Correios oferecem 5,2% de reajuste salarial a funcionários
Agência Brasil - 05/09/2012
A diretoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) elevou hoje (5) de 3% para 5,2% a sua proposta de reajuste salarial aos seus funcionários. O mesmo percentual seria aplicado a benefícios como vale-alimentação e auxílio-creche.
"É um índice realista, 'pé no chão', que pode ser absorvido na folha de pagamento e que garante o poder de compra dos trabalhadores, uma vez que cobre a inflação do período", declarou a empresa, em nota que ressalta ainda o "cenário desfavorável da economia".
O comando nacional de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) decidiu manter o indicativo de greve da categoria a partir da próxima terça-feira (11). O comando da Fentect reivindica reajuste de 43,7%, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil.
Com a proposta da ECT, o salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo passaria de R$ 942 para R$ 991. E o vale-alimentação, de R$ 675 para R$ 710.
"Essa proposta da empresa é ruim, não vai evitar a greve dos trabalhadores dos Correios", disse o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Luiz Antonio de Souza, em entrevista à Agência Brasil. "Um salário mínimo e meio é um salário muito baixo, não dá poder de compra nenhum. Muitos trabalhadores dos Correios estão endividados, alguns tiveram até que devolver seus carros por não conseguir pagar os financiamentos."
No ano passado, a categoria permaneceu em greve durante 28 dias. Houve desconto salarial por sete dias parados; os demais 21 dias foram compensados aos sábados e domingos. "Quem não conseguiu fazer essa compensação teve ainda mais descontos em folha", disse Souza. "A insatisfação é grande."
Quatro sindicatos dissidentes, que se desfiliaram da Fentect, reivindicam 5,2% de reposição salarial, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100. Esses sindicatos representam os trabalhadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, Tocantins e de Bauru (SP).
A direção da ECT diz que tanto a proposta da Fentect como a dos sindicatos dissidentes são "inviáveis". A empresa alega ainda que, nos últimos nove anos, a maior parte dos trabalhadores dos Correios teve 138% de reajuste salarial, o que incluiria 35% de aumento real.
Dos 35 sindicatos da categoria em todo o país, 16 fazem assembleias na próxima segunda-feira (10) e cinco na terça-feira (11). Os demais 14, no próximo dia 25. "Mesmo acreditando em um fechamento de acordo coletivo, a ECT já está adotando as medidas necessárias para manter a distribuição de cartas e encomendas no caso de uma eventual paralisação", conclui a nota divulgada pela empresa
Agência Brasil - 05/09/2012
A diretoria da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) elevou hoje (5) de 3% para 5,2% a sua proposta de reajuste salarial aos seus funcionários. O mesmo percentual seria aplicado a benefícios como vale-alimentação e auxílio-creche.
"É um índice realista, 'pé no chão', que pode ser absorvido na folha de pagamento e que garante o poder de compra dos trabalhadores, uma vez que cobre a inflação do período", declarou a empresa, em nota que ressalta ainda o "cenário desfavorável da economia".
O comando nacional de negociação da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (Fentect) decidiu manter o indicativo de greve da categoria a partir da próxima terça-feira (11). O comando da Fentect reivindica reajuste de 43,7%, R$ 200 de aumento linear e piso salarial de R$ 2,5 mil.
Com a proposta da ECT, o salário-base inicial de carteiros, atendentes comerciais e operadores de triagem e transbordo passaria de R$ 942 para R$ 991. E o vale-alimentação, de R$ 675 para R$ 710.
"Essa proposta da empresa é ruim, não vai evitar a greve dos trabalhadores dos Correios", disse o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom-PR), Luiz Antonio de Souza, em entrevista à Agência Brasil. "Um salário mínimo e meio é um salário muito baixo, não dá poder de compra nenhum. Muitos trabalhadores dos Correios estão endividados, alguns tiveram até que devolver seus carros por não conseguir pagar os financiamentos."
No ano passado, a categoria permaneceu em greve durante 28 dias. Houve desconto salarial por sete dias parados; os demais 21 dias foram compensados aos sábados e domingos. "Quem não conseguiu fazer essa compensação teve ainda mais descontos em folha", disse Souza. "A insatisfação é grande."
Quatro sindicatos dissidentes, que se desfiliaram da Fentect, reivindicam 5,2% de reposição salarial, 5% de aumento real e reajuste linear de R$ 100. Esses sindicatos representam os trabalhadores de São Paulo, do Rio de Janeiro, Tocantins e de Bauru (SP).
A direção da ECT diz que tanto a proposta da Fentect como a dos sindicatos dissidentes são "inviáveis". A empresa alega ainda que, nos últimos nove anos, a maior parte dos trabalhadores dos Correios teve 138% de reajuste salarial, o que incluiria 35% de aumento real.
Dos 35 sindicatos da categoria em todo o país, 16 fazem assembleias na próxima segunda-feira (10) e cinco na terça-feira (11). Os demais 14, no próximo dia 25. "Mesmo acreditando em um fechamento de acordo coletivo, a ECT já está adotando as medidas necessárias para manter a distribuição de cartas e encomendas no caso de uma eventual paralisação", conclui a nota divulgada pela empresa
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