Correio Braziliense - 28/11/2012
Valor, já aprovado em comissão na Câmara, refere-se ao
salário dos ministros do STF. Se sancionado, beneficiará outras categorias
O Projeto de Lei nº 7.749/2010, que aumenta o salário dos
ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), deve ser votado hoje, na Comissão
de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados. A proposta reajusta em
15,8% os vencimentos dos magistrados nos próximos três anos e, por consequinte,
eleva o teto constitucional do funcionalismo. Caso seja aprovado, o valor da
remuneração dos membros da mais alta Corte do Judiciário passa dos atuais R$
26.723,13 para R$ 30.935,36, em 2015. Da CFT, o texto ainda precisa passar pela
Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pelo plenário da Câmara, além do
Senado Federal, para ser sancionado pela Presidência da
República.
O PL já havia sido apreciado na Comissão de Trabalho, de
Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara este ano, mas com a proposta
salarial fixada em R$ 32.147,90. O valor, no entanto, foi revisto pelo relator
do caso, o deputado Antonio Andrade (PMDB-MG), por não se adequar à previsão
orçamentária de 2013. Sem essa alteração, dificilmente a proposta seguiria em
tramitação no Congresso Nacional. A correção dos vencimentos dos ministros da
Corte abre margem para que deputados, senadores, ministros do Executivo e a
presidente da República também pleiteiem aumentos nos contracheques.
A decisão final sobre o valor do reajuste — de R$ 30.935,36
— foi tomada na última sexta-feira, quando Andrade se encontrou com a ministra
de Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC). Antes disso, o deputado
participou de conversas com o então presidente do STF, Ayres Britto. “Tive
várias reuniões com ele para chegarmos a esse entendimento, e tudo foi costurado
com o governo. Acredito que há disposição entre os deputados para a aprovação do
projeto”, disse o parlamentar, que também preside a comissão.
Impacto
O relatório do deputado mineiro prevê que o impacto anual
do aumento dos salários dos ministros do Supremo será de R$ 160 milhões aos
cofres públicos. O parecer detalha que, em 2013, o valor da remuneração será de
R$ 28.059,29 e, em 2014, de R$29.462,25. No voto de Andrade consta ainda que os
projetos de lei nº 2.197/2011 e nº 4.360/2012, que tramitavam apensados ao nº
7.749/2010, e o substitutivo aprovado pela CTASP são incompatíveis e inadequados
ao orçamento.
O trâmite do projeto tem sido acompanhado de perto por
categorias afetadas diretamente pelo aumento dos vencimentos dos ministros.
Interlocutores da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e da
Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) têm
circulado com frequência nos gabinetes dos líderes de bancadas para sensibilizar
deputados e senadores.
Dois parlamentares titulares da CFT ouvidos pelo Correio
indicaram que o projeto será aprovado. Eles alegam que isso deve ocorrer porque
o governo, o Judiciário e os deputados da Casa chegaram a um entendimento.
“Quando há acordo, as coisas ficam mais fáceis. O Executivo deixou claro que não
há espaço para gastos excessivos, e, como a torneira está fechada, não adianta
mais chorar nem espernear”, disse um deles
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