Dos males, o menor
Correio
Braziliense - 02/09/2012
Braziliense - 02/09/2012
Embora considere o reajuste de 15,8%, próximo da inflação, para o funcionalismo nos
próximos três anos como a "menos pior" entre as alternativas que a presidente
Dilma Roussef tinha, o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria,
afirma que a folha de pessoal da União vem crescendo próximo do avanço do PIB, o
que tem de ser mudado.
No
governo Lula, a expansão dos gastos com salários foi o dobro do PIB,
diz.
governo Lula, a expansão dos gastos com salários foi o dobro do PIB,
diz.
Mesmo
equivalente à inflação na era Dilma, essa despesa adicional vai gerar custos
fiscais, diz.
equivalente à inflação na era Dilma, essa despesa adicional vai gerar custos
fiscais, diz.
"O
governo tem nas mãos para o ano que vem um orçamento apertado, porque as
receitas vão crescer menos que as despesas, devido à escolha de dar mais
benefícios para o funcionalismo, ainda que isso tenha sido amenizado pela
firmeza da presidente em conter reajustes maiores", comenta
Salto.
governo tem nas mãos para o ano que vem um orçamento apertado, porque as
receitas vão crescer menos que as despesas, devido à escolha de dar mais
benefícios para o funcionalismo, ainda que isso tenha sido amenizado pela
firmeza da presidente em conter reajustes maiores", comenta
Salto.
Segundo
ele, os gastos com pessoal têm que subir abaixo da variação do PIB, "para haver
espaço a despesas de melhor qualidade, que são os investimentos". O economista
observa que a tendência do governo é sempre de superestimar receitas para caber
as despesas e, ao longo do exercício, vai fazendo revisões.
ele, os gastos com pessoal têm que subir abaixo da variação do PIB, "para haver
espaço a despesas de melhor qualidade, que são os investimentos". O economista
observa que a tendência do governo é sempre de superestimar receitas para caber
as despesas e, ao longo do exercício, vai fazendo revisões.
InflaçãoO analista da Tendências afirma que o funcionalismo deve se acostumar daqui para
frente com reajustes próximos da inflação, como ocorre com todos os
trabalhadores da iniciativa privada e aposentados do Instituto Nacional do
Seguro Social há quase duas décadas.
frente com reajustes próximos da inflação, como ocorre com todos os
trabalhadores da iniciativa privada e aposentados do Instituto Nacional do
Seguro Social há quase duas décadas.
Os
aumentos concedidos aos servidores são repassados aos inativos do serviço
público.
aumentos concedidos aos servidores são repassados aos inativos do serviço
público.
"Os
servidores argumentam que precisam ter ganhos reais quando já têm salário médio
muito superior ao da iniciativa privada e não há justificativa econômica para
isso, pois a produtividade deles definitivamente não é maior que a do setor
privado", diz. Além disso, eles já têm progressão automática na respectiva
carreira, o que não ocorre com os assalariados das empresas
servidores argumentam que precisam ter ganhos reais quando já têm salário médio
muito superior ao da iniciativa privada e não há justificativa econômica para
isso, pois a produtividade deles definitivamente não é maior que a do setor
privado", diz. Além disso, eles já têm progressão automática na respectiva
carreira, o que não ocorre com os assalariados das empresas
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