As propostas oficiais do Judiciário e do Ministério Público 
da União (MPU) ao Orçamento de 2013, que preveem respectivamente aumentos de 
7,12% e de 29,53% nos salários de seus servidores, serão analisadas em conjunto 
com a proposta orçamentária apresentada pelo governo. 
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (14) pelo 
relator-geral do projeto (PLN 24/2012), senador Romero Jucá (PMDB-RR), em 
entrevista à Agência Senado após um café da manhã com o presidente do Supremo 
Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, e dirigentes de outros tribunais 
superiores.
Jucá disse ter ouvido as ponderações dos representantes do 
Judiciário e que pretende compatibilizar os pleitos com as previsões de receita 
disponíveis para as alterações do projeto do Executivo, que tramita no Congresso 
Nacional. O relator-geral afirmou também que a decisão de anexar as propostas do 
Judiciário federal e do MPU atende a liminares nesse sentido, expedidas pelos 
ministros Luiz Fux e Joaquim Barbosa, do STF.
O assunto acabou indo para a Justiça no início de setembro, 
por iniciativa das três maiores entidades de classe de juízes do país. Elas 
contestaram, no STF, o fato de o Executivo ter retirado o orçamento original 
elaborado pelo Supremo da proposta apresentada ao Congresso Nacional em agosto. 
Segundo as entidades, a interferência é uma afronta à autonomia entre os 
Poderes.
A ação do MPU é um mandado de segurança impetrado pelo 
próprio procurador-geral, Roberto Gurgel. Depois de lembrar que a Constituição 
garante ao Ministério Público autonomia financeira e administrativa, Gurgel 
explicou que o corte feito pelo Executivo fere o princípio da separação dos 
poderes.
No caso do Judiciário, a Advocacia-Geral da União (AGU) 
defendeu o Executivo sob o argumento de que a proposta orçamentária havia sido 
mantida, ainda que anexa ao documento principal. Segundo a AGU, a ministra do 
Planejamento, Miriam Belchior, justificou a necessidade de adequação devido ao 
complexo cenário econômico atual e à necessidade de manter a economia brasileira 
funcionando bem.
De acordo com o MPU, a proposta orçamentária para 2013, 
elaborada de acordo com os limites estabelecidos pela Leis de Diretrizes 
Orçamentárias (LDO) e de Responsabilidade Fiscal (LRF), previu os recursos 
necessários ao reajuste dos subsídios dos membros considerando a inflação 
acumulada dos últimos quatro anos. Previu também os recursos correspondentes à 
reestruturação da carreira dos servidores.
As liminares não obrigam o Congresso Nacional a aprovar as 
propostas do MPU e do STF, mas tão-somente a conhecê-las e examiná-las. A 
decisão caberá ao Plenário das duas Casas legislativas, em sessão conjunta
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