O DIA - 30/11/2012
Brasília - O julgamento do processo do mensalão ainda não
terminou no Supremo Tribunal Federal (STF), mas já está sendo usado para
questionar a reforma da Previdência aprovada pelo Congresso Nacional em 2003.
Para duas associações de juízes, a alegação de que houve compra de apoio
parlamentar justifica a anulação da norma.
O processo foi protocolado pela Associação dos Magistrados
Brasileiros (AMB) e pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do
Trabalho (Anamatra). Ele foi distribuído para Marco Aurélio Mello. O ministro do
STF já relata outro processo sobre o novo regime previdenciário para o serviço
público.
As entidades argumentam que a reforma deve ser anulada
porque tem diversos vícios, entre eles, a ausência de discussão na Câmara e no
Senado, a violação do princípio da moralidade e a fraude ao processo legislativo
por meio de conduta criminosa.
“Ficou contaminado o processo de votação da emenda pela
comprovação, no julgamento do STF, que houve compra de votos na votação. Teria
havido uma influência econômica que não foi apenas a opinião de quem votou”,
disse esta tarde o presidente da AMB, Nelson Calandra.
A alteração na Constituição permitiu a dispensa de lei
complementar especial para regulamentar o regime de previdência do servidor
público. Além de criticar a compra de votos no caso, as associações de juízes
alegam que, sem a lei complementar, haverá “insegurança jurídica na criação das
dezenas ou centenas de entidades de previdência complementar pela União, estados
e municípios”.
O grupo ainda defende que a regra proposta pelo Executivo
não pode ser usada para o Judiciário, pois só o STF tem a prerrogativa de
encaminhar projeto de lei complementar sobre a previdência de magistrados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AGRADECEMOS A GENTILEZA DOS AUTORES QUE NOS BRINDAM COM OS SEUS PRECIOSOS COMENTÁRIOS.
##############PORTAL DO SERVIDOR PÚBLICO DO BRASIL##############