Maioria dos servidores em greve aceita proposta e encerra paralisação

O acordo trouxe esperança para quem acreditava na volta às aulas de imediato, mas não é o que acontece nas universidades. De acordo com o Ministério da Educação, 51 federais ainda estão em greve.

De acordo com o Ministério da Educação, 51 universidades federais ainda estão em greve. Nas escolas onde a paralisação terminou, as aulas não recomeçaram hoje. Como elas têm autonomia para definir o próprio calendário, vão retomar as atividades em datas diferentes.
O acordo trouxe esperança para quem acreditava na volta às aulas de imediato, mas não é o que está acontecendo em muitas universidades.

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No Ceará, o problema agora é entre a direção do sindicato e os professores, que não se sentem representados pela atual diretoria. Os professores passaram a manhã coletando assinaturas para realizar uma nova assembleia e o retorno das aulas continua indefinido.
Em Alagoas, os professores se reúnem na sexta-feira para decidir se voltam ou não ao trabalho. Nas universidades que retornaram as atividades, o calendário fica a critério de cada uma.
Na Federal de São Carlos, os professores também aceitaram o acordo, mas não há nenhuma atividade no Campus. Segundo a reitoria, está sendo feito o planejamento para o segundo semestre, que só começa no dia 24 de setembro.
Das 35 categorias do serviço público que estavam em greve, cinco não fecharam acordo, ontem: policiais federais e servidores da Receita Federal, do Incra, da Anvisa e fiscais do Ministério do Trabalho. Essas categorias tem até o final do para dar resposta se aceitam a proposta do governo de até 15,8% de aumento.
Para protestar conta o aumento oferecido pelo governo, auditores do Ministério do Trabalho estão distribuindo hoje kits com abacaxi, banana e abobrinha. Eles pedem também melhores condições de trabalho.
Em Santos, no litoral de São Paulo, a greve dos funcionários da Anvisa atrasa o desembarque de mais de 80 navios. Eles aguardam autorização para atracar. Alguns estão em alto mar desde o início da paralisação, há 45 dias.