com 20 abstenções.
Minas
Depois de quase três meses parados, os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram em assembleia retornar ao trabalho.
Alguns cursos já haviam retomado as atividades, mas não há prazo para o reinício das aulas em todos os departamentos pois o calendário escolar terá de ser refeito.
Ao todo, 34 mil estudantes foram atingidos pelo movimento e a estimativa é de que o segundo semestre letivo seja encerrado apenas em janeiro ou fevereiro de 2013.
Os docentes da UFMG entraram em greve em 19 de junho, mas, dos 75 cursos de graduação oferecidos pela universidade, nove já haviam retornado ou estavam com retorno ao funcionamento programado para segunda-feira, 10.
De acordo com o o reitor da instituição, Clélio Campolina Diniz, ainda não é possível definir a data de retorno porque será necessário compor novas turmas, levando em conta inclusive os pré-requisitos exigidos por determinadas matérias de cursos que não
foram finalizados.
"Formalmente, podemos retomar as atividades. Mas o conselho terá de se reunir na próxima semana para definir o novo calendário", afirmou Campolina, referindo-se ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). Segundo o reitor, é certo que "as férias convencionais de janeiro e fevereiro estão comprometidas", mas a segunda etapa do vestibular 2013 está mantida para o período de 13 a 20 de janeiro do próximo ano. "Nossa primeira etapa é o Enem e isso não foi afetado."
O reitor afirmou ainda que, apesar do tempo de paralisação, a universidade tentou minimizar o prejuízo aos alunos, principalmente aqueles que dependiam de notas ou diplomas para ingressar em empregos, concursos públicos ou para viagens ao exterior. "Orientamos os alunos a conversar com os coordenadores de cursos e com os professores. A maioria das pendências foi resolvida", disse
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