BSPF - 08/03/2016
Na Advocacia-Geral da União (AGU), as mulheres representam 39% da força de trabalho. São 5,3 mil trabalhadoras estagiárias, terceirizadas, servidoras administrativas e membros das carreiras jurídicas que contribuem para o fortalecimento da instituição. No Dia Internacional da Mulher, celebrado neste dia 8 de março, as dirigentes do órgão comentaram a importância da data e os desafios enfrentados diariamente por avanços na igualdade de gênero.
Ocupante de um dos mais altos cargos da Advocacia-Geral da União, a secretária-geral do Contencioso, Grace Maria Mendonça, destaca o papel de superação das mulheres na sociedade atual que, segundo ela, ainda enfrentam múltiplos obstáculos na vida profissional.
"Daí a importância de parabenizar a todas as mulheres advogadas públicas, servidoras, terceirizadas e estagiárias que, incansavelmente, se dedicam à construção de uma sociedade mais humana e solidária e de uma Advocacia-Geral da União mais sólida e respeitada", afirma.
Grace é uma das sete mulheres que têm assento fixo no chamado Grupo dos NES, formado pelos principais dirigentes da instituição, composto por 17 membros. Entre eles o advogado-geral da União.
Outra participante do mesmo colegiado, a secretária-geral de Administração, Patrícia Amorim, responsável por gerenciar os R$ 3 bilhões anuais de orçamento da Advocacia-Geral, ressalta que o Dia Internacional da Mulher serve também para lembrar que quando o assunto é igualdade, há ainda um longo caminho a percorrer.
"É uma data em que se comemora as conquistas, mas é também o momento em que se reivindica a igualdade de direitos para todas e se registra que tudo o que se pede ainda não foi completamente alcançado", afirma Patrícia Amorim.
Igualdade
Como as dirigentes, 99 colaboradoras da Advocacia-Geral ocupam elevados cargos de chefia e hoje coordenam equipes responsáveis por atenderem as áreas administrativa ou jurídica da AGU. Isso representa 41% de um universo de 238 ocupantes desse tipo de função.
A ideia perpetrada pela instituição é de que as forças de trabalho, seja ela feminina ou masculina, se equivalem. As diferenças não estão relacionadas ao gênero, e sim à dedicação diária ao serviço público.
Para a diretora da Escola da AGU, Juliana Sahione, nos ambientes de trabalho em que não há preconceito, a força de trabalho possui a mesma qualidade e importância. "A AGU é um reflexo disso, potencializada pelo acesso aos quadros pelo concurso público, o que torna objetivo o processo de ingresso e evita que questões discriminatórias, menores e paralelas, interfiram na escolha. Isso faz com que o quadro atual de servidores, naturalmente, seja um quadro mais equilibrado, onde a participação feminina pode ser verificada de forma competente e igualitária", opina.
Pró-equidade
Adoção de linguagem inclusiva nos editais de seleção e recrutamento, promoção de campanhas relacionadas à saúde da mulher e do homem e a criação do auxílio-creche para servidores foram algumas das ações realizadas pela Advocacia-Geral da União (AGU) reconhecidas na 5ª edição do Programa de Pró-Equidade de Gênero e Raça, promovido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e pelo Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. As iniciativas renderam à instituição selo entregue em solenidade realizada em novembro de 2015, em Brasília/DF.
O selo é concedido às organizações públicas e privadas que desenvolvem novos conceitos de gestão de pessoas e de cultura organizacional com o estabelecimento de metas de alcance da igualdade de direitos entre mulheres e homens no trabalho e eliminação de qualquer forma de discriminação no acesso, remuneração, ascensão e permanência no emprego.
Lançado há 10 anos, o Pró-Equidade é uma iniciativa do governo federal coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, em parceria com a ONU Mulheres e Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Em 2014, a instituição foi também agraciada pela inauguração da sala de amamentação na sede I para lactantes e utilização dos termos no masculino e feminino em documentos e comunicações oficiais, entre outras medidas.
Para atingir os objetivos e metas propostas sobre o tema, a instituição criou um Comitê Gestor de Gênero e Raça. O colegiado é composto por integrantes da Secretaria-Geral de Consultoria, Ouvidoria-Geral, Departamento de Gestão Estratégica, Assessoria de Comunicação Social, Secretaria-Geral de Administração e Escola da AGU.
Fonte: Assessoria de Imprensa da AGU
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