Bruno Dutra
O DIA - 27/12/2012
Servidores públicos são prioridade para o governo
federal
Rio - Mesmo sem garantias de aprovação, os servidores
públicos podem ter, em 2013, a regulamentação do direito de greve. O Secretário
de Relações de Trabalho no Serviço Público do Ministério do Planejamento,
Orçamento e Gestão, Sérgio Mendonça, anunciou que a regulamentação de
negociações coletivas entre os servidores e o governo para aumento salarial
deve, enfim, receber um encaminhamento no ano que vem.
A política salarial foi debatida na última semana em
audiência pública realizada na comissão de trabalho, onde Mendonça ressaltou a
importância do tema. “Vai ser o ano em que poderemos avançar na
institucionalização desse tema e também do exercício do direito de greve”,
afirmou o secretário.
Entretanto, a declaração não agrada aos defensores da
categoria. Para Josemilton Maurício de Castro, Secretário Geral da Confederação
dos Trabalhadores do Serviço Público Federal, Condsef, os projetos de lei que
estão em discussão, na verdade, visam barrar o direito de greve dos servidores.
“Este tema precisa de muita atenção. Não se pode excluir da decisão a parte
principal, que são os servidores”, ressalta.
IMPASSE
Após um ano de greves e negociações, 1,7 milhão de
servidores federais começarão 2013 com aumento salarial. No entanto, o
presidente da Federação das Carreiras Típicas de Estado, Roberto Kupski, critica
o aumento de 15%, concedido em 3 parcelas. “Os servidores não podem ver o ganho
ser corroído pela inflação. Queremos ter garantia da recomposição salarial”,
reivindica.
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