Laura Daudén
Revista Isto É - 11/03/2013
A Fundação Getulio Vargas propõe mudanças na forma de
selecionar funcionários e põe em xeque a qualidade do serviço público no
País
Uma pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça à
Fundação Getulio Vargas (FGV) e à Universidade Federal Fluminense (UFF) causou
polêmica na semana passada ao propor uma reforma nos concursos públicos. O
estudo, feito a partir de 698 processos seletivos, questionou a capacidade das
provas de filtrar os candidatos mais preparados.
“Há uma incoerência entre as competências esperadas de um servidor público e os conhecimentos testados nos concursos”, afirma Fernando Fontainha, coordenador do estudo e professor da FGV no Rio de Janeiro. “Não há uma avaliação de habilidades.” A divulgação dos resultados ecoou entre os milhões de concurseiros e as centenas de escolas e professores espalhados pelo País.
“Há uma incoerência entre as competências esperadas de um servidor público e os conhecimentos testados nos concursos”, afirma Fernando Fontainha, coordenador do estudo e professor da FGV no Rio de Janeiro. “Não há uma avaliação de habilidades.” A divulgação dos resultados ecoou entre os milhões de concurseiros e as centenas de escolas e professores espalhados pelo País.
Segundo Marialvo Pereira, secretário de Assuntos
Legislativos do Ministério da Justiça, o objetivo da pesquisa é discutir formas
de selecionar pessoas vocacionadas, o que diminuiria a rotatividade e os custos
para o Estado e melhoraria a qualidade dos serviços.
As dez sugestões apresentadas pelo levantamento, que vão
da exigência de transparência nos editais até a necessidade de criar uma empresa
pública para regular o mercado (leia quadro), passarão pelo exame de
especialistas do ministério e serão apresentadas com ajustes em abril – não sem
a avaliação de professores, juristas e instituições envolvidas com o mundo dos
concursos.
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