Brasil Econômico - 22/02/2013
Depois da abertura para adesão no fundo de previdência
complementar para servidores do Executivo, o plano para o Poder Legislativo deve
sair do papel em breve. "Estamos em vias de apresentar as regras para nosso
segundo plano, agora para o Legislativo", garantiu ontem Ricardo Pena,
diretor-presidente da Funpresp (Fundação de Previdência Complementar do Servidor
Público Federal), em sua participação no Encontro Ass- PreviSite Previdência,
realizado no Rio de Janeiro. José Edson da Cunha Junior, secretário- adjunto da
SPPC (Secretaria de Políticas de Previdência Complementar), viu como positiva a
entrada do Legislativo. "É inteligente, porque o fundo ganha em escala", disse,
ao responder perguntas dos presentes.
Segundo ele, porém, ainda não há nenhuma decisão sobre a
participação do Judiciário no fundo. Aprovada há um ano, depois de ser discutida
por cinco anos no Congresso Nacional, e como objetivo de diminuir o déficit da
Previdência, a criação do fundo previa a participação dos Três Poderes.
O plano de benefícios, entretanto, só foi aprovado pela
Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), no início do
mês. "Os objetivos passam pela recomposição do equilíbrio da previdência
pública, garantindo sua solvência no longo prazo, além da recuperação dos gastos
públicos e investimentos em áreas prioritárias e o tratamento isonômico no
regime da Previdência", ressaltou Pena. José Edson classificou a aprovação da
Funpresp como um dos principais feitos em 2012.
Pena explicou detalhes do fundo, que deverá ter a adesão de
10 mil pessoas ainda em 2013. Segundo ele, o fundo terá aporte inicial de R$ R$
48 milhões do Poder Executivo e R$ 25 milhões do Poder Legislativo.
Na projeção, não estão contabilizados os servidores
antigos, que podem migrar para o novo regime em dois anos. O plano já em vigor
para os servidores do Executivo Federal conta com cerca de 200 patrocinadores,
entre autarquias, fundações e órgãos da administração direta. Já o plano para os
servidores do Legislativo terá como patrocinadores a Câmara e o Senado Federal,
além do Tribunal de Contas da União. No novo regime, o teto para a previdência
do setor público passar a ser o mesmo do regime privado, R$ 4.159. Até o teto, a
União contribuicom11%.
Os servidores federais que ganham acima deste valor terão
que arcar com a parcela da previdência complementar, com os percentuais de 7,5%,
8% ou 8,5%, com contrapartida do Tesouro Nacional no mesmo valor. Antes, o
funcionário contribuía com 11% e o Tesouro com 22% para a aposentadoria
integral. Quem ganha abaixo do teto poderá optar pela contribuição mensal, que
tem tíquete mínimo de R$ 75, ou contribuição esporádica.
A Caixa e o Banco do Brasil serão responsáveis pela administração dos recursos do fundo. O Ministério do Planejamento informou, no início do mês, que em dois anos seja feita licitação para que bancos privados participem da gestão do fundo
A Caixa e o Banco do Brasil serão responsáveis pela administração dos recursos do fundo. O Ministério do Planejamento informou, no início do mês, que em dois anos seja feita licitação para que bancos privados participem da gestão do fundo
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