Folha de S. Paulo     -     28/11/2012
BRASÍLIA - Frente a nova suspeita de corrupção envolvendo 
integrantes do governo, o secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, 
sugeriu que o conceito da ficha-limpa fosse aplicado à nomeação dos cargos 
comissionados no governo.
"Talvez pudéssemos até sugerir que a ficha-limpa valesse, 
também, para esses cargos públicos. A ficha-limpa pode nos ajudar não só no 
momento das eleições mas também, especialmente, nos cargos de confiança 
públicos, que exigem honestidade, coerência, ética", afirmou nesta quarta-feira 
o secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
O presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno, 
classificou de "lamentável" a troca de favores apontada por investigação da 
Polícia Federal envolvendo a AGU (Advocacia-Geral da União) e a Presidência da 
República. A PF, por meio da Operação Porto Seguro, investiga grupo que fraudava 
pareceres técnicos.
"É lamentável que isso aconteça e, certamente, poderão 
acontecer outros casos. Esperamos que não fique simplesmente na denúncia", 
afirmou.
As condenações estabelecidas pelo STF (Supremo Tribunal 
Federal) por conta do mensalão, opina o cardeal, têm efeito pedagógico, mas não 
serão a solução para a corrupção.
"Certamente [os homens públicos] estão percebendo, a partir 
desse julgamento, que ninguém está isento de ser punido caso seja comprovado que 
tenha cometido algum crime. É um alerta, também, para os nossos homens 
públicos."
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