Agência Brasil      -     14/11/2012
Brasília – Com aplausos e gritos de vitória, funcionários 
exonerados durante o governo Collor de Mello comemoraram hoje (14), em Brasília, 
uma decisão dos senadores que pode permitir retorno ao antigo trabalho. Projeto 
de lei aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) autoriza a 
readmissão dos demitidos.
A proposta precisa ser aprovada na Câmara dos Deputados 
para ser transformada em lei. Se aprovado, o projeto vai contemplar mais de 30 
mil trabalhadores, segundo estimativa do Sindicato dos Servidores Públicos 
Federais (Sindsep).
Em 1993, o governo federal abriu prazo para que os 
empregados exonerados na década de 1990 assinassem um documento que reconhecia o 
direito a readmissão em cargos públicos. Mas, de acordo com o Sindsep, a maior 
parte dos funcionários não soube dos prazos publicados no Diário 
Oficial.
Washington Luiz Nunes de Almeida, que era motorista no 
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, contratado por uma fundação 
vinculada ao ministério, conta que só tomou conhecimento da alternativa, criada 
para casos como o dele, há pouco mais de quatro anos. “Não divulgaram no rádio 
ou na televisão”, reclamou.
Hoje, ele trabalha como motorista terceirizado na Agência 
Nacional de Transportes Terrestres. Piauiense, Washington mora em Brasília há 
mais de 40 anos e ainda se lembra dos quase 20 anos que passou sem emprego. “Fui 
demitido em 1990, logo que o Collor assumiu. Daquela época para cá, fui remando 
daqui e dali, sobrevivendo de bicos”, conta.
O projeto em tramitação não é a primeira expectativa de 
retorno dos demitidos pelo governo Collor. Um outro projeto aprovado no ano 
passado pelo Congresso Nacional foi vetado pela presidenta Dilma 
Rousseff.
Desta vez, tanto os funcionários exonerados quanto os 
parlamentares demonstram otimismo em relação aos resultados. "A justificativa do 
veto era que o projeto tinha uma falha processual, porque não era autorizativo. 
A proposta determinava a readmissão dos funcionários. Isso foi corrigido agora”, 
explicou o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), relator do projeto.
O texto aprovado pela CCJ vai ser votado no Plenário do 
Senado e seguir para avaliação da Câmara dos Deputados. “Espera-se que, depois 
de tramitar na Câmara, a presidenta o sancione o projeto para que as pessoas 
exoneradas por ato discricionário, tenham esta oportunidade. Todos estão, 
praticamente, no final de vida, e queremos que, pelo menos nesta fase, possam 
tenham esse direito reconhecido”, defendeu o senador.
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