Lei de greve vira ameaça
Vera
Batista
Batista
Correio
Braziliense - 22/09/2012
Braziliense - 22/09/2012
Em programa de rádio, Gleisi critica abusos de servidores nas paralisações e afirma
que isso vai resultar em legislação mais rigorosa
A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mandou um recado aos servidores
em tom de ameaça e condenou os excessos durante a greve. Em entrevista ao
programa Bom dia, ministro, distribuído pela EBC a rádios de todo o país, ela
assinalou que "não podemos ter abusos" e que as paralisações não podem "ferir o
direito do cidadão de ter acesso aos serviços públicos". Ao falar sobre os
projetos que tramitam no Congresso Federal, com o propósito de regular esses
movimentos, Gleisi deixou claro que o Ministério do Planejamento e a
Advocacia-Geral da União, por orientação da presidente Dilma Roussef, estão
olhando com lupa o desenrolar do processo.
em tom de ameaça e condenou os excessos durante a greve. Em entrevista ao
programa Bom dia, ministro, distribuído pela EBC a rádios de todo o país, ela
assinalou que "não podemos ter abusos" e que as paralisações não podem "ferir o
direito do cidadão de ter acesso aos serviços públicos". Ao falar sobre os
projetos que tramitam no Congresso Federal, com o propósito de regular esses
movimentos, Gleisi deixou claro que o Ministério do Planejamento e a
Advocacia-Geral da União, por orientação da presidente Dilma Roussef, estão
olhando com lupa o desenrolar do processo.
Embora
admita que o Brasil vive em uma democracia, portanto o direito é assegurado a
todas as categorias, deixou claro que os impactos da última greve, considerada a
maior do funcionalismo nos últimos 10 anos, pode levar o governo a tratar o
assunto com mais rigor, no momento da votação da Lei de Greve pelo Legislativo.
"Não há uma definição se terá um projeto ou não do Executivo. Mas o fato é que
esse tema já está em pauta, e eu acredito que, com os abusos que tivemos nessa
greve recente, com certeza, isso vai ter um reflexo na discussão e nas
definições do Congresso Nacional".
admita que o Brasil vive em uma democracia, portanto o direito é assegurado a
todas as categorias, deixou claro que os impactos da última greve, considerada a
maior do funcionalismo nos últimos 10 anos, pode levar o governo a tratar o
assunto com mais rigor, no momento da votação da Lei de Greve pelo Legislativo.
"Não há uma definição se terá um projeto ou não do Executivo. Mas o fato é que
esse tema já está em pauta, e eu acredito que, com os abusos que tivemos nessa
greve recente, com certeza, isso vai ter um reflexo na discussão e nas
definições do Congresso Nacional".
A
ministra concorda com os trabalhadores quanto ao direito de reivindicar. "Mas
nós temos que saber que têm limites e que também há uma situação econômica do
país de limites na questão orçamentária, principalmente no serviço público."
Aproveitou para defender a pasta de seu marido, o ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo, ao criticar os funcionários dos Correios. "Tive a notícia que o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que, pelo menos, 40% dos
trabalhadores dos Correios permaneçam trabalhando. Eles já fizeram greve no ano
passado, já tiveram o reajuste", destacou.
ministra concorda com os trabalhadores quanto ao direito de reivindicar. "Mas
nós temos que saber que têm limites e que também há uma situação econômica do
país de limites na questão orçamentária, principalmente no serviço público."
Aproveitou para defender a pasta de seu marido, o ministro das Comunicações,
Paulo Bernardo, ao criticar os funcionários dos Correios. "Tive a notícia que o
Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que, pelo menos, 40% dos
trabalhadores dos Correios permaneçam trabalhando. Eles já fizeram greve no ano
passado, já tiveram o reajuste", destacou.
As
provocações da ministra Gleisi Hoffmann caíram como uma bomba no movimento
sindical.
provocações da ministra Gleisi Hoffmann caíram como uma bomba no movimento
sindical.
A
Confederação Nacional do Serviço Público Federal (Condsef), que representa 80%
dos funcionários públicos em greve até 31 de agosto, vai publicar uma nota em
repúdio às declarações da Casa Civil. "Não vamos aceitar revanche, retaliação ou
desaforo, nem esse tipo de tratamento. Se houve abuso, foi desse governo
incompetente em negociar. Só em 2012, fizemos mais de 200 reuniões", indignou-se
Sérgio Ronaldo, diretor da Condsef.
Confederação Nacional do Serviço Público Federal (Condsef), que representa 80%
dos funcionários públicos em greve até 31 de agosto, vai publicar uma nota em
repúdio às declarações da Casa Civil. "Não vamos aceitar revanche, retaliação ou
desaforo, nem esse tipo de tratamento. Se houve abuso, foi desse governo
incompetente em negociar. Só em 2012, fizemos mais de 200 reuniões", indignou-se
Sérgio Ronaldo, diretor da Condsef.
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