Edson Luiz
Correio Braziliense - 26/11/2012
Nas 230 operações realizadas pela Polícia Federal entre
janeiro deste ano e a sexta-feira passada, foram detidas 1.218 pessoas, sendo 75
servidores públicos — entre eles, 10 policiais federais. Nos últimos nove anos,
a quantidade de funcionários do Estado presos apenas nas ações de combate à
corrupção da PF representou cerca de 10% de todas as 19 mil detenções
realizadas desde 2003, quando o governo começou a contabilizar as operações
realizadas pela corporação.
Este ano, o maior número de prisões ocorreu durante a
Operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema de jogos ilegais do contraventor
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, em 29 de fevereiro. Naquele dia, a
Polícia Federal mandou para a cadeia 34 pessoas, entre as quais, o próprio
bicheiro, que foi libertado na madrugada da última quarta-feira. Na ocasião,
foram detidos dois delegados da própria PF, liberados pouco
depois.
Mas foi a Operação Salmo 96:12, desencadeada em Roraima,
em 23 de maio, que levou mais servidores públicos para a cadeia este ano. Os 18
presos eram funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama). Eles foram acusados de facilitar desmatamentos por meio de
falsificações de documentos.
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